Panleucopenia Felina

PANLEUCOPENIA FELINA

Agente Etiológico

- Parvovírus felino (FPV)

- vírus não envelopado → sobrevive meses no ambiente;

- viável por até 1 ano;

Epidemiologia

- muitos animais são portadores assintomáticos;

- pode acometer todas as espécies de felinos;

- mais comum → animais jovens e imunocomprometidos;

- animais adultos geralmente manifestam sinais mais discretos ou são assintomáticos;

- não existe predileção sexual ou racial;

- locais superpopulosos com pouca higiene (grande número de filhotes) → abrigos, canis, criatórios

Patogênese

- o vírus é eliminado por todas as secreções corpóreas → fezes, principalmente;

- transmissão direta (oro-fecal) ou indireta (fômites);

- após a entrada, o vírus e replica no tecido orofaríngeo, e posteriormente se dissemina de forma sistêmica;

- predileção para replicação em células de atividade de rápida divisão → TGI, tecido linfoide e medula óssea;

- No TGI → causa necrose, translocação bacteriana, bacteremia;

- Medula óssea → causa leucopenia;

- Pode acometer o SNC → infecções intrauterinas ou neonatais, causam lesões cerebrais, cerebelares, oculares, retinianas;

- Gestação → morte fetal; reabsorção, infertilidade e abortos;

Sinais Clínicos

- período de incubação → 2 a 9 dias;

- febre;

- diarreia;

- vômito (grande número, início agudo, não relacionado à alimentação;

- desidratação grave;

- prostração;

- gastroenterite (pode ou não ocorrer);

- casos graves: diarreia com sangue ou muco, icterícia

- palpação abdominal: alças intestinais espessadas e sensibilidade ao toque;

- filhotes → nascem cegos, com ataxia, hipermetria, tremores de intenção, “cauda de bandeira”

Achados laboratoriais

- leucopenia grave (neutropenia e linfopenia);

- anemia;

- trombocitopenia;

Diagnóstico

- sinais clínicos;

- animais jovens, não vacinados, ambientes suspeitos;

- testes laboratoriais: detecção de anticorpos, ELISA ou PCR (mais utilizado, mais sensível e especifico).

Diagnóstico Diferencial

- infecções por E. coli;

- salmonelose felina;

- infecções por rotavírus, reovírus ou coronavírus;

- Toxoplasmose aguda;

- envenenamentos;

- parasitoses;

Tratamento

- sintomático;

- fluidoterapia;

- antieméticos;

- protetores de mucosa;

- antibióticos de amplo espectro (combatam bactérias gram positivas e negativas, e anaeróbias)

- isolamento e higiene do animal;

- reposição de déficits volêmicos e hidrolíticos;

- casos graves → transfusão sanguínea;

- evitar fármacos por via oral → utilizar a via endovenosa.

Controle

- vacinação:

2 doses, animais entre 6 e 9 semanas, com intervalo de 21 a 30 dias.

Fêmeas → 30 dias antes do coito;

gestantes e filhotes com menos de 4 semanas → uso de vacinas inativadas.