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Medicina Veterinária na saúde pública

Por:   •  3/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.812 Palavras (8 Páginas)  •  318 Visualizações

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FAJ-FACULDADE DE JAGUARIUNA

História da Medicina Veterinária

SOBRENOME, Nome Nome

Faculdade de Jaguariúna

Jaguariúna, abril de 2018.

Resumo: Este trabalho tem como objetivo abordar a evolução histórica da medicina veterinária na saúde pública e as ações que o médico veterinário terá de desempenhar. A medicina veterinária surgiu, no início, como uma área do conhecimento promotora da saúde dos animais, trabalhando no sentido de minimizar prejuízos que as enfermidades causavam aos animais. Porém, ao decorrer dos anos e o surgimento da medicina veterinária preventiva, aumentou-se a luta do homem não somente contra as enfermidades que põem em risco a saúde dos seus animais, mas também as doenças adquiridas pelo convívio entre estes. Mediante seus conhecimentos específicos, o médico veterinário está apto a manter em nível elevado a saúde da população animal, proporcionando melhores condições ambientais e orientando a sociedade quanto aos princípios básicos de saúde. As funções que o profissional irá exercer na saúde pública, contribuindo para melhorais na saúde humana são de alta importância para a sociedade, analisando também as tendências da profissão para um cenário futuro.

Palavras chave: Saúde Pública, Médico Veterinário, Qualidade de vida.

Introdução

O surgimento do conceito de saúde pública veterinária foi analisado, bem como as atividades realizadas pelo médico veterinário dentro deste cenário, até chegar ao cenário atual, apontando as tendências e os desafios que o setor terá. A prática veterinária tem sido muito voltada aos aspectos populacionais e preventivos e muitas técnicas utilizadas para o combate de enfermidades em populações humanas foram contribuições prestadas pela Medicina Veterinária.

Podemos mencionar dois tipos de práticas da Medicina Veterinária que estão direcionadas para a medicina populacional. Primeiramente, a Medicina Veterinária Preventiva que está ligada à saúde humana por aplicar conhecimentos da epidemiologia para prevenir as enfermidades animais e melhorar a produção de alimentos. E o segundo tipo de prática veterinária está voltado para a medicina populacional é a saúde pública, que teve seu início primeiramente por meio da higiene de alimentos.

Consideraremos Saúde Pública como um domínio genérico de práticas e conhecimentos organizados institucionalmente em uma dada sociedade, dirigidos a um ideal de bem-estar das populações usando ações e medidas que evitem, reduza e minimize agravos à saúde, assegurando condições para a manutenção e sustentação da vida.

No Brasil, notamos pouca importância que vários governos tiveram em relação a Saúde Pública, pois somente na década de 50, no governo Getúlio Vargas, é que houve a criação do Ministério da Saúde e após isso, no final da década de 80, houve a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), e no início da década 90, houve a descentralização das ações de saúde pública como um todo com a consequente municipalização da Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Ambiental.

 A Medicina Veterinária com os seus saberes tem um alcance em todas as áreas, pois o homem faz parte de um ecossistema onde vivem os animais e por estar em constante relação com estes, acaba tornando-se agente passivo e ativo, réu ou vítima, na transmissão de agravos e doenças. É neste ambiente em que o homem busca sua alimentação, cria animais, produz, transforma e consome alimentos, bens e serviços, estando exposto a todo tipo de riscos à saúde, os quais faz com que o papel do Médico Veterinário seja importante na sociedade e na ciência.

1. O SURGIMENTO DAS ATIVIDADES DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA

O Médico Veterinário foi, inicialmente, inserido nas equipes de Saúde Pública por estar apto a obter um diagnóstico seguro, estabelecer um tratamento eficaz e controlar as doenças dos animais antes que estas viessem a ser transmitidas aos homens. E por possuir conhecimento em função da sua formação acadêmica em inspeção de matadouros, frigoríficos e indústrias de produtos de origem animal, solidificou a participação deste profissional na Vigilância Sanitária, Com a propagação de diversas doenças, tendo como vetores animais domésticos ou silvestres, a medicina veterinária passou a ser importante coadjuvante nas políticas de saúde pública dos países.

SCHWABE (1984) descreve as ações praticadas pela Medicina Veterinária Preventiva dividindo-as em cinco fases e as considera aparentadas com as atividades relacionadas à “doença animal”:

  1. - Fase de ações locais

A fase de ações locais inicia-se na pré-história e segue até o primeiro século da era Cristã. Durante este período, de surgimento da civilização humana, as doenças eram atribuídas a “demônios” e os tratamentos médicos eram realizados por sacerdotes-curandeiros. As práticas da veterinária incluíam o tratamento médico, cirúrgico e obstétrico individual. Surgiu também a pratica de segregação de animais doentes dos sadios e o sacrifício de animais enfermos.

  1. - Fase militar

Essa fase tem seu início no primeiro século da era cristã. A fase militar esta ligada à expansão das nações e se caracteriza pela criação de estruturas organizadas, promovidas principalmente no contexto militar, e elevou aos esforços no controle de doenças animais em larga escala. A prática clínica voltada a equinos, animais de grande importância na época, favoreceu o aperfeiçoamento de técnicas de diagnóstico, com o desenvolvimento da habilidade de relacionar as combinações de sinais com doenças específicas. Essa tática para o controle das enfermidades dos animais estava associada à melhoria na organização de infra-estrutura dos serviços. 

  1. - Fase da polícia sanitária animal

A terceira fase começa em 1762 – com a criação da primeira escola de veterinária. O início dessa fase foi impulsionado pelos problemas econômicos ocasionados pelo irrompimento de enfermidades atingindo um grande número de animais na Europa, a peste bovina. Essa crise foi germinal para o estabelecimento da primeira escola de medicina veterinária separada da medicina humana. Os líderes militares reconheceram o potencial de tais esforços educacionais organizados e muitos estudantes das primeiras escolas eram oficiais militares. Foram estabelecidos centros organizados para conter os surtos que estavam se espalhando por toda a Europa.

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