Lipidose hepática em bovinos

Lipidose hepática em gado leiteiro

Animais de produção também são afetados pela lipidose hepática, na qual é mais comum em vacas com alta produção de leite após o parto, pois nesse período, alterações hormonais ocorrem além do déficit de energia da vaca e a lipólise graças a alta demanda energética no final da gestação, fazendo com que aumente a concentração de ácidos graxos não esterificados, que é oxidado especialmente no fígado. Assim a lipidose afeta esses bovinos com importância já que a maioria da glicose do metabolismo é derivada do fígado desses animais.

Causas

Em bovinos, a lipidose hepática é mais observada e mais comum em vacas com excesso de peso no parto, mas também podem ser encontradas em algum quadro que curse anorexia, ou em doenças como cetose que surgem em decorrência ao desequilíbrio energético. Também pode ser causada por privação ou falta de alimento devido o alto conteúdo energético necessitado, ou mesmo à diminuição de consumo de alimento das vacas próximo do parto.

Patogenia

Como a vaca irá precisar de alta energia, serão mobilizados ácidos graxos não esterificados e glicerol, e com o excesso desses compostos livres que se transformam em acetil-Coa, causa aumento e acúmulo de corpos cetônicos no organismo, causando cetonemia, cetoláctia e cetonúria, com falta do glicogênio hepático, os bovinos com lipidose se encontram também podem ser encontrados com hipoglicemia e transporte de lipoproteínas alterado.

As vacas com lipidose também podem ter prejuízos no seu desempenho reprodutivo, causado pelo atraso do estro, já que o fígado estará prejudicado, com baixas quantidades de colesterol, quando o fígado se encontra nessa situação, a vaca possui até 30% menos chances de emprenhar na lactação. A lipidose pode ser considerada severa ou moderada, de acordo com a quantidade de gordura no fígado, esse órgão em vacas normais possui menos de 1% de gordura, enquanto que durante o pós-parto inicial, 5 a 10% das vacas podem apresentar lipidose hepática severa (acúmulo de gordura acima de 10% da capacidade do fígado) e 30 a 40% podem apresentar lipidose hepática moderada (acúmulo de 5 a 10% de gordura). Os bovinos com a doença também apresentam concentração significativa de cetona na urina, quando esses animais estão prestes a morrer, se encontram com treomores musculares, inquietude além de agressividade, incoordenação e ataxia (transtorno neurológico), e seus sinais terminais são icterícia e diarreia.

Tratamento

Não há tratamento efetivo para a lipidose hepática nesses animais, é comum utilizar o mesmo tratamento que usam em caso de cetose, que seria tentar fornecer uma fonte de energia para que acabe ou diminua a mobilização de gordura, controlando o balanço energético no animal, para que não fique negativo.

Referencias

https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2014/11/lipidose.pdf

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/81914/1/Cetose-e-infiltracao-gordurosa-no-figado.pdf

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