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A Determinação Do Seu Efeito Antioxidade E Antimicrobiano

Por:   •  20/6/2023  •  Dissertação  •  4.542 Palavras (19 Páginas)  •  59 Visualizações

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ

  OBTENÇÃO DO EXTRATO DE BUVA (CONYZA): DETERMINAÇÃO DO SEU EFEITO ANTIOXIDADE E ANTIMICROBIANO

ACADEMICOS: Adailson Ponciano, Andressa Lemes,

Dimy Preval, Gislaine Bomfim

PROFESSORAS: Ana Paula Capelezzo,  Josiane Kilian e Micheli Zanetti

PROJETO DE ABEX II

CURSOS: ENGENHARIA QUÍMICA/ENGENHARIA DE ALIMENTOS

CHAPECÓ, SETEMBRO DE 2022

RESUMO

A buva, nome popular da Conyza,é uma espécie daninha comum nos estados da região Sul do Brasil, fonte de alto prejuízo financeiro em diversas plantações em decorrência de sua resistência a herbicidas, alta adaptabilidade aos sistemas produtivos e elevada produção de sementes viáveis. O objetivo deste trabalho foi quantificar sua ação antioxidante e antimicrobiana através de métodos laboratoriais para futuras aplicações em diversas áreas, limitando sua expansão como erva daninha. Através das técnicas de extração soxhlet e contato obteve-se os extratos de folhas e raízes. Para alcançar os objetivos propostos, foram conduzidos experimentos em laboratórios, na Unochapecó.

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Palavras-chave: buva, antioxidante, antimicrobiana, conyza.

1.0 INTRODUÇÃO

A Conyza, espécie popularmente conhecida como buva é típica de regiões da América do Sul mais especificamente Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. Nas terras brasileiras aparece em grande quantidade na região sul e por se reproduzirem através de sementes no outono e inverno e serem consideradas de fácil dispersão, são caracterizadas como planta daninha que infestam, principalmente, lavouras de milho e soja. Na agricultura plantas daninhas causam grandes prejuízos, pois competem com as plantações por nutrientes dos solos, além de servirem como hospedeiras para fungos e abrigo para diversas pragas. O gênero Conyza possuem aproximadamente cinquenta espécies, porém Conyza bonariensis e Conyza canadensis ganham destaque por serem encontradas com maior facilidade nas plantações (BRIGHENTI et al., 2010; GIANELLI et al., 2018).

Para se controlar a infestação é feito o uso de herbicidas que são escolhidos de acordo com o tipo de lavoura. Porém, nos últimos anos observou-se que espécies diferentes de Conyza vem desenvolvendo resistência aos herbicidas utilizados, sendo o primeiro identificado em 2003, conforme Weed Science (2006).

Diversos estudos vêm se destacando no meio acadêmico sobre as propriedades da buva a fim de encontrar alternativas de aplicações dessa espécie podendo assim obter maior controle sobre a infestação. Pesquisas indicam que a espécie apresenta propriedades alimentares que beneficiam a saúde, podendo ser empregadas na formulação de risotos, saladas e outras preparações, além disso, é fonte de componentes que garante ação antioxidante no organismo, além de ter ação bactericida e anti-inflamatória.  O uso da buva na alimentação lhe confere o título de PANC (planta alimentícia não convencional) devido as propriedades nutricionais que contém. Essa denominação é dada a plantas que não são usualmente utilizadas na cozinha, não estão presentes do dia-a-dia da grande maioria da população de uma região, de um país ou mesmo do planeta, já que temos atualmente uma alimentação básica muito homogênea, monótona e globalizada (KINUPP e LORENZI et al., 2014).

Estudos indicam que os mecanismos de defesa da Conyza atuam como agente antioxidante, sendo empregados como anti-inflamatório e anticarcinogênico (SILVA et al., 2018). Também apresenta efeito bactericida contra Bacillus cereus e Staphylococcus epidermidis (SARTORI et al., 2020).

Devido à dificuldade de controlar estas espécies, especialmente através do método químico, e devido ao aparecimento de populações de biótipos resistentes aos herbicidas, as práticas de manejo de buva requerem a combinação de múltiplas ações, como: aumento da intensidade de manejo do solo, uso rotineiro da rotação de culturas e adoção de técnicas culturais apropriadas. Diante disso, esta revisão tem por objetivo quantificar a atividade antimicrobiana e antioxidante, afim de, em um contexto futuro, aplicar em contextos apropriados.

 

2.0 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Obter o extrato de raiz e folha da buva através de métodos de contato e soxhlet e quantificar sua ação antioxidante e antimicrobiana, através de métodos laboratoriais podendo assim tornarem-se recursos aplicáveis em diversas áreas limitando sua expansão como erva daninha.

2.2 Objetivo Específico

        Quantificar a atividade antioxidante e antimicrobiana dos extratos obtidos.

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Buva

Presente em larga escala nas plantações da América do Sul, a espécie Conyza, também conhecida popularmente no Brasil como buva, voadeira, margaridinha-do-campo, rabo de-foguete, arnicão, entre outros, pode ser identificada também pelos nomes Erigeron linifolium Willd., Eriger on bonariensis L.,Erigeron  crispus  Pourret e Flaxleaf fleabane fora  do  país  (Barbora  et  al.,  2005;  Mabrouk  et  al.,  2011; Schechtel et al., 2019).

Apresenta grande prejuízo financeiro a agricultores responsáveis por plantações como: soja, milho, entre outras. É considerada planta daninha devido a rápida proliferação e difícil manejo, visto que apresenta grande resistência a maioria dos herbicidas existentes no mercado. Por pertencerem a família das Asteraceae, desenvolvem-se em clima tropical, possuem a característica de se adaptarem a condições adversas como solo ácido e temperaturas elevadas (MATZRAFI et al., 2015; SILVA; HONORÉ, 2019). Tanto a C. bonariensis quanto a C. canadensis representam uma grande ameaça, também, às plantações, em cultivos como soja e algodão por se instalarem bem em locais com altas temperaturas, além de servir como abrigo.

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