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A INFORMALIDADE EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS: Um Estudo Exploratório Dos hábitos De Consumo De Carne Ovina Na Cidade De Maringá, Estado Do Paraná

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Por:   •  11/3/2015  •  5.729 Palavras (23 Páginas)  •  439 Visualizações

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Informações Econômicas, SP, v. 43, n.1, jan./fev. 2013.

A INFORMALIDADE EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS:

um estudo exploratório dos hábitos de consumo de carne

ovina na cidade de Maringá, Estado do Paraná1

Ferenc Istvan Bánkuti2

Sandra Mara Schiavi Bánkuti3

Francisco de Assis F. Macedo4

1 - INTRODUÇÃO1234

Mudanças nos hábitos e padrões de

consumo de diversos produtos do agronegócio

têm impulsionado o surgimento de novas formas

de organizações de sistemas agroindustriais

(SAIs). A elevação dos níveis de renda da população, a globalização e o consequente acirramento da concorrência, a inovação, o acesso a novos

produtos, a diferenciação e a criação de nichos

de mercado são exemplos de fatores influenciadores de novas características do consumo de

alimentos (WILKINSON, 2010). Assim, significativas alterações nos SAIs têm permitido ganhos de

coordenação e adequação a mudanças mercadológicas, organizacionais e institucionais.

No complexo agroindustrial das carnes,

algumas ferramentas e estratégias de coordena-

ção têm sido utilizadas em busca de maior segurança do alimento, padronização e competitividade. Entre estas, citam-se o sistema de rastreabilidade no SAI da carne bovina, a definição de

contratos de integração entre produtores e indústria no SAI da carne de frango e as campanhas

de marketing institucional para enfatizar a qualidade da carne suína. Todos esses, bem coordenados e com foco em mercados exigentes em

aspectos intrínsecos e de segurança do alimento

(SAAB; NEVES; CLAUDIO, 2009).

Nesse contexto, destaca-se a relevância do segmento consumidor nos SAIs. Saab,

Neves e Claudio (2009) relatam que identificar

1Este trabalho contou com apoio financeiro da Fundação

Araucária. Os autores agradecem as contribuições dos

pareceristas, fundamentais para o resultado final deste

artigo. Registrado no CCTC, IE-52/2012.

2Zootecnista, Doutor, Professor Adjunto, Universidade

Estadual de Maringá (e-mail: fibankuti@uem.br).

3Economista, Doutora, Professora Adjunta, Universidade

Estadual Maringá (e-mail: smsbankuti@uem.br).

4Zootecnista, Doutor, Professor Zootecnia. Universidade

Estadual Maringá (e-mail: fafmacedo@uem.br).

padrões do consumo final, buscando disponibilizar produtos alinhados aos anseios e tendências

do consumo, tem se tornado importante fator de

vantagem competitiva para sistemas agroindustriais, o que exige coordenação entre os agentes.

Conforme destacado por Silva e Batalha (1999,

p. 01),

consumidores cada vez mais exigentes, expressos em segmentos de mercado cada vez

mais numerosos, homogêneos e focalizados,

têm acirrado esta preocupação sobre a sustentabilidade dos negócios, também no plano das

economias nacionais.

No que diz respeito ao consumo de

carne ovina no Brasil, algumas considerações

podem ser feitas. Primeiramente, observa-se

certa estagnação do consumo de carne ovina no

Brasil ao longo dos últimos anos, com destaque

para a produção interna como principal origem da

produção disponível. Observa-se um incremento

da participação das importações no total consumido, passando de 4% em 2003 para 8% em

2009 (Figura 1).

Em termos per capita, o consumo de

carne ovina foi de cerca de 450 gramas no ano

de 2009 no Brasil (Figura 2). De maneira geral,

observa-se pequena variação do consumo nos

últimos anos, apesar do grande salto entre 2003

e 2004.

A partir dos dados da Pesquisa de Or-

çamentos Familiares (POF) (IBGE, 2004, 2010),

que indicam a aquisição domiciliar per capita de

produtos, ressalta-se que a carne de ovinos é

relativamente pouco consumida no Brasil5. Enquanto o consumo domiciliar per capita por ano

de carne bovina em 2008-2009 foi da ordem de

17 kg, o de aves, 13 kg, o de carne suína, 5,5 kg,

e o de pescados, 4 kg, o consumo per capita

5Os dados da POF não incluem o consume fora de domicí-

lio. A POF de 2002-2003 foi realizada no período de julho

de 2002 a junho de 2003 e a POF de 2008-2009 foi realizada no período de 19 de maio de 2008 a 18 de maio de

2009.

6

Informações Econômicas, SP, v. 43, n. 1, jan./fev. 2013.

Bánkuti; Bánkuti; Macedo

Figura 1 - Consumo Aparente Interno de Carne Ovina no Brasil, 2003 a 2009.

1Produção

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