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AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE PIMENTA MALAGUETA (Capsicum frutescens) SOB ESTRESSE SALINO E DIFERENTES TEMPERATURAS

Por:   •  25/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.319 Palavras (6 Páginas)  •  180 Visualizações

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AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE PIMENTA MALAGUETA (Capsicum frutescens) SOB ESTRESSE SALINO E DIFERENTES TEMPERATURAS

BRENDA DE SOUZA SILVA

JOSÉ CORDEIRO DO NASCIMENTO JÚNIOR

RAINY ALVES DE SOUSA

SUMÉ-PB

2019

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1 INTRODUÇÃO

As pimentas são plantas que pertencem ao gênero Capsicum, família Solanaceae, tendo sua origem nas regiões tropicais americanas. A planta é arbustiva, perene e apresenta caule semilenhoso. As principais espécies cultivadas no Brasil são: C. frutescens, C. baccatum, C. chinense, C. praetermissum, C. annuum. A mais conhecida é a pimenta malagueta (Capsicum frutescens) originária da Bacia Amazônica (FILGUEIRA, 2000; FILGUEIRA, 2003; ARAÚJO, 2005).

As pimentas (Capsicum spp.) compõem uma importante parte do mercado de hortaliças frescas do Brasil, como também do segmento de condimentos, temperos e conservas, a nível mundial. É uma cultura que vem se expandido rapidamente nos últimos anos em diversas regiões brasileiras, com destaque para as regiões Sudeste e Nordeste, devido a sua importância econômica, por apresentar alta rentabilidade e demanda de mão de obra, especialmente na colheita. Sua produção é caracterizada principalmente pela agricultura familiar e pelo plantio predominante da pimenta malagueta (Capsicum frutescens) (SILVA et al., 2017).

Em relação às outras hortaliças, as pimentas se apresentam no mercado de forma secundária, devido ao baixo consumo e ao pequeno volume comercializado. Este cenário está modificando-se rapidamente pela exploração de novos tipos de pimentas e o desenvolvimento de novos produtos, com grande valor agregado, como conservas ornamentais, geleias especiais e outras formas processadas (HENZ, 2004).

No cultivo de sementes, quando liberadas para o meio ambiente, sua germinação está sujeita à ação de um conjunto de fatores ambientais, que podem determinar maior ou menor índice de germinação e, consequentemente, maior ou menor número de novas plantas na área.  Fatores relacionados ao clima, como luz e temperatura, e outros relativos às condições do solo, como pH, nível salino e teor de umidade têm sido apontados como controladores da germinação de sementes de plantas (SOUZA FILHO, 2000).

Como citado anteriormente, a semente pode ser influenciada por vários fatores, sendo a temperatura e o nível de salinidade no solo, os mais importantes, afetando assim, a germinação total e a velocidade de germinação, pois esses fatores tendem a atuar na velocidade de absorção de água e nas reações bioquímicas no processo germinativo (CARVALHO E NAKAGAWA, 2012).

Diante disso, objetivou-se avaliar a germinação de sementes de pimenta malagueta em resposta ao estresse salino e a diferentes temperaturas.

2 MATERIAS E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no Laboratório de Culturas de Tecidos Vegetais na Universidade Federal de Campina Grande, Campus Sumé-PB.

Os tratamentos consistiram em quatro níveis de salinidade da água correspondentes a concentrações de Cloreto de Sódio (NaCl): 0 (controle); 0,825 g/L; 2,474g/L; 4,124 g/L, sendo as concentrações em mM: 0 mMol/L (controle); 14 mMol/L; 42 mMol/L e 71 mMol/L,  avaliados a duas diferentes temperaturas: 20ºC e 30ºC, em esquema fatorial 4x2. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições, totalizando 40 parcelas.

As sementes de pimenta malagueta (Capsicum frutescens) produzidas pelo fabricante FELTRIN, em número de cinco por tratamento, foram colocadas em placas de Petri sobre dois discos de papel de filtro umedecidos nas diferentes concentrações salinas (3 mL da solução salina por placa) e na condição controle (3 mL de água deionizada por placa).

Posteriormente, as placas de Petri foram acondicionadas em câmara de germinação do tipo B.O.D, com fotoperíodo de 12 horas de luz e submetidas a temperaturas de 20 °C e 30ºC. As aplicações de água deionizada, foram realizadas diariamente, aplicando um volume médio de 1,0 mL por unidade experimental. Aos 10 dias após a semeadura foram avaliadas as seguintes variáveis:

a) Primeira Contagem de Germinação - esta avaliação é realizada em conjunto com o teste padrão de germinação, registrando a porcentagem de plântulas normais, na data prescrita pelas Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992) para primeira contagem do teste de germinação.

b) Porcentagem de germinação ou Germinabilidade (G%) – obtida através da contagem final das sementes germinadas em relação ao número inicial de sementes, calculada aos 10 dias após a semeadura.

c) Índice de velocidade de germinação (IVG) – avaliado simultaneamente à determinação da percentagem de germinação, sendo este calculado pelo somatório do número de sementes germinadas a cada dia, dividido pelo número de dias decorridos entre a semeadura e a germinação (MAGUIRE, 1962).

d) Tempo médio de germinação (TMG) – determinado por meio de contagens diárias das sementes germinadas até o final da avaliação e calculado através da fórmula proposta por (LABOURIAU, 1983).


3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após os 10 dias de incubação em câmara de germinação do tipo B.O.D, pôde-se analisar o comportamento de germinação das sementes de pimenta malagueta utilizando os parâmetros apresentados no Gráfico 1 (PCG), no Gráfico 2 (G (%)), no Gráfico 3 (IVG) e por fim, no Gráfico 4 (TMG), analisando os resultados em função da variação do nível de estresse salino e diferentes temperaturas.

3.1 PRIMEIRA CONTAGEM DE GERMINAÇÃO (PCG)

Gráfico 1 – Primeira contagem de germinação de sementes de pimenta malagueta submetidas a estresse salino e diferentes temperaturas.

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Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

        No Gráfico 1 pode-se observar o comportamento de germinação das sementes de pimenta malagueta no primeiro dia de contagem. As sementes apresentaram um maior percentual de germinação quando submetidas somente à água deionizada (controle). Analisando para as diferentes concentrações salinas, as sementes apresentaram 4% de germinação para as concentrações de 42 e 71 mMol/L. Em relação a influência da temperatura, as sementes germinaram apenas quando submetidas à temperatura de 30ºC, portanto, se apresentando a condição mais favorável para o estudo.

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