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EFEITO DE DIFERENTES ENRAIZANTES E TEMPOS DE IMERSÃO NA PRODUTIVIDADE DE BETERRABA

Por:   •  9/1/2019  •  Trabalho acadêmico  •  6.104 Palavras (25 Páginas)  •  330 Visualizações

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EFEITO DE DIFERENTES ENRAIZANTES E TEMPOS DE IMERSÃO NA PRODUTIVIDADE DE BETERRABA

EFFECT OF DIFFERENT ROOTS AND IMMERSION TIMES ON BEET PRODUCTIVITY

Reydnner Oliveira Souza¹; Lucas Roberto de Carvalho².

Resumo: O objetivo desse trabalho foi analisar a produção da beterraba (Cv. All Green) a partir dos seus primeiros dias em campo, utilizando dois tipos de enraizantes, sendo um a base de feijão germinado, rica em IBA (ácido indolbutírico) e um produto comercial Forth enraizador, produto rico em macro e micronutrientes com extrato de algas marinhas. Utilizou-se delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 3x2x5 e duas testemunhas com imersão em água, sendo dois tipos de enraizantes (feijão germinado e sintético) e dois tempos de imersão 5 e 10 minutos, e quatro repetições, sendo cada repetição com oito plantas. Os tratamentos feitos com bioestimulantes apresentaram dados superiores à testemunha, evidenciando maior produtividade primaria e final no peso das raízes.

Palavras-chave: Beta vulgaris; Agricultura; Bioestimulante.

Abstract: The objective of this work was to analyze the production of beet (Cv. All Green) from its first days in the field, using two types of rooting, one being the germinated bean base, rich in IBA (indolebutyric acid) and a commercial product Forth rooting, product rich in macro and micronutrients with extract of seaweed. A randomized block design in a 2x2x4 factorial scheme and two water immersion experiments were used, two rooting types (germinated and synthetic beans) and two immersion times 5 and 10 minutes, and four replications, each replicate being eight plants . The treatments with biostimulants presented data superior to the control, evidencing higher primary and final productivity in the root weight.

Key-words: Beta vulgaris; Agriculture; Biostimulant.

¹ Graduando em Eng. Agronômica. Faculdade Montes Belos – Av. Hermógenes Coelho. 340 – Setor Universitário – 76.100-000 – São Luis de Montes Belos – Goiás – reydnner2798@gmail.com

² Engenheiro Agrônomo. Mestre, Docente. Orientador. Faculdade Montes Belos – Av. Hermógenes Coelho. 340 – Setor Universitário – 76.100-100 – São Luís de Montes Belos – lucas.rooberto@fmb.edu.br


  1. INTRODUÇÃO

A beterraba (Beta vulgaris, L.) é uma das principais hortaliças cultivadas no Brasil, é uma variedade que apresenta diversos biótipos, sendo açucareiros, forrageiros e hortícolas os de maior importância, suas variedades apresentam ciclos entre 60 a 90 dias. No biótipo beterraba açucareira, as raízes apresentam um teor de sacarose maior quando comparado com outros biótipos, tendo finalidade para extração de açúcar, na forrageira, as raízes e folhas são empregadas na alimentação animal e por fim, a beterraba hortícola, também conhecida como beterraba vermelha ou beterraba de mesa, é o biótipo cultivado no Brasil. As raízes e as folhas podem ser utilizadas também na alimentação humana (TIVELLI, et al., 2011).

Nos últimos anos a beterraba vem ganhando espaço no comércio nacional, tendo grandes crescentes no seu consumo in natura ou nas indústrias através do seu beneficiamento com conservas e alimentos infantis, sempre tendo papel de grande valor nas mesas por sua importância nutricional. No Brasil, o cultivo da beterraba intensificou-se com a imigração europeia e asiática, sendo cultivadas exclusivamente variedades para mesa (MARQUES et al., 2010). A variedade de mesa, sendo o biótipo hortícola, tem grande destaque entre as hortaliças, por sua composição nutricional, principalmente em açúcares, e pelas formas de consumo da raiz tuberosa, além de poder incluir as folhas no cardápio (AQUINO, 2006).

Com ao objetivo de aumentar a produção e qualidade de produto, seja ele raiz, grão ou fruto, surgem diversos meios para atingir um ponto mais elevado da produtividade. Atualmente utiliza se bastante a aplicação de hormônios vegetais ou reguladores vegetais, para que o crescimento da cultura escolhida seja significativamente maior (VIEIRA, 2001).

A definição clássica de hormônio vegetal é a de que são compostos orgânicos sintetizados numa parte da planta e translocados a outra, onde em reduzidas concentrações é constado efeito fisiológico (SALISBURY E ROSS, 1992). Reguladores vegetais são substâncias sintéticas com efeitos semelhantes aos dos hormônios biossintetizados pelas plantas, e que também, em reduzidas concentrações, podem controlar o crescimento e o desenvolvimento vegetais (TAIZ E ZEIGER, 2004).

Os hormônios vegetais conhecidos atualmente são classificados em cinco grupos, sendo três auxinas naturais, algumas citocininas, mais de 100 giberelinas, ácido abscíssico e etileno. Os reguladores vegetais são utilizados para obtenção de diversos efeitos, tais como o de promover, retardar ou inibir o crescimento vegetativo, promover ou inibir o florescimento, aumentar a frutificação efetiva, aumentar o tamanho dos frutos, controlar a maturação e senescência, promover o enraizamento e quebrar a dormência de sementes e gemas, entre outros (BIASI, 2002). Esses hormônios afetam o crescimento morfológico da planta e a produtividade, consequentemente afetando o peso do produto final.

O objetivo do experimento foi analisar a produção da beterraba (Cv. All Green) autilizando dois tipos de enraizantes, sendo um a base de feijão germinado, rica em IBA (ácido indolbutírico) e um produto comercial Forth enraizador, produto rico em macro e micronutrientes com extrato de algas marinhas.

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  1. A cultura da beterraba

A forma primitiva da beterraba cultivada corresponde a (Beta vulgaris perennis), dessa a qual se desenvolveu para as subespécies beterraba açucareira (Beta vulgaris altíssima) destinada para produção de açúcar, beterraba forrageira (Beta vulgaris crassa) cultivada principalmente para a alimentação animal e a beterraba de mesa (Beta vulgaris esculenta), sendo esta destinada para consumo in natura da raiz tuberosa (CÁSSERES, 1980; TIVELLI et al., 2011). A planta é bienal, cuja parte comestível é uma raiz tuberosa de formato globular e sabor acentuadamente doce, mesmo na beterraba olerácea (FILGUEIRA, 2000)

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