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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DE BROMATOLOGIA: DETERMINAÇÃO DE FIBRA BRUTA

Por:   •  6/12/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.241 Palavras (9 Páginas)  •  1.964 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - SETOR PALOTINA

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Christian Escobar Gasparin

Fernanda Mayumi Jurach Fukui

Joici Cristina Lucini

Pedro Henrique Dela Porta Martins

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DE BROMATOLOGIA:

DETERMINAÇÃO DE FIBRA BRUTA

PALOTINA

2016

1  INTRODUÇÃO

1.1 FIBRA

Fibras podem ser definidas como elementos estruturais de plantas, (parede celular), ao passo que constituiu a parte menos digestível do alimento, e não sofre a digestão por enzimas de mamíferos (BIANCHINI, 2007).

De acordo com Guerra et al. (2004  apud LONDERO et al., 2006) a fibra sofre classificação, de acordo com à sua solubilidade (fibra solúvel e fibra insolúvel) “a fibra solúvel é composta por substâncias pécticas, gomas, hemiceluloses e b glucanas, enquanto a fração insolúvel é composta por celulose, lignina e a maioria das hemiceluloses”.

A fibra é um importante constituinte das forrageiras, estas fornecem a energia necessária nas rações para ocasionar a  mastigação e saúde do rúmen. A qualidade e a quantidade de forragens é um importante aspecto analisado na formulação  de dietas para bovinos atendendo as exigências nutricionais e de fibra, sendo esta ultima “a fonte de carboidratos utilizada pelos microrganismos do rúmen”  (BIANCHINI, 2007). Concordando com Resende (1995), que relata que para um balanço microbiano perfeito no rúmen, é indispensável a conservação de um valor minimo de fibra na ração com intenção de manter a devida fermentação e para precaver distúrbios ruminais.

Apesar de várias pesquisas serem feitas na área, ainda não se tem uma concordância sobre uma concentração de fibra perfeita para potencializar o consumo de energia por bovinos, já que os ácidos graxos voláteis gerados pela fibra no decorrer da fermentação animal são as principais fontes energéticas para ruminantes (BIANCHINI, 2007).

A ingestão de forragem está diretamente associada à qualidade da fibra, sendo que a celulose e a hemicelulose ali presentes estão relacionadas de uma maneira positiva com o consumo da matéria seca, e resulta num alto desempenho, ocasionando uma grande produção animal por unidade de área (SOUZA, 2004).

1.2 FIBRA EM DETERGENTE NEUTRO (FDN)

A Fibra  em detergente neutro (FDN) é o constituinte que apresenta a maior proximidade com os valores da parede celular, desprovido apenas da pectina, que sofre remoção no processo de degradação dos demais conteúdos celulares para isolamento da fibra. Embora não apresente quimicamente uma pureza em sua estrutura é o componente alimentício que melhor representa os constituintes de baixa degradação da molécula (RESENDE, 1995).

A partir das pesquisas desenvolvidas por Van Soest ( 1967), onde se deu sequencia no estudo qualitativo das plantas forrageiras, foi criado um detergente ácido específico, com o objetivo de solubilizar o conteúdo celular, a hemicelulose e os minerais solúveis, alem de uma fração da proteína insolúvel, originando a fibra em detergente ácido (FDA), que apresenta em sua constituição celulose, lignina, proteína danificada pelo calor e minerais (GERON,2014).

A FDA se relaciona negativamente com a digestibilidade da forragem, sendo assim, quanto maior o teor de FDA presente na planta, o teor de lignina será superior e a digestibilidade será menor (FARIAS, 2015).

1.3 MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE FIBRAS

Existem diversos métodos para se determinar a fibra contida nos alimentos. O método oficial brasileiro, adotado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é o de Weende (LONDERO et al., 2006). Alguns métodos de determinação de fibra serão descritos a seguir.

1.3.1 MÉTODO DE VAN SOEST

        Em 1967, Van Soest, propôs um método para analise das frações de fibras dos alimentos, utilizando como principal componente detergentes neutros e ácidos no tratamento da fibra, podendo então determinar de forma mais precisa esta fração (ALVES et al., 2004).

O método baseia-se no fracionamento dos componentes fibrosos, se tendo uma maior precisão na estimativa do valor nutritivo das forrageiras. As análises em detergente neutro e detergente ácido, passaram a ser utilizadas frequentemente em laboratórios de analise de alimentos (BERCHIELLI et al., 2001).

De acordo com Alves et al. (2004) tal método baseia-se na diferenciada de solubilidade dos componentes da célula vegetal em um determinado PH. Sendo este o principal referencial utilizados nos laboratórios de nutrição animal. De maneira geral, fornece informações suficientes sobre a composição química da maioria dos alimentos utilizados na alimentação animal,

De acordo com o mesmo autor na mensuração da FDN, se obtêm um resíduo indesejado após extração com solução de sulfito láurico de sódio e EDTA, tais como: proteína, minerais ou amido misturados a fibra. Entretanto a analise que utiliza detergente ácido (FDA) também contem contaminações tais como: pectina, minerais e compostos nitrogenados.

1.3.2 MÉTODO DE WEENDE

Criado em 1864, por Henneberg, na Estação experimental de Weende, o chamado método de Weende, vem sendo utilizado até os dias de hoje, e as técnicas são quase as mesmas de quando foi criado, com exceção do nitrogênio. Este método propôs a analise aproximada de alimentos. Visando a obtenção de informações sobre os seguintes componentes: umidade ou matéria seca, cinza, proteína bruta, gordura ou extrato etéreo, extrato não nitrogenado e fibra bruta, (MACIEL, 2015).

O método de weende não é satisfatório para a obtenção de informações como carboidratos, pois inclui no grupo da fibra bruta a celulose e apenas a lignina insolúvel em álcali. Porem, no grupo dos extratos não nitrogenados, encontra-se frações de diversas naturezas, como a hemicelulose, amido, pectina, lignina solúvel em álcali e os carboidratos solúveis em água, (MACIEL, 2015).

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