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O Movimento Agroecológico no Brasil

Por:   •  26/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.735 Palavras (7 Páginas)  •  150 Visualizações

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Sumário

Introdução

Princípios da agroecologia

Surgimento da agroecologia

3.1 Revolução verde

Movimento Agroecológico no Brasil

4.1 Movimentos Sociais

Sistemas Agroflorestais e agroecologia

Os profissionais da área agroecológica

Conclusão

Bibliografia

Introdução

A agroecologia é uma ciência que visa estudar práticas sustentáveis de agricultura e manejo ecológico, está altamente ligada a prevenção de recursos naturais, que sejam culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis. Pode ser entendida, não apenas como ciência, mas também como prática agrícola e movimento social e político.

A agroecologia promove ideias antagônicas ao agronegócio, sendo contrária às ideias do uso de agrotóxico, monocultura, alta mecanização dos campos e sementes transgênicas, pois todos esses fatores impedem o aumento de biodiversidade das espécies, contribuem para o enfraquecimento do solo e contaminação da água. Portanto, ela oferece aos seus consumidores alimentos livres de veneno e de baixo custo.

Os movimentos sociais, dentro dessa ciência também é uma parte extremamente importante, eles podem servir como conhecimento aos agricultores de melhoramento do cultivo e colheita das plantas, trazendo uma certa autonomia ao plantador, além de lutar pelas condições de trabalho dos trabalhadores rurais e preservação do meio ambiente.

Ao longo deste trabalho será abordado as atuações da agroecologia, a história de como ela surgiu, sua importância e as atuações de um engenheiro florestal dentro dela. As formas em que os movimentos sociais atuam na sociedade e relevância de suas lutas por um meio ambiente preservado, por uma população com saúde e com autonomia.

Princípios da agroecologia

A agroecologia tem em seu conceito, alguns princípios básicos de atuação,

Conservar e ampliar a biodiversidade dos ecossistemas, tendo em vista estabelecimento de numerosas interações entre solo, plantas e animais, ampliando a auto-regulação do agroecossistema da propriedade.

Assegurar as condições de vida do solo que permitam a manutenção de sua fertilidade e o desenvolvimento saudável das plantas, por meio de práticas como: cobertura permanente do solo (viva ou mülching),adubação verde, proteção contra os ventos, práticas de conservação do solo (controle da erosão), rotação de culturas, consorciação de culturas, cultivo em faixas, entre outras.

Usar espécies ou variedades adaptadas às condições locais de solo e clima, minimizando exigências externas para um bom desenvolvimento da cultura.

Assegurar uma produção sustentável das culturas sem utilizar insumos químicos que possam degradar o ambiente, fazendo uso da adubação orgânica, de produtos minerais pouco solúveis (fosfato de rocha, calcário, pó de rocha, etc) e de um manejo fitossanitário que integre as práticas culturais, mecânicas e biológicas para o controle de pragas e doenças.

Diversificar as atividades econômicas da propriedade, buscando a integração entre elas para maximizar a utilização dos recursos endógenos e assim diminuir a aquisição de insumos externos à propriedade.

Favorecer a autogestão da comunidade produtora, respeitando sua cultura e estimulando sua dinâmica social.

Surgimento da agroecologia

A agricultura não ficou isenta da Revolução Industrial, com sua necessidade de produtos rápidos, fáceis e baratos, trouxe a urgência da modernização dos campos, nascendo assim, a agricultura industrial, que define até hoje nas formas de manejo de plantas

No Brasil, os impactos da Revolução na agricultura surgiram de forma tardia, mas de modo mais intenso, nos anos 60. A mecanização de modo geral, aumentou significativamente na capacidade de trabalho de apenas um homem, possibilitando a ampliação das áreas de cultivo, e também num custo mais acessível dos alimentos. Por outro lado, provocou o êxodo rural em massa das famílias camponesas em direção às grandes cidades, por falta de oportunidades de aumentar sua área de plantação. Além de, o uso de agrotóxico e insumos químicos, extremamente nocivos à biodiversidade de animais e plantas. Esse período foi chamado de "Revolução Verde”, ocorrido entre os anos de 1960 e 70.

3.1 Revolução verde

Esse programa surgiu com o propósito de aumentar a produção agrícola através do desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo e utilização de máquinas no campo que aumentassem a produtividade.

Os resultados da Revolução Verde, foram de fato o aumento de produtividade, barateamento dos alimentos, aumento das áreas de produção. Contudo, ela trouxe diversos impactos negativos, como: alimentos e ambiente com resíduos de agrotóxicos, perda de biodiversidade, poluição desenfreada dos recursos naturais, desertificação dos solos e por decorrência grande concentração de terra aos mais ricos, um problema social pertinente até os dias atuais.

Estes aspectos trouxeram muita força aos movimentos sociais com ideias contrárias a esta forma de agricultura, criando um momento propício para um forma de agricultura alternativa.

Movimento Agroecológico no Brasil

A partir da década 1980, a agricultura alternativa tinha como objetivo mudar elementos no sistema de produção de alimentos para combater os impactos negativos da Revolução Verde. O movimento agroecológico surge como uma resposta à crescente preocupação com a deterioração ambiental e exclusão social dos pequenos produtores rurais face à modernização agrícola (Norgaard, 1984). A agroecologia ganha força na década como movimento social propondo práticas agrícolas alternativas, e como ciência, vem se constituindo e ganhando força, com o reconhecimento da Embrapa

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