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Homeostasia da água

Por:   •  18/8/2015  •  Resenha  •  2.471 Palavras (10 Páginas)  •  514 Visualizações

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Homeostasia da água

O organismo é feito de 70% de água, ou seja, 2/3 do nosso organismo é comporto por água.

A água (grande parte do nosso líquido) está contida nas células, ou seja, nós temos muito líquido “empacotados” dentro das células e uma parte no interstício.

Interstício = Tecido conjuntivo entre a pele, no epitélio, na saliva, na conjuntiva e um monte de líquido que não está dentro da célula e nem em nenhum vaso, e sim solto.

Por último, temos um volume de sangue (aproximadamente 8%), que é o líquido que está no espaço intravascular.

O líquido intersticial e líquido celular são muito importantes, mas a curto prazo ou de imediato a gente se preocupa muito com o volume de sangue no espaço intravascular.

A água que esta dentro da célula ou que está no espaço intersticial ou dentro do vaso são capazes de migrar do espaço intracelular pro extracelular e do extracelular pro espaço intravascular. Basicamente esse volume de água que está movimentando é mais ou menos sempre constante. Quando sai uma molécula de água do meu vaso e vai pro meu interstício, a molécula de água tem que ir ou pro vaso ou pra célula e assim sucessivamente. É como se eu ficasse trocando de lugar, mas o número de pessoas é mais ou menos constante.

Por que a água tem que movimentar? Porque ela é uma solvente, ou seja, é por onde leva oxigênio, nutrientes e ai por diante.

A água se movimenta dentro do vaso para fora do vaso por OSMOSE.

O que faz á água querer sair do vaso é o aumento de pressão da água = Pressão Hidrostática

Quando a água sai de dentro do vaso sanguíneo diminui a pressão hidrostática? Sim

O que faz a água querer voltar pro vaso são as proteínas, basicamente a albumina. As proteínas tem carga, tem poder osmótico, ou seja, elas tem gradiente de concentração e aí por osmose a água quer voltar pra dentro do tecido.

As proteínas conferem a pressão oncótica e puxam o líquido pra dentro do vaso

Geralmente as proteínas não devem passar pelo endotélio, ou seja, a proteína não deve sair de dentro do vaso. Então só a água movimenta e quando a água sai deixa muito concentrado a albumina, dentro do vaso aumenta a pressão oncótica e a molécula de água tende a entrar.

A troca de água e de substância não ocorrem nos grandes vasos. Os grandes vasos servem mais para conduzir o sangue até os capilares, até os tecidos de verdade. Então a troca gasosa no final das contas ela acontece nos capilares.

A troca de líquidos, oxigenação, leva de nutrientes e ai por diante só ocorrem a nível de capilares.

Como a albumina não passa pelo endotélio ele sempre vai conferir uma pressão oncótica. Basicamente a albumina é produzida constantemente pelo fígado.

Muitos pacientes que tem doença hepática grave (ex. cirrose) podem ter ascite porque um dos motivos é que perdem proteína, não tem pressão oncótica e a água sairia pelo vaso.

A maioria das células não esta em contato diretamente com o capilar, com o vaso sanguíneo, então elas se conectam por difusão.

As moléculas de água servem para fazer com que a glicose consiga chegar do menos concentrado para o mais concentrado.

Processo de difusão depende do gradiente de concentração. Então se você não tiver consumindo muito oxigênio ou produzindo muito gas carbônico essa quantidade muitas vezes é baixa pra fazer a hematose. Então a glicose vai pro tecido porque ela tem um gradiente de concentração no sangue maior do que tem nos tecidos.

A gente sempre da importância para aquele líquido de 8% que esta dentro do vaso sanguíneo porque é extremamente importante manter perfusão tecidual. É importante manter a volemia, volume de sangue dentro dos vasos.

Perfusão = Pressão Arterial. Perfusão = quantidade de sangue que esta chegando para os órgãos.

A água não passa membrana celular tranquilamente, ela precisa de um poro especificamente para poder atravessar.

Resumindo – Primeira parte – sai moléculas de água de dentro do vaso (aumento de pressão hidrostática) e a Segundo parte – volta moléculas de água pra dentro do vaso (concentração de albumina “proteína” dentro do vaso = aumentou a pressão oncótica e puxou a água para dentro do vaso novamente).

Ex.: Doação de sangue – perda de sangue – não vai aumentar a pressão oncótica porque esta perdendo água e proteína ao mesmo tempo proporcionalmente.

Drenagem linfática – levar (empurrar por pressão) o líquido (água) acumulado no interstício para dentro do vaso linfático que leva o líquido para dentro do vaso sanguíneo novamente. Ou seja, na reabsorção do líquido intersticial tem se tem a função de pressão oncótica, pressão hidrostática e uma drenagem linfática atuando junto.

Um paciente que tenha um acúmulo de líquido em qualquer cavidade, qualquer local a gente fala que tem um edema, uma efusão. Ou é aumento de pressão hidrostática, ou diminuição de pressão oncótica ou alteração na permeabilidade vascular ou por alteração na drenagem linfática.

Ex.: Bolha no dedo – alteração da permeabilidade vascular porque lesou um vaso, consequentemente tem processo inflamatório, com isso os poros ficam maiores e permitem a saída de água no local lesionado.

Diminuição da pressão oncótica –> doenças hepáticas – algumas doença que se perde muita proteína pela urina. Pode-se ter acúmulo de líquido no abdômen (ascite) por falta de proteína no sangue, porque sem albumina adequadamente não tem como o líquido se manter dentro do vaso.

Os órgãos tem sistema de proteção só que não são “inteligentes” e sim padronizados. Toda vez que cai a volemia por perda de sangue, problema na pressão oncótica ou uma diarreia o mecanismo de ação sempre vai ser o mesmo – Reter mais líquido pra aumentar a volemia.

Ex.: Aumento da pressão hidrostática -> cardiopatas (o “congestionamento” vai ser sempre do ponto onde aconteceu alguma coisa para trás).

Em uma doença cardíaca, o coração quer bombear sangue, mas se ele tem uma doença que o coração não consegue bombear sangue adequadamente ou ele tem uma doença de válvula onde uma parte do sangue volta pra atrás vai acumular sangue e com isso aumenta a pressão hidrostática porque vai congestionando e a tendência é o líquido extravasar e aí causa edema pulmonar ou ascite.

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