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A AÇÃO PASTORAL DAS IGREJAS E O RETROCESSO NA REFORMA AGRÁRIA

Por:   •  13/12/2018  •  Resenha  •  706 Palavras (3 Páginas)  •  535 Visualizações

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CURSO DE AGRONOMIA

A AÇÃO PASTORAL DAS IGREJAS E O RETROCESSO NA REFORMA AGRÁRIA

NATAN DORNELLES

PAULO ALAN

WESLEI BARUFFI

ATOS VILELA

MINEIROS

2017

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A AÇÃO PASTORAL DAS IGREJAS E O RETROCESSO NA REFORMA AGRÁRIA

Trabalho feito por Natan Dornelles, Paulo Alan, Weslei Baruffi e Atos Vilela. Como requisito para obtenção de nota parcial no curso de Agronomia para a matéria de Sociologia.

Prof. Divino Barcelos de Menezes.

MINEIROS

2017

De interesse político e social à questão partidária

A Assembleia Nacional da Comissão Pastoral da Terra em 1991, foi carregada de impasses e, ao mesmo tempo, de certezas fáceis. Era o momento em que a Pastoral da Terra, mais do que qualquer outra pastoral social, começava a sofrer a grande inflexão que a converteria em aparelho partidário e, com o tempo, a privaria da autonomia e da criatividade que lhe haviam assegurado um lugar na história contemporânea do Brasil. Já não era a questão social e política que mobilizava os agentes de pastoral; era a questão partidária. Essa certeza era certeza, também de que o presidente da República pode tudo e de que, se o presidente “fosse nosso”, a reforma agrária que, supostamente ainda não fora feita, seria feita em todo o país. Com isso, todos os problemas dos trabalhadores rurais seriam resolvidos, já que esses problemas, supunham-se, se resumiam a “dar terra ao trabalhador”.

Para um grande número de pessoas, eleger o candidato do PT seria o mesmo que “implantar o socialismo”. Muitos participantes da assembleia raciocinavam a partir do pressuposto encadeamento necessário entre eleição-PT-reforma agrária-socialismo, um encadeamento mágico que acabaria com os problemas econômicos e sociais do país, acabaria com a pobreza, com injustiça, com violência – e com latifúndio. A movimentação dos políticos e dos partidos de oposição à ditadura, já no final do governo militar, indicava com clareza que as oligarquias haviam capturado o discurso contra a ditadura, em favor da liberdade e da democracia. Então, começaram a fazer acordos políticos, para instaurar um novo regime político civil, a chamada “Nova República”. Collor, portanto mais provável vencedor, o que melhor reunia os ingredientes da circunstância política para reafirmar essa tendência histórica do país. A assembleia estava tomada pela eufórica esperança de uma rápida chegada dos trabalhadores ao poder.

Nem tudo são flores..

Basicamente, os agentes de pastoral não conseguem situar os problemas imediatos nos processos mais amplos. Não conseguem identificar o impacto do particular e cotidiano nos processos mais gerais, que são os que estão presentes nos esquematismos e nas palavras de ordem. Não conseguem separar a redistribuição a propriedade e sua exploração economicamente rentável, embora sejam de fato duas coisas diferentes. Não conseguem considerar que a luta pela terra é luta pela sobrevivência, resistência à marginalização, a tornar-se mão de obra sobrante. E que o problema para esses trabalhadores não é a produtividade, mas a sobrevivência, com dignidade.

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