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A HISTÓRIA DA COMPUTAÇÃO

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Por:   •  7/10/2013  •  Tese  •  1.847 Palavras (8 Páginas)  •  316 Visualizações

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A HISTÓRIA DA COMPUTAÇÃO

INTRODUÇÃO

A ciência normalmente é cumulativa, isto é, constroem-se instrumentos mais poderosos, efetuam-se medidas mais exatas, precisam-se melhor e ampliam-se os conceitos das teorias, e assim por diante. Embora os paradigmas possam mudar, as pesquisas normalmente evoluem com base em resultados do passado, que se constituem em fundamentos de um desenvolvimento posterior. O cientista estará mais seguro em suas pesquisas e mais preparado para novos desafios se souber como seu assunto específico evoluiu historicamente, quais as dificuldades maiores, as soluções encontradas e os problemas pendentes.

A História da Computação está marcada por interrupções repentinas, por mudanças inesperadas e imprevistas, tornando-se difícil a visão da evolução dos computadores mediante uma mera enumeração linear de invenções-nomes-datas. O desejo de conhecer as vinculações que o trabalho de determinados homens estabeleceram no tempo vem acompanhado do impulso de compreender o peso desses atos no conjunto da História da Computação. Buscar uma compreensão dos fatos através dos acontecimentos que o precederam é um dos principais objetivos que estará presente neste estudo da História da Computação.

Em Evolução dos conceitos será mostrado o desenvolvimento dos conceitos teóricos que formaram a base para o surgimento da Computação. O caminho a ser usado será o da História da Matemática, desde os seus primórdios por volta do ano 4.200 a.C. – época provável de um calendário solar egípcio [Boy74] –, passando pelas contribuições das culturas babilônica, hindu, chinesa, árabe e grega, pelo ábaco, pela primeira máquina de calcular, até Boole, Hilbert, Turing e von Neumann, entre outros, nos anos 30, 40 e 50 do século XX. A partir daí, a Computação constrói a sua própria história, embora os laços com a matemática continuem sempre muito estreitos.

A HISTÓRIA E SUAS INTERPRETAÇÕES

Desde o seu nascimento nas civilizações ocidentais, tradicionalmente situado na antigüidade grega (Heródoto, século V a.C. é considerado por alguns como o “pai da história”), a ciência histórica se define em relação a uma realidade que não é construída nem observada, como na matemática ou nas ciências da natureza, mas sobre a qual se “indaga”, se “testemunha”. Este aspecto da história-relato, da história-testemunho, jamais deixou de estar presente no desenvolvimento da ciência histórica.

A HISTÓRIA DA CIÊNCIA

O nascimento e o desenvolvimento da ciência experimental, a partir do século XVII, estiveram freqüentemente acompanhados de polêmicas filosóficas: sobre o alcance do raciocínio científico, seus limites, o que é a verdade na ciência, etc. Diferentes posturas filosóficas da época moderna tentaram solucionar tais polêmicas, mas foi no século XX que realmente se chegou a constituir uma filosofia da ciência como disciplina autônoma. Do Círculo de Viena em 1929, passando por Karl Popper, Thomas Khun, Imre Lakatos, Paul Feyerabend, Wolfang Stegmüller, entre outros, protagonizou-se um intenso debate em torno

do valor do conhecimento*.

Uma das intenções do presente estudo é procurar compreender e estabelecer as diretrizes para uma disciplina da História da Ciência, a História da Computação, através da seleção das idéias, teorias e paradigmas que ajudaram os homens em sua busca da automatização dos processos aritméticos e que conduziram à tecnologia dos computadores.Interessa portanto o enfoque teleológico, citado anteriormente (A história e suas interpretações). É uma história que se vai tornando incrivelmente complexa, conforme vai avançando no tempo.

Os trabalhos isolados dos precursores da Física e da Matemática, e mais recentemente da própria Ciência da Computação, justamente por causa de seu isolamento, são relativamente fáceis de discernir. Mas a partir de 1950, com a proliferação das pesquisas nas universidades, nos grandes laboratórios, nas indústrias − privadas ou estatais −, observou-se um desenvolvimento acelerado da informática.

A Ciência da Computação avançou em extensão e profundidade, tornando-se difícil até a tarefa de enumeração dos fatos. Surge a tentação de particularizar mais ainda. Pode-se falar por exemplo de uma história dos microcomputadores, tomando o ano de 1947 quando três cientistas do Laboratório da Bell Telefonia, W. Shockley, W. Brattain e J. Bardeen, desenvolveram sua nova invenção sobre o que seria um protótipo do transistor e de como, a partir daí, ano após ano, hardware e software progrediram e criaram novos conceitos, estruturas, em ritmo vertiginoso.

E assim também no desenvolvimento das Linguagens de Programação, dos Compiladores, da Teoria da Computação, da Computação Gráfica, da Inteligência Artificial, da Robótica, e outras áreas. Começa a tornar-se difícil separar o que é significativo dentro do enfoque crítico adotado.

ENFOQUE HISTÓRICO ADOTADO

Uma das intenções do presente estudo é procurar compreender e estabelecer as diretrizes para uma disciplina da História da Ciência, a História da Computação, através da seleção das idéias, teorias e paradigmas que ajudaram os homens em sua busca da automatização dos processos aritméticos e que conduziram à tecnologia dos computadores.

Interessa portanto o enfoque teleológico, citado anteriormente (A história e suas interpretações). Na abordagem teleológica, a história não é o fato meramente enumerado, mas organizado, selecionado, relacionado. Como diz Kenneth O. May, “de modo semelhante à física, nós não pensamos que o mero registro de uma observação por um físico é Física.

O conhecimento histórico, por sua própria natureza, é inseparável do historiador, pois é este que, da documentação coletada, destaca o singular, elevando o fato à condição de histórico. Procurou-se, então, registrar neste livro, tecendo um fio de história, os fatos conceituais, com a mínima periodização e datações possíveis. Por fatos conceituais entendam-se aqui as idéias e conceitos relevantes que fundamentaram a incansável busca pela mecanização do raciocínio.

É uma história que se vai tornando incrivelmente complexa, conforme vai avançando no tempo. Os trabalhos isolados dos precursores da Física e da Matemática, e mais recentemente da própria Ciência da Computação, justamente por causa de seu isolamento, são relativamente fáceis de discernir. Mas a partir de 1950, com a proliferação das pesquisas

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