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Aproveitamento E Mercado De Couro Bovino

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Por:   •  3/6/2013  •  4.451 Palavras (18 Páginas)  •  604 Visualizações

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Resumo

Ao longo dos últimos 40 anos a pecuária bovina foi gradualmente migrando para

as regiões Centro-Oeste e Norte do País, transformando a primeira no principal

produtor nacional de carne e couro. Fruto dessa expansão, o País tornou-se o

segundo maior produtor mundial de couro, atrás apenas dos Estados Unidos,

que é o principal produtor. No entanto, a baixa qualidade do couro brasileiro e a

falta de infra-estrutura para mudar esse quadro, mormente na região Centro-

Oeste, impedem que o País torne-se mais competitivo no mercado internacional.

Diante desses antecedentes, justifica-se plenamente a implantação, no Centro-

Oeste, de um centro de tecnologia voltado para o couro, como forma de impulsionar

a melhoria da qualidade dos couros produzidos na região. Com isso, poder-

se-á agregar mais valor ao produto local, ampliando a renda, a oferta de empregos

e a geração de divisas para o País.

Palavras-chave: aspecto econômico, Brasil, couro, História, Mato Grosso do Sul,

pesquisa, qualidade, tecnologia.

1-INTRODUÇAO

O rebanho bovino conquistando oCerrado.

A conquista do Cerrado brasileiro, por parte da agricultura, foi estimulada nas

décadas de 60 e 70, pelo governo federal, propiciando também o desenvolvimento

da pecuária bovina, com a introdução de pastagens cultivadas.

Com maior concentração nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,

Minas Gerais e Goiás, o Cerrado possuía, até a década de 60, 204 milhões de

hectares, correspondendo a 25% da extensão territorial do Brasil. Segundo

informações da Embrapa Cerrados, nos últimos 40 anos foram ocupados 67

milhões de hectares, restando atualmente, 137 milhões de hectares.

Na década de 70, o rebanho nacional cresceu 5% ao ano, sendo bem mais

expressivo nas áreas de pastagens cultivadas e, de certa forma, mais marcante

nas regiões Norte e Centro-Oeste, que na época se constituíam a fronteira

agrícola que apresentava melhor oportunidade de investimentos.

Essa tendência se manteve na década de 80. Porém, no início dos anos 90, com

a exploração da floresta amazônica e a introdução de pastagens cultivadas na

região Norte, esta passou a sofrer também o incremento da pecuária bovina e,

conseqüentemente, ocorreu a diminuição da intensidade na região Centro-Oeste.

Taxa anual de crescimento (%) do rebanho bovino e efetivo atual (em

1.000 cabeças) nas cinco grandes Regiões geográficas e no Brasil.

Regiões Taxa anual de crescimento efetivo do rebanho ( %)

1970/1980 1980/1990 1990/2000

Norte 13,3% a 12,5% 9,3% a 19,529% 12,3%

Nordeste 5,6% a 2,2% 3,1% a 22.142% 13,9%

Sudeste 3,0% a 4,3% 0,0% a 36.289% 22,8%

Sul 2,9% a 0,3% 1,1% a 26.692% 16,7%

Centro-Oeste 9,3% a 5,1% 4,2% a 54.609% 34,3%

Brasil 5,0% a 2,5% 1,6% a 159.261% 100%

Fonte: Censo agropecuário, 1998.

O crescimento do rebanho acompanhou o crescimento das áreas de pastagens

cultivadas, como pode ser visto na comparação dos dados das Tabelas 1 e 2. A

tendência atual do rebanho é a estabilização, sendo também essa a expectativa

para a área de pastagens, que pode, no máximo, apresentar taxas pequenas de

crescimento.

Área de pastagens cultivadas e total (cultivada + nativa) em 1970 e

1985, e cultivadas em 2000, nas diferentes Regiões do Brasil (em 1.000

hectares).

Regiões Cultivada CultivadaTotal Total, 1970, 1985, 2000

Norte 600 4.000 9.100 20.900 20.000 30.000

Nordeste 5.800 28.000 11.900 35.100 14.000 25.000

Sudeste 10.700 45.000 16.700 42.500 20.000 37.000

Sul 3.600 21.500 6.100 21.400 8.000 14.000

Centro-Oeste 9.000 55.500 30.300 59.300 43.000 74.000

Brasil 29.700 154.000 74.100 179.200 105.000 180.000

Fonte: Comunicação pessoal do pesquisador Ademir Hugo Zimmer, da Embrapa Gado de Corte, em 2002.

Segundo Zimmer & Euclides Filho (1977), essa estabilização pode ser explicada

por alguns fatores, como, por exemplo, a redução da capacidade de suporte das

pastagens implantadas nas décadas de 70 e 80 enquanto conseqüência da

degradação das mesmas, principalmente pela não reposição de nutrientes no

solo.

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