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Alternaria no tomate

Por:   •  16/4/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.106 Palavras (9 Páginas)  •  913 Visualizações

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       PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

        ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E MEDICINA VETERINÁRIA

PINTA-PRETA DO TOMATE / Alternaria solani

PINTA-PRETA DO TOMATE / Alternaria solani

Trabalho apresentado à disciplina de fitopatologia, ao curso de Agronomia, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, tendo como requisito obtenção de conhecimento e nota parcial do bimestre.

Professor:

2014

  1. INTRODUÇÃO

A cultura do tomate se destaca por apresentar um amplo histórico de problemas fitossanitários, que são responsáveis por perdas significativas na produção. O tomateiro é uma cultura que demanda uma grande quantidade de insumos durante todo seu ciclo de cultivo e também é uma das culturas mais prejudicadas pela ocorrência de doenças.

Dentre essas doenças, a pinta-preta ou mancha de Alternaria, causada por Alternaria solani é uma das mais importantes e frequentes doenças da cultura do tomateiro no Brasil. (LOPES et al., 2005)

Essa doença apresenta um alto potencial destrutivo afetando folhas, hastes, pecíolos e frutos causando elevados prejuízos econômicos. E o aumento de susceptibilidade a doença esta geralmente associados á tecidos maduros com maior frequência durante a fase de frutificação. (KUROZAWA, C. et al; 2005)

A incidência dessa doença é mais comum em cultivo em céu aberto, onde esta sujeito a chuvas e outras interpéries do tempo, no cultivo protegido a não há tanta incidência sendo de pouca importância quando adotado esse manejo. (VALE, F, Z. et al; 2004)

Para a realização deste trabalho feito no laboratório de fitopatologia da PUC/PR, foi utilizado um fruto de tomate o qual foi recolhido em uma frutaria em Mandirituba – PR. O fruto apresentava manchas pretas ovais, com um pouco de corpo de frutificação em cima, com aspecto aveludado e cor branca para acinzentada por cima dessas manchas, foi retirada com fita durex o material das manchas pretas, colocado corante na lâmina, grudado a fita durex na mesma e analisada em microscópio.

Foi observado a presença do patógeno Alternaria solani, causador da doença conhecida como pinta-preta ou mancha de Alternaria. A identificação foi feita com ajuda da Professora, livros de identificação e conhecimentos prévios de doenças que ocorrem com a cultura do tomateiro.

  1. SINTOMAS E SINAIS

 Os primeiro sinais da doença se observa primeiramente nas folhas mais velhas da planta, pois ocorre uma demanda maior de açucares e nutrientes para a formação de frutos, o que favorece o processo infeccioso em órgãos exportadores. Quando as condições são favoráveis, o patógeno também ataca sobre as folhas mais novas. Nas folhas se observa lesões necróticas de colocação marron-escura á preta, com bordas bem definidas, podendo ser mais ou menos circulares, elípticas ou irregulares e apresentar halo amarelo.

Com o progresso da doenças, as lesões aumentam rapidamente em tamanho e numero destruindo toda a área foliar da planta, deixando os frutos expostos fazendo com que ocorra queimaduras pelo sol, e tornando – os impróprios para a comercialização.

Em mudas o patógeno pode atacar a região do caule próximo ao solo, causando a morte da planta. No caule e pecíolos  de plantas adultas as lesões são escuras, alongadas, circulares e ligeiramente deprimidas.

Em altas temperaturas e alto teor de umidade as lesões apresentam um crescimento aveludado e negro composto por frutificações do patógeno, isso foi encontrado e observado no fruto que levamos para laboratório.

Sementes infectadas por Alternaria solani, quando semeadas podem resultar em plântulas com sintomas de podridão e anelamento de colo, tombanto em pré e pós emergência e também morte de plantas jovens.

As lesões ocorridas pela Alternaria spp., na fase inicial podem ser confundidas com lesões causadas pelo fungo Septoria lycopercisi, comum também em tomateiro.

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       Imagem 1:. Fruto do tomate com sintomas

  1. BIOLOGIA DO PATÓGENO

A Alternaria solani, sobrevive entre as épocas de produção de tomate nos restos da cultura, no solo e nas sementes. O agente patogênico pode permanecer viável no solo na forma de micélio, conídios ou clamidósporos. Em zonas de produção com o clima do nosso país este fungo pode sobreviver em plantas de tomate espontâneas e outros hospedeiros da família das solanáceas como a batateira, a berinjela, a erva-moira, etc.

Quando esta na forma de conídios pode formar cadeias de até 11 unidades, sendo altamente resistentes a baixos níveis de umidade, podendo permanecer viáveis por até dois anos nestas condições. As primeiras infecções nos tomateiros ocorrem por fungos do solo quando ocorre muita chuva na região ou uma excessiva irrigação, juntamente com altas temperaturas. Nessas condições os conídios germinam e infectam as plantas rapidamente, podendo o fungo penetrar diretamente pela cutícula ou através de estômatos e feridas do fruto.  A colonização é intercelular, invadindo tecidos do hospedeiro, e provoca alterações em diversos processos fisiológicos, que se exteriorizam na forma de sintomas. Em condições de campo, as lesões surgem 3 (três) á  5 (cinco) dias após a inoculação, em condições controladas, pontuações negras podem ser verificadas 24 horas após a inoculação. Quando as lesões foliares têm um diâmetro aproximado de 3 (três) mm, o fungo começa a produção de conídios. O orvalho intenso ou as chuvas persistentes são necessárias para que ocorra uma esporulação abundante. A disseminação dos conídios ocorre por intermédio da água, vento, trabalhadores, equipamentos, insetos e pelo contato e atrito entre folhas sadias e infectadas.

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Imagem 2: Lâmina com conídios

Na imagem 2 podemos ver a lâmina feita em laboratório e vista sob a análise de microscópio, onde se observa a presença de conídios. A lamina nos ajudou a identificar qual patógeno estava presente no fruto do tomate que foi analisado.

 

  1. EPIDEMOLOGIA

Os conídios do patógeno são disseminados principalmente pelo vento, chuva ou irrigação, insetos, trabalhadores no campo e implementos agrícolas. Sementes infectadas podem disseminar o patógeno á longas distâncias formando uma fonte de inóculo inicial.

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