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A Cana de Açúcar

Por:   •  17/4/2020  •  Relatório de pesquisa  •  2.830 Palavras (12 Páginas)  •  614 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho enquadra-se no módulo AGRO 2504 181-Produzir culturas industriais.

Com esse trabalho objectiva-se à produção da Cana-sacarina e tabaco, onde far-se-à o processo da preparação de produção das culturas para posterior implementação do processo de produção, monitoria e avaliação.

Com vista a produzir as culturas seleccionou-se os campos do IAB que por sua vez localizam-se na zona de Umbelúzi,no distrito de Boane, a cerca de 29 Km da cidade de Maputo. Esta zona situa-se a 12 m do nível de água do mar a 23º e 3' de latitude e 32º e 23' de latitude Este. O clima característico desta zona é semi-árido, com a temperatura média anual a variar de 23º a 26ºC no período chuvoso e 17º a 23ºC na época seca. A pluviosidade média anual é de 679mm.

Objectivos

Geral

  • Produzir as culturas de cana-de-açúcar e tabaco no Instituto Agrário de Boane.

Específicos

  • Preparar o processo de produção da cultura de Cana-de-açúcar e Tabaco;
  • Implementar o processo de produção das culturas da Cana-de-açúcar e Tabaco;
  • Monitorar e avaliar o processo de produção da cultura da Cana-de-Açúcar e Tabaco.

Revisão bibliográfica

Cana-de-açúcar

Origem

A cana-de-açúcar (Saccharum spp) é considerada originária do sudeste asiático, na região da Nova Guine e Indonésia. Referente à sua distribuição geográfica e introdução em diferentes países, deve se salientar o papel dos Árabes para a introdução desta planta na Europa, Ásia do norte e África ate ao século XIV. Nos inícios do século XV, os Portugueses e Espanhóis foram repensáveis pela introdução da cana sacarina na América Latina e Central, sendo que os Holandeses e Ingleses tornaram esta cultura muito importante no Sul de África a partir dos meados de século XIX (INA, 2000).

Em Moçambique, a cultura da cana foi introduzida por britânicos através das companhias Sena Sugar States e a Buzi, para fins comerciais durante o século XIX. Por volta dos anos 50 surge o investimento português na indústria açucareira, tendo culminado com a construção de mais duas fábricas em Maragra, no ano de 1968, e Mafambisse em 1970 (INA, 2000).

Maior produtor nacional e mundial

A indústria açucareira de Moçambique é composta por quatro fábricas distribuídos ao longo principais rios nas regiões sul e centro do país, a saber:

Maragra e Xinavane, na província de Maputo;

Mafambisse e Marromeu, na província central de Sofala, sendo a maior produtora a açucareira de Mafambisse em Sofala.

Classificacao botânica

A cana-de-açúcar é uma planta da família Poaceae, representada pelo milho, sorgo, arroz e muitas outras gramíneas. As principais características dessa família são a forma da inflorescência (espiga), o crescimento do caule em colmos, e as folhas com lâminas de sílica em suas bordas e bainha aberta.

 A cana-de-açúcar está classificada dessa maneira:

Divisão – Magnoliophyta

Classe – Liliopsida

Ordem – Graminales

Família – Poaceae

Gênero– Saccharum

Espécies – Saccharum officianarum, Saccharum spontaneum, Saccharum

sinensis, Saccharum barbiri e Saccharum robustum.

Exigências edafoclimáticas

  • Clima

O crescimento óptimo da cana-de-açúcar é atingido com temperaturas médias anuais entre 25⁰C a 30°C. Temperaturas acima destes valores são bem suportadas pela cana, mas inferiores resultam num crescimento e maturação retardados.

  • Precipitação

Os valores desejáveis de precipitação anual situam-se entre os 1800mm e 2500mm, conforme o tipo de solo e a sua capacidade de retenção de água.

  • Necessidade de luz

A luz favorece o desenvolvimento da cana sacarina. Melhor dizendo, é indispensável ao bom desenvolvimento da planta, a qual chega a ser bastante afectada pela carência de luz solar. Um bom exemplo é o facto dos colmos, pela ausência de luz solar, se tornarem moles e, consequentemente, mais permeáveis aos ataques de insectos.

Podemos considerar como valores óptimos ao desenvolvimento da cana, um numero de horas de luz/dia de 12 a 14 horas, como aliás para outras culturas tropicais.

  • Solos

A cana sacarina não é demasiado exigente no que se refere aos solos, podendo-se dizer que quase todos os solos são apropriados à cultura. Todavia, a cana agradece um pH neutro ou ligeiramente ácido ou alcalino, solos profundos (50cm).

Variedades da cana-de-açúcar

Actualmente em Moçambique não existem espécies puras em plantações comerciais, mas sim espécies cruzadas, destacando se as variedades NCO376, NCO382 e NCO310, com frequências de 75%, 22.5% e 3.5% respectivamente, sendo recomendadas duas épocas de plantação de acordo com a estratégia que se queira seguir no rendimento por hectare e idades da cana a cortar (INA, 2000).

Pragas e doenças

Pragas

Pragas

Sintomas

Método de controlo

BROCA DA CANA- Diatraea saccharalis

As larvas se alimentam da folha e da bainha até conseguirem perfurar o colmo abrindo as galerias.

Controlo biológico

Controlo químico

CIGARRINHA DAS RAÍZES Mahanarva fimbriolata

Produzem uma espuma na base dos colmos, nas raízes superficiais onde se alimentam e se mantêm protegidas até atingirem a fase adulta

Controlo biológico

Controlo químico

Doenças

Doenças

Sintomas

Método de controlo

Mosaico

A presença de uma alternância, entre o verde normal da folha e um verde mais claro ou amarelado, formando manchas por todo o limbo foliar, principalmente nas folhas mais novas, caracterizam a doença

Roguing

Controlo químico

CARVÃO

Fungo Sporisorium scitamineum

O sinal característico e que identifica a doença é um apêndice de coloração preta que cresce através das modificações causadas na gema apical

Controlo químico

Controlo mecânico

Técnicas de produção da cana-de-açúcar

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