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A Aplicação de Análise Ergonômica de Trabalho em Empresa Metalúrgica

Por:   •  2/12/2023  •  Artigo  •  3.623 Palavras (15 Páginas)  •  20 Visualizações

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Aplicação de Análise Ergonômica de Trabalho em Empresa Metalúrgica

Bianca Maros de Araújo

DEPS - Universidade do Estado de Santa Catarina

Claudio Decker Junior

DEPS - Universidade do Estado de Santa Catarina

Isabela Maximiano Coleta

DEPS - Universidade do Estado de Santa Catarina

Laura Maria de Castro

DEPS - Universidade do Estado de Santa Catarina

Rodrigo Kricheldorf

DEPS - Universidade do Estado de Santa Catarina

Resumo: As empresas atuais, se quiserem sobreviver ao mercado globalizado, devem estar atentas à saúde dos seus colaboradores e elaborar uma estrutura ergonomicamente projetada não apenas para aumentarem sua produtividade, mas também para melhorar a imagem da empresa junto ao seu colaborador. Em uma época marcada pela valorização dos funcionários, deixar de lado o bem estar dos mesmos é colocar em risco não apenas resultados, como também investimentos. O presente artigo traz uma avaliação ergonômica em uma empresa metalúrgica de grande porte. Com uma pesquisa do ambiente de trabalho e os parâmetros a que ele está inserido, mapeou-se a população trabalhadora e definiu-se o posto de trabalho de Almoxarife como objeto de estudo. O método RULA (Rapid Upper Limb Assessment) foi aplicado para medição das atividades do operador e obteve-se, ao fazer o somatório das pontuações finais, uma avaliação Nível 2, com postura a investigar e alterações possivelmente necessárias, e uma avaliação Nível 4, com postura a investigar e alterar urgentemente. Diante dos resultados é nítido que os postos de trabalho devem ser adequados, para tanto, sugestões de melhorias como instalação de bancadas, talhas e pontes rolantes são sugeridas.

Palavras-chave: Ergonomia, Estudo de Caso, Método Rula.

Ergonomic Workplace Analysis in a Metallurgical Company

Abstract: Profitable businesses nowadays must pay attention to their employees` health if they want to have a chance on the globalized market. It is important to provide an ergonomically designed structure, not only to increase the productivity but also to improve the company's image. Times where the employee’s appreciation is on focus, setting aside their well-being is also putting at risk results and investments. This article provides an ergonomic evaluation in a powerful metallurgical company. A survey was made to understand the work environment and its parameters. After the analysis of the working population the warehouse worker was the role chosen as the object of this study. The RULA assessment (Rapid assessment of the upper limb) was then applied to have the warehouse worker activities measured. The final scores show a level 2 assessment where the activity measured

needs to be investigated with possible changes. Also, a level 4 assessment was found with inadequate. Changes must be performed with urgency. It was clear at the end of the study that the workstations must be adequate, therefore, suggestions for improvements such as the installation of benches, hoists and cranes are suggested.

Keywords: Case Study, Ergonomics, RULA assessment.

  1. Introdução

Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho, o Brasil tem hoje registrados 2.422 atividades de trabalho diferentes. Diariamente as pessoas saem de casa para ir até seu local de trabalho onde a maioria passa em média 8 horas do dia se dedicando a sua ocupação e à empresa. Alguns passam todo esse tempo sentados na frente de um computador, outros ficam em pé em frente de um balcão. E também há aqueles que ficam na linha de produção fazendo todos os tipos de movimentos. Independente da ocupação todas essas pessoas estão sujeitas a riscos ergonômicos.

Na atualidade, são recorrentes os estudos feitos a respeito da relação do homem com o ambiente de trabalho. Já se entendeu a importância que um ambiente de trabalho favorável e ergonomicamente correto traz quanto a produtividade e o bom desempenho do colaborador em suas atividades. A iluminação, ventilação, sinalização e ruído, podem afetar diretamente no entusiasmo e vontade durante a realização das tarefas.

O Ministério do Trabalho e Emprego, através da Norma Regulamentadora NR-17 traz parâmetros para adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. A ideia fundamental da norma é proporcionar o máximo de conforto e segurança para o colaborador, assim ela orienta que toda empresa realize uma Análise Ergonômica do Trabalho - AET, documento onde riscos ergonômicos são mapeados e anulados aplicando as melhorias feitas para atender as condições mínimas de ergonomia.

  1. Fundamentos Teóricos

  1. Ergonomia

Pode-se inferir que a Ergonomia nasceu informalmente a partir do momento em que o homem primitivo construiu seus primeiros objetos para garantir sua sobrevivência, fazendo uso apenas de sua intuição e bom senso. (GOMES, 2012, p. 17). Essa definição vem da necessidade de contornar condições adversas.

O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez pelo cientista e biólogo polonês Wojciech Jastrzebowski em 1857 e começou a ter grande impulso depois da 2° Guerra Mundial quando a industrialização trouxe uma maior integração entre homem, atividade e máquina. Porém foi só anos mais tarde, em 1949, que o engenheiro inglês Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic Research Society”.

A Ergonomia pode ser definida como a ciência da configuração de trabalho adaptada ao homem. O alvo da ergonomia era (e ainda é) o desenvolvimento de bases científicas para adequação das condições de trabalho às capacidades e realidades da pessoa que trabalha. (GRANDJEAN, 1968, p. 6). A realização de tais objetivos, ao nível industrial, propicia uma facilidade do trabalho e um rendimento do esforço humano

Segundo Gomes (2012), a Ergonomia tem um caráter multidisciplinar e faz uso de diversas áreas do conhecimento. Na indústria, hoje, ela vem não só com a necessidade de aumentar a produtividade, mas, também, de gerar mais confiança na empresa perante a sociedade. Lima (2003) corrobora Gomes afirmando que uma simples análise ergonômica traz aumento nos lucros e diminuição nas perdas.

  1. Método Rula

Em virtude do desenvolvimento da Ergonomia, diversas metodologias e ferramentas foram criadas e difundidas dentro do meio. Neste contexto, o método RULA (Rapid Upper Limb Assessment) se destaca, tendo sido desenvolvido por ergonomistas da Universidade de Nottingham, Dr. Lynn McAtamney e Professor E. Nigel Corlett. Constantemente associado como uma adaptação ao método OWAS, a ferramenta surgiu com o propósito de validar sistematicamente as condições ergonômicas de trabalho acrescentando algumas outras variáveis à análise, como: força, repetição e amplitude de movimento articular.

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