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A Inovação Tecnológica

Por:   •  25/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.867 Palavras (8 Páginas)  •  118 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

 

 

 

 

Atividade 1

Fármacos no meio ambiente

 

 

Inovação Tecnológica

 

Alunos:

 

Amanda Comar Modenese                          21016113

                                          Olívia Pedra Mischtschenko Tecco           11127411

 

 

Prof. Dr. Jorge Tomioka

 

 

São Bernardo – SP

2017

FÁRMACOS NO MEIO AMBIENTE

Resumo

O Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking mundial do mercado de medicamentos e é esperado que ocupe a quarta posição nos próximos três anos (RG Farma, 2015) e estima- se que a população brasileira gere cerca de 10 mil toneladas de resíduos de medicamentos, sejam vencidos ou que sobram de tratamentos (180graus, 2015). Outro apontamento de extrema importância é que são encontrados fármacos, como hormônios, antibióticos, anestésicos, anti inflamatórios, antidepressivos, entre outros, nas Estações de Esgoto, rios e águas subterrâneas em diversos países, isso porque grande parte dos remédios consumidos são eliminados pelo  corpo sem grandes alterações.

Desta forma, é preciso que a relação medicamentos e meio ambiente ganhe uma significativa proporção de relevância para a sociedade, para as empresas de fármacos, bem como os consumidores e as instituições governamentais.

A conscientização de que o uso e o descarte incorreto implicam em consequências graves ao meio ambiente necessitam ser de conhecimento, preocupação e responsabilidade de todos e de maneira global. Assim, o trabalho visa apontar as implicações ambientais sobre o uso e descarte de medicamentos.

Palavras chaves: medicamentos - meio ambiente - descarte - uso

 

Desenvolvimento

A pesquisa pode ser classificada como bibliográfica, ela parte de referências teóricas como artigos, livros, dissertações e teses para explicar um problema (CERVO et al, 2007).

Introdução

Graças à inovação tecnológica é possível encontrar medicamentos para as mais diversas doenças existentes no mundo, contribuindo, consequentemente, para o aumento da expectativa e qualidade de vida dos seres humanos. Contudo, estudos recentes mostram que os medicamentos não trazem apenas benefícios para a sociedade, estes, por sua vez, contaminam o meio ambiente de variadas formas.

Quando um medicamento é administrado, grande parte de seu conteúdo é eliminado pelo corpo, sem sofrer significativas alterações. Fármacos como hormônios, anestésicos, antiinflamatórios, antibióticos, entre outros, são frequentemente encontrados nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), rios e águas subterrâneas em diversos países. Segundo Eickhoff, Heineck e Seixas, (2009):

Alguns grupos de fármacos merecem uma atenção especial, dentre eles estão os antibióticos e os estrogênios. Os primeiros, devido ao desenvolvimento de bactérias resistentes e, os estrogênios, pelo seu potencial de afetar adversamente o sistema reprodutivo de organismos aquáticos como, por exemplo, a feminização de peixes machos (EICKHOFF; HEINECK; SEIXAS, 2009, p 64).

 A contaminação das águas por essas substâncias se deve ao fato de que as ETEs não estão preparadas para lidar com esse tipo de material químico e, além disso, correntemente o esgoto é depositado diretamente em águas naturais sem tratamento algum. Consequentemente, a existências desse tipo de substância nas águas pode prejudicar a saúde tanto de seres humanos quanto de animais.

Contaminação por anticoncepcionais

A presença de hormônios sintéticos nas águas podem provocar problemas graves de saúde em animais e até mesmo em seres humanos:

Em uma pesquisa realizada  por cientistas do Geological Survey dos Estados Unidos (USGS), foi possível observar que quando peixes são expostos hormônios sintéticos (substâncias amplamente utilizadas em pílulas anticoncepcionais) tem seu sistema endócrino afetado, causando a redução da fertilidade dos mesmos.

Segundo Bila e Dezzoti (2003) a contaminação dos peixes  por este material pode, inclusive, promover a feminização destes seres aquáticos:

As conseqüências da presença de estrogênios em organismos aquáticos, em concentrações ambientalmente relevantes, não são completamente conhecidas. Entretanto, tem sido observado que alguns organismos aquáticos respondem com um aumento na síntese de VTG como resposta à exposição a determinadas concentrações de estrogênio. Além disso, essa exposição a estrogênios pode causar a feminização de peixes se a exposição ocorrer durante o período crítico da diferenciação sexual. Isso foi observado em espécies de peixes, como Cyprinus carpio e Rutilus rutilus. (BILA; DEZZOTI, 2003, p 527).

Conforme exposto por Aquino, Brandt e Chernicharo ( 2013), devido a contaminação por hormônios sintéticos, diversas anomalias foram observadas no sistema reprodutivo de pássaros, répteis e inclusive mamíferos.

As consequências da contaminação por estrogênios naturais e contraceptivos afetam também os seres humanos. “Dependendo da dose e do tempo de exposição, é possível que essas substâncias estejam relacionadas com doenças como câncer de mama, testicular e de próstata, ovários policísticos e redução da fertilidade masculina” (BILA; DEZZOTI, 2003, p 527).

Contaminação por antibióticos

A utilização de antibióticos seja para administração humana, quanto para a produção de animais, sem moderação, propicia graves problemas ambientais. Pode-se citar a contaminação do meio ambiente, além da geração de super bactérias, uma vez que este medicamento elimina microorganismos menos resistentes, e muitas vezes permite que os mais resistentes permaneçam vivos.

Deste modo, o material genético das bactérias sofre mutações, alcançando resistência aos produtos fármacos. Consequentemente, se um rio apresenta as substâncias dos antibióticos estará contribuindo para o desenvolvimento de bactérias resistentes aos mais diversos medicamentos, além de promover problemas toxicológicos a inúmeros organismos vivos.

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