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Cultivo de cana-de-açúcar

Tese: Cultivo de cana-de-açúcar. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/4/2014  •  Tese  •  1.517 Palavras (7 Páginas)  •  331 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil no início do século XVI, quando foi iniciada a instalação de engenhos de açúcar, a primeira indústria implantada na nova possessão de Portugal, que em pouco tempo substituiu a indústria extrativa do pau-brasil. Foi a base da economia do nordeste brasileiro, na época dos engenhos. A principal força de trabalho empregada foi a da mão-de-obra escravizada, primeiramente indígena e em seguida majoritariamente de origem africana, sendo utilizada até o fim do século XIX. Os regimes de trabalho eram muito forçados. Esses trabalhadores, na ocasião da colheita, chegavam a trabalhar até 18 horas diárias. Com a mudança da economia brasileira para a monocultura do café, esses trabalhadores foram deslocados gradativamente dos engenhos para as grandes fazendas cafeeiras. Com o tempo, a economia dos engenhos entrou em decadência, sendo praticamente substituída pelas usinas. O termo engenho hoje em dia é usado para as propriedades que plantam cana-de-açúcar e a vendem, para ser processada nas usinas e transformada em produtos derivados (CAVALCANTE,2001).

REVISÃO DE LITERATURA

O cultivo da cana-de-açúcar é bastante complexo, podendo ser obtido de um único plantio 5 a 7 colheitas, sendo que após cada ciclo deve se fazer altos investimentos para que a renovação do canavial proporcione boa produtividade da colheita seguinte. Dentre esses investimentos, encontra-se o custo com pesticidas para o controle de insetos pragas e ervas daninha, os quais provocam sérios prejuízos à cultura. Para o controle desses organismos, nos dias de hoje, emprega-se o uso de inseticidas para os insetos e de herbicidas para as ervas indesejáveis. Esses produtos, além de elevar o custo da cultura, apresentam persistência prolongada no ambiente, podendo eliminar partes significativas de populações de organismos benéficos, e ainda serem levados pelas águas das chuvas, pelo processo de lixiviação, para mananciais aquáticos, podendo contaminar peixes e outras espécies de seres vivos. Na atualidade, tanto a comunidade científica quanto à sociedade civil têm se preocupado com as questões ambientais e a preservação da vida no planeta. Assim, surge a perspectiva do cultivo orgânico da cultura da cana-de-açúcar. Isso tem levado os produtores a adequar a atividade agrícola a uma ação que seja ambientalmente correta e economicamente viável, crescendo a procura por métodos alternativos ao controle químico, abrindo, desta forma, grande oportunidade para a implementação de pesquisas com agentes de controle biológico (MACHADO & HABIB, 2009).

A cana-de-açúcar tomou lugar de destaque perante outras grandes culturas na mídia e na vida dos brasileiros, por ser capaz de produzir inúmeros subprodutos como:

ETANOL: Anidro, hidratado, especiais;

AÇÚCAR: Branco (de diversos padrões), Mascavo, Refinado, Confeiteiro, Líquido;

ENERGIA: Da queima do próprio bagaço ou da palha da cana-de-açúcar;

PRODUTOS EM DESENVOLVIMENTO: Plástico, papel, asfalto, etanol celulósico, etc.

Esta característica possibilitou amenizar os impactos causados pela instabilidade do mercado econômico nos últimos anos, a qual tem grande reflexo nos produtores rurais.

Dentro deste contexto, podemos destacar o etanol, que já há algum tempo faz parte de nosso dia-dia, como combustível que abastece nossos carros, aviões agrícolas, motos, entre outros. A vantagem deste combustível é que este é caracterizado por ser uma fonte alternativa de energia que atende as diferentes perspectivas dos setores econômicos e socioambientais mundiais, por ser renovável, por poluir menos que os atuais combustíveis, e principalmente, por reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. (petróleo, carvão, metanol, entre outros), que são altamente poluentes e seus preços são muito voláteis, sendo determinados conforme humor do mercado. O etanol produzido em grande escala em alguns países, como o Brasil, é capaz de abastecer uma frota atual de 13 milhões de veículos, correspondente a 50% da frota brasileira (UNICA) e com perspectivas de chegar a 86% em 2020. Fora o consumo direto, temos vários outros indiretos, tais como a mistura na gasolina e no óleo diesel, além das exportações. Outro passo dado pelo setor sucroenergético neste ano foi a exclusão de barreiras protecionistas do EUA, o que alavancará as exportações brasileiras nos próximos anos.

Quanto ao açúcar, estamos passando por uma época de baixos estoques mundiais, com excelentes perspectivas de vendas para os próximos anos. Para o mercado interno, sempre existirá demanda para produtos com valor agregado, como a produção de refrigerantes, bebidas especiais, iogurtes, chocolate etc.

A energia elétrica, proveniente da queima do bagaço de cana-de-açúcar, é outro subproduto que tem ocupado papel de destaque junto às empresas do setor vindo para substituir matrizes energéticas mais poluentes, como óleo diesel e gás. (GRUPO USJ, s.d.)

Nos últimos anos, os canaviais brasileiros ganharam significativos investimentos, oriundo da capitalização do setor sucroalcooleiro, com a recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional. O movimento de fusões e aquisições das usinas foi intenso no período, com mais de 30 operações desde 2000, o que tem permitido a entrada do capital estrangeiro no setor. As perspectivas favoráveis se somam aos ótimos resultados obtidos com a colheita de 350,3 milhões de toneladas de cana, que gerou uma produção de 24,2 milhões de toneladas de açúcar e de 14,4 bilhões de litros de álcool, na safra 2003/04 (MACHADO & HABIB, 2009).

A cana-de-açúcar é uma matéria prima que está em alta no Brasil e também na Índia. Cada vez mais estão crescendo a quantidade de usinas no país, temos aproximadamente 1,5% de terras com plantações de cana, o que se dá uma grande produção, mas em questões de porcentagem, é pouco, e dá para investir mais nessa cultura. Em questões mundiais, o Brasil é responsável por 27% da produção chegando a produzir em anos passados mais de 700 milhões de toneladas, a Índia está em segundo lugar, chegando a produzir mais de 200 milhões

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