A Energia Eólica no Brasil e no Mundo

Energia Eólica no Brasil e no Mundo

Diante da crescente importância das fontes renováveis de energia, os governos tem cada vez mais se aprofundado nesse assunto. Isso porque as fontes tradicionais são altamente poluidoras e têm causado sérios impactos ambientais. Essa busca por fontes alternativas de energia tem levado vários países a investirem na transformação de sua matriz energética, bem como na entrada de novas formas de geração sustentável. É a partir destes princípios que a energia eólica ganha força no cenário mundial, uma vez que o vento pode ser uma fonte limpa de transformação de energia e pode ser empregado em diversos países.

Isso acontece a partir da implementação de turbinas eólicas em locais estratégicos e nelas o vento move hélices ligadas a turbina e aciona um gerador elétrico, convertendo a energia mecânica em elétrica. Neste grande equipamento os componentes principais são: as pás, que captam o vento e converte sua potência ao centro do rotor; rotor que é elemento de fixação das pás que transmite o movimento de rotação para o eixo de movimento lento; caixa de transmissão que tem a função de transformar as rotações que as pás transmitem ao eixo de baixa velocidade, de modo que entregue ao eixo de alta velocidade as rotações que o gerador precisa para funcionar; o gerador que converte a energia mecânica em elétrica e o anemômetro que mede a intensidade, a velocidade e a direção do vento.

Em âmbitos mundiais, essa forma de energia limpa e renovável está começando a ser bastante explorada. Como exemplo podemos citar a China como o maior produtor e investidor em energias renováveis no mundo. Cerca de um terço da capacidade mundial de energia eólica está localizada no país, assim como o maior parque eólico do mundo, na província de Gansu. Já em segundo lugar encontra-se os EUA, em que seis dos 10 maiores parques eólicos terrestres estão localizados no país e somente o estado do Texas produz um quarto da energia eólica dos EUA, fornecendo mais energia eólica do que outros 25 estados dos EUA juntos.

No Brasil, em razão da qualidade dos ventos, que são estáveis e com intensidade constante, o país consegue ter a sua segunda maior matriz energética formada por usinas eólicas, liderando o crescimento da energia eólica na América do Sul nos últimos dez anos. Estima-se que, segundo estudos de 2019, a capacidade energética brasileira é de 14,5 GW e está se expandindo significativamente ano a ano. O Nordeste é a região que se destaca no país, devido aos ventos fortes chamados de "safra dos ventos" que acontecem geralmente no segundo semestre de cada ano, entre agosto e setembro. Logo atrás aparece o Rio Grande do Sul com o maior campo eólico do país. Ceará e Bahia também possuem condições naturais mais favoráveis e ficam em evidência na produção de energia.

Uma questão que tende a se desenvolver a partir de 2021 é o aumento dos investimentos em geração eólica offshore que foi paralisada em 2020 decorrente da pandemia do Covid-19. Esta nova modalidade consiste na implantação de turbinas eólicas no alto mar ou outras áreas costeiras, pois o vento alcança uma velocidade maior e mais constante, devido à inexistência de barreiras. Os Estados Unidos vêm progredindo nessa nova modalidade, seguido dos países europeus. O Brasil também busca explorar este mercado, porém com investimentos direcionados a projetos específicos.