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EPIDIDIMITE OVINA POR BRUCELLA OVIS

Por:   •  7/11/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  753 Palavras (4 Páginas)  •  256 Visualizações

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EPIDIDIMITE OVINA POR BRUCELLA OVIS

Camila Cristina Nepomuceno de Souza1, Marynara Heloise Sant1, Gustavo Carvalho Scarabell¹, Rafaela D. Galves Antunes¹, Gustavo Henrique Ferreira Abreu3, Júlia Gomes de Carvalho3, Leandro Silva de Andrade3.

1Graduando em medicina veterinária– UniBH – Belo Horizonte/ MG – Brasil

3 Professor do Departamento de Medicina Veterinária – UniBH -  Belo Horizonte – MG – Brasil

INTRODUÇÃO

 A epididimite ou brucelose ovina, como também é conhecida, é uma doença infectocontagiosa que afeta ovinos, principalmente os machos. É causada pela bactéria Brucella ovis que é um cocobacilo Gram negativo, não capsulada, imóvel, que não forma esporos (Junior et al. 2010), não zoonotico. É uma enfermidade de caráter crônico, caracterizada por epididimite, orquite e infertilidade nos machos, e nas fêmeas pode causar aborto.  O comportamento dos carneiros é importante para disseminação da doença, pois possuem o habito de montar e lamber o prepúcio de outros. A propagação e manutenção da doença em população ovina ocorrem pela participação ativa dos machos que transferem a bactéria para as fêmeas através do coito (Ishizuka, 2005).

O diagnostico é laboratorial já que o diagnóstico clínico é extremamente inespecífico devido à existência de muitas outras bactérias causadoras de epididimite tais como Actinobacillus seminis, A. actinomycetemcomitans, Histophilus ovis, Haemophilus spp., Corinebacterium psudotuberculosis ovis, B. melitensis e Chlamydophila abortus.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa bibliográfica foi realizada através de artigos acadêmicos. Os critérios para a seleção da bibliografia basearam-se em trabalhos publicados entre os anos de 2008 a 2016. As palavras chaves utilizadas: epedidimite, , ovinos, Brucella ovis.

REVISÃO DE LITERATURA

Normalmente a Brucella ovis é introduzida no rebanho atráves da compra de novos animais e sêmen contaminado, e disseminada principalmente pela via venérea, quando o macho transfere a bactéria para fêmea através do coito. Nas fêmeas a bactéria não permanece por muito tempo em seu organismo, e por isso seu papel como fonte de transmissão é menos importante comparada ao reprodutor.

As lesões causadas pela bactéria são restritas ao sistema genital gerelmente encontradas no epidídimo. A infecção crônica leva ao aumento no tamanho e consistência dos epidídimos, com atrofia e aderências. As lesões de epididimite podem se desenvolver 36 dias após a exposição por B. ovis.  Na fêmea prenhe a B. ovis causa vaginocervicite e endometrite, na gestante produz bacteremia e reaparece no trato genital a partir da segunda metade da gestação, ocasionando placentite e morte fetal ou nascimento de cordeiros de baixo peso que impedem sua sobrevivência. O tropismo da bactéria com o sistema reprodutor não esta ligado ao eritritol, que é um fator de tropismo de outras espécies do gênero Brucella (Marques, 2006). O diagnóstico da doença com sintomatologia é complexo, principalmente o caso de caráter crônico, deve ser realizado associando os procedimentos clínicos aos laboratoriais, pois a Actinobacillus seminis e Histophilus ovis são organismos capazes de produzir lesões no epidídimo clinicamente indistinguíveis das produzidas por Brucella ovis. De acordo com o MAPA para diagnostico ou para certificação de propriedades livres ou para fins de transito, deverão ser testados machos, acima de seis meses de idade através do teste de Imunodifusão em gel de Agarose (IDGA), como teste padrão de triagem, sendo que os animais reagentes a esse teste devem ser confirmados por meio da Fixação do complemento (FC). Em casos de animais positivos o sistema veterinário oficial deve ser notificado. Como medida de prevenção e controle os animais positivos devem ser sacrificados, os rufiões substituídos anualmente, e os machos de diferentes idades devem ser criados e manejados separadamente.

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