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A Colheita de cana-de-açúcar no Brasil

Por:   •  31/8/2015  •  Artigo  •  986 Palavras (4 Páginas)  •  383 Visualizações

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Histórico da mecanização

A colheita de cana-de-açúcar no Brasil não começou de uma forma bem diferente da qual atualmente é realizada, de fato, iniciou-se com o corte manual e depois a implantação das queimadas, para realizar o corte da cana de açúcar, os trabalhadores utilizam um facão e devem cortar a planta bem rente ao solo.

No decorrer dos anos, nas décadas de 1960 e 1970 , foi estabelecido o uso do fogo para facilitar o corte da cana, o uso de guindastes e outros maquinários de auxilio ao homem na tarefa de efetuar a colheita e iniciasse o processo de semi-mecanização, que levou a um aumento na produtividade do cortador, assim através dos guindastes mecanizados e ajuda dos caminhões o cortador então passou a colher 12 toneladas de cana por dia. Um dos motivos que mais levava a diminuição da colheita através do colhedor era a realização de um conjunto de movimentos corporais que demandam extremo esforço físico e a adoço de posturas inadequadas, permanecendo exposto a diferentes condições climáticas também, gerando inúmeros acidentes de trabalho e aos adoecimentos destes trabalhadores.

Nas décadas de 1950 e 1960, começaram as melhorias no corte mecanizado com a importação das primeiras máquinas vindas da Austrália, mas tais máquinas ainda exigiam a queimada da cana--de - açúcar. Na época, esse procedimento não era visto como um problema, ainda sem a preocupação ambiental de hoje. A primeira experimentação de corte de cana-de-açúcar mecanizado foi realizada em 1956, com um equipamento importado. Nos anos 1970, as primeiras configurações de máquinas como as de hoje começaram a ser produzidas no Brasil seguindo a mesma tecnologia australiana da década de 1950, com a colheita de cana picada. Cabe salientar que, nesse período, existiram também colhedoras que utilizavam o processo de colheita de cana inteira. Em São Paulo, a colheita mecanizada teve início em 1973, com a utilização da tecnologia importada, bem como da de fabricação nacional. O processo de mecanização no cultivo canavieiro se tornou mais acentuado com a implantação do Proálcool, em 1975.

Na década de 1980, ainda havia a dúvida a respeito de qual processo de colheita deveria ser utilizado: o da cana picada ou o da cana inteira. Na época, existia um tipo de colhedora que cortava a cana em sua base e depois tombava o colmo inteiro na superfície do solo. Todavia era necessário recolher a cana-de-açúcar do chão, o que, além do custo muito alto, gerava uma grande quantidade de impurezas. Foi somente a partir da década de 1990 que a opção pela cana picada na colheita se consolidou como rota tecnológica vencedora. Essa proposta para colheita mecanizada teve origem em virtude de questões sociais, econômicas e tecnológicas que ocorreram na Austrália e em Cuba, na segunda metade do século XX, com o intuito de eliminar a operação de carregamento necessária no sistema que manuseia colmos inteiros. Entretanto, mesmo nesse caso, ainda nos anos 1990, visava-se à recuperação apenas dos colmos, sendo a palha eliminada da forma mais econômica possível, normalmente por meio da queima, ou, no caso da colheita da cana crua, deixada no campo para conservação do solo [Braunbeck e Magalhães (2010)].

Apenas com a evolução das colhedoras em relação à potência e, sobretudo, com as maiores restrições impostas pelo Protocolo Agro ambiental celebrado, em 2007, entre as usinas paulistas e o governo de São Paulo, o setor passou a buscar integralmente a colheita da cana crua. Cabe ressaltar que a cana-de-açúcar, além de ser uma planta muito complexa, tanto biologicamente como geneticamente, em comparação aos cereais,

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