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Displasia Coxofemoral em cães

Por:   •  9/11/2015  •  Artigo  •  3.251 Palavras (14 Páginas)  •  656 Visualizações

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Centro Universitário UNA

Barbarah Ellem Borges de Alcântara, Bruno Luiz Silva, Erica Jamiles Ferreira, Graziela Xavier Fonseca, Laryssa Fernandes Pacheco, Margarete Eliane Meira

Displasia Coxofemoral em Cães

Belo Horizonte

2015

Centro Universitário UNA

Barbarah Ellem Borges de Alcântara, Bruno Luiz Silva, Erica Jamiles Ferreira, Graziela Xavier Fonseca, Laryssa Fernandes Pacheco, Margarete Eliane Meira

Displasia Coxofemoral em Cães

Trabalho Interdisciplinar Dirigido apresentado como requisito de avaliação do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UNA para conclusão do primeiro módulo.

Professor Orientador: Maria da Glória Quintão e Silva

Belo Horizonte

2015

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................4

DESENVOLVIMENTO..................................................................................................6

CONCLUSÃO.............................................................................................................14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................15


INTRODUÇÃO

A displasia coxofemoral (DCF) em cães é uma anormalidade das articulações coxofemorais, com alterações ósseas nas margens do acetábulo, na cabeça e colo do fêmur, criando uma instabilidade desta articulação. É definida por Alexander (1992), como doença biomecânica representada pela disparidade entre massa muscular primária e rápido crescimento ósseo. Estudos com cães jovens, relacionaram que as anormalidades da musculatura pélvica estão fortemente ligadas com o desenvolvimento da enfermidade.

Arnbjerg (1999), foi além em sua definição, dizendo que a displasia coxofemoral é uma síndrome relativa ao desenvolvimento musculoesquelético anormal, causada por predisposição genética. É também fortemente influenciada por outros fatores, como: rápido crescimento, exercícios intensos, obesidade, constituição alimentar e ambiente em que vive o animal.

Esta doença é considerada hereditária, poligênica, de gene recessivo, portanto, tanto o pai quanto a mãe, necessariamente, precisam ser portadores destes genes. Todas as raças são afetadas, especialmente as de grande porte e animais com o crescimento muito acelerado, como por exemplo: Rottweillers, Pastores e Filas (SILVA, 2011).

Na doença, há comprovação de que exista uma ação poligênica, responsável por lesões primárias na cartilagem e nos músculos que fazem suporte da região coxofemoral, associada à participação ambiental. Uma das hipóteses mais aceitas no momento, é de que cães acometidos nascem com articulações normais e, devido aos fatores genéticos, as forças das musculaturas não são suficientes para manter a cabeça do fêmur no acetábulo,  resultando em  uma lassidão da articulação coxofemoral e, consequentemente, incongruência articular, com posterior doença articular degenerativa (ALEXANDER et al., 1992, COSTA et al., 2003).

A dor, com consequente impotência funcional dos membros pélvicos é causada inicialmente pela lassidão e instabilidade articulares, sendo observada frequentemente em animais mais novos. Na fase crônica da doença, os sinais clínicos são decorrentes do processo de degeneração secundária à incongruência articular. Ainda é apresentada como sinal clínico, a atrofia muscular de membros pélvicos, de acordo com a gravidade do caso. Esse fato pode estar relacionado à transferência de peso para os membros torácicos, na tentativa de minimizar a dor e desconforto da articulação. Várias técnicas cirúrgicas são recomendadas para o tratamento da displasia coxofemoral nos pequenos animais, estando sua escolha vinculada a fatores próprios do paciente, proprietário e cirurgião (MATIS et al., 2000, KINZEL et al., 2002).

O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão sobre as técnicas de prevenção, melhor diagnóstico e tratamento da displasia coxofemoral, relacionando-a com as disciplinas estudadas neste período. Desenvolver um modelo anatômico da articulação coxofemoral normal e da articulação displásica.

DESENVOLVIMENTO

A displasia coxofemoral é uma alteração das articulações coxofemorais que afeta o desenvolvimento da cabeça e colo do fêmur, e do acetábulo. Sua transmissão é classificada como hereditária, recessiva, intermitente e poligênica. Fatores ambientais, nutricionais e biomecânicos que estão associados à hereditariedade podem agravar a condição da displasia. Ambos os sexos são atingidos (ANGÉLICO, 2009).

As raças de cães mais acometidas são as consideradas gigantes, de grande e médio porte, ou de crescimento rápido. Dentre elas, estão as seguintes: Pastor Alemão, Fila Brasileiro, Rottweiler, Golden Retriver, Labrador Retriver, Boxer, Buldog e São Bernardo. Cães de pequeno porte raramente apresentam a alteração, e quando esta ocorre, possui menor gravidade (SILVA, 2011).

          A displasia coxofemoral é geneticamente recessiva. Por serem portadores do alelo responsável pela doença, tanto o pai quanto a mãe precisam apresentar a doença ou o gene, para que seus filhos possam herdar a alteração (GODOY, 2015).

Silva (2011), através da avaliação radiográfica das articulações coxofemorais de 2404 cães, filhos de pais normais ou que possuíam diferentes graus da alteração, concluiu que quanto maior o número de ancestrais displásicos de um filhote, maiores serão as probabilidades de esse filhote ser acometido pela alteração, e com maior gravidade. A partir dessas observações, foram adotadas algumas medidas de controle para a seleção de animais para cruzamento, que em um curto período, reduziu de 50% para 28% a frequência da displasia coxofemoral, reforçando ainda mais a origem genética da doença, demonstrando assim uma maior relação entre os fatores genéticos e a doença, visto que a redução foi significativa, mas não extinta. Mesmo sendo a questão genética da displasia complexa, após adquirir um conhecimento maior da frequência de casos em uma determinada população, pode-se prever que 85% dos filhos serão displásicos se ambos os pais apresentarem a doença, comparando com 52%, se apenas um filho for afetado e 37,5% se ambos os pais forem normais. Por esse motivo, é recomendado o cruzamento somente entre pais normais, filhos e netos de cães que não possuam o gene ou a predisposição à displasia coxofemoral (FRIES; REMEDIOS, 1995).

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