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A Inspeção Visual de Pontes e Viadutos de Concreto Armado

Por:   •  28/10/2019  •  Artigo  •  4.343 Palavras (18 Páginas)  •  224 Visualizações

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Inspeção Visual de Pontes e Viadutos de Concreto Armado

Visual Inspection of Bridges and Reinforced Concrete Viaducts

Laissa Batista Silva (1); Rogério Silva Braga (2); Izelman Oliveira (3); Alessandra Luciano Carvalho (4)

  1. Engenheira Civil, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  2. Engenheiro Civil, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  3. Professor Doutor, Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  4. Professora Doutora, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Travessa Major João Pinto n.116 Centro, Bela Vista de Goiás- GO; CEP 75240-000

                                 

Resumo

No Brasil não existe uma metodologia unificada para que os órgãos públicos fiscalizadores e vistoriadores tomem decisões quanto à gestão da manutenção de obras de arte especiais, baseadas em seu estado de conservação. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar e propor melhorias para a metodologia de inspeção visual de pontes desenvolvida por Euqueres (2011), de forma que a mesma possa ser uma proposta a ser oferecida aos órgãos competentes, no sentido de estabelecer um plano de manutenção das obras de arte especiais do Estado de Goiás. A validação da metodologia foi feita através de estudo de campo e, como resultado, apresenta-se uma metodologia de inspeção visual objetiva e de fácil aplicação, atendendo às necessidades técnicas das normas.

Palavra-Chave: Pontes, Concreto Armado, Manutenção, Fiscalização, Inspeção Visual.

Abstract

In Brazil there is no unified methodology for the inspection and surveyors public bodies make decisions regarding the management of the maintenance of special works of art based on their conservation status. Thus, the aim of this study is to analyze and propose improvements for visual inspection methodology bridges developed by Euqueres (2011), so that it can be a proposal to be offered, to establish a plan of maintenance of special works of art in the state of Goiás .The validation of the methodology was done through field study and, as a result , is provided a methodology of objective visual inspection and easy to use, according to the technical requirements of the codes.

Keywords: Bridges , Reinforced Concrete , Maintenance , Inspection, Visual Inspection .


1       Introdução

As estruturas de concreto armado estão presentes praticamente em todas as construções, sendo muito utilizadas também nas construções de viadutos, pontes e bueiros. Esse tipo de estrutura, quando projetada, executada e utilizada com excelência, deve suportar as ações mecânicas ao longo de sua vida útil de projeto, além de suportar a agressividade ambiental. Entretanto, tais estruturas demandam procedimentos de manutenção, preventiva ou corretiva, de forma a garantir seu pleno funcionamento ao longo de sua vida útil. Para o caso de pontes, através de formulações como a adotada por Euqueres (2011), que se baseou na metodologia de Fonseca (2007) e do DNIT 010- PRO (2004), é possível propor metodologias de inspeção visual para que os órgãos vistoriadores e fiscalizadores tenham um plano de manutenção dessas estruturas.

2        Fundamentação Teórica

No Brasil não existe uma metodologia única para que os órgãos públicos, fiscalizadores e vistoriadores tomem decisões em relação à reparação das pontes de estrutura de concreto armado, com base no seu estado de conservação. Há uma preocupação do meio técnico e acadêmico em estudar as manifestações patológicas de estruturas de concreto armado, com o objetivo de promover a manutenção nessas estruturas, para que se possa evitar a sua deterioração. A metodologia desenvolvida por Euqueres (2011), que teve como base a metodologia do DNIT 010- PRO (2004) e modelo da GDE/UnB com a sua última formulação desenvolvida por Fonseca (2007), abrange as manifestações patológicas que podem ocorrer em cada elemento, prazos e intervalos para intervenções, classificação do nível de deterioração e fatores de relevância de cada elemento que compõe a estrutura e faz uma análise da estrutura como um todo. Ter um plano de manutenção para as pontes de concreto armado no Estado de Goiás é muito importante, pois muitas dessas pontes foram planejadas e dimensionadas em épocas bem diferentes e essas obras devem ser inspecionadas minuciosamente para que se tenha um plano de manutenção simples e eficaz que garanta os requisitos mínimos de utilização, como segurança, conforto e capacidade de carga dessas estruturas.

3        Revisão Bibliográfica

Antes de Euqueres (2011) propor sua formulação para inspeção visual de pontes em concreto armado, já havia estudos na área de inspeção e/ou avaliação das estruturas em concreto armado, sendo elas de arte ou convencionais. A metodologia desenvolvida por Klein et al (1991) teve como objetivo avaliar as condições de conservação e verificar as lesões existentes em túneis, viadutos e pontes, para implantar um processo de vistoria sistematizada em Porto Alegre - Rio Grande do Sul. Nessa metodologia, os engenheiros civis vistoriadores e fiscalizadores devem preencher formulários, atribuindo notas para cada manifestação patológica observada e, em função dessa nota, determina-se o grau de deterioração. Para isso, é necessária uma análise de parâmetros que vão ser apresentados a seguir. Primeiramente tem-se o Fator de Dano (FI) que é atribuído pelos vistoriadores das obras de acordo com a manifestação patológica apresentada na estrutura analisada. Esse fator varia de 0 a 4, sendo que 4 se atribui a um elemento em estado crítico com muitas lesões.

[pic 2]

Figura 1- Exemplo de lesão a ser avaliada pelo Fator de Dano (FI), Rodovia GO 320 – km 27,5 Ponte do Rio Meia Ponte. Armadura exposta, sinais de esmagamento e corrosão na armadura da viga FI=3. (Fonte: Foto tirada pelos autores).

O Fator de Gravidade (FG) tem nota variando de 0 a 10. Para a sua definição, foi levado em consideração quais os problemas mais relevantes quanto aos aspectos de segurança, estabilidade e durabilidade da estrutura. A nota é atribuída para cada problema específico em função do elemento que apresenta a não conformidade. O Grau de Risco do Elemento (GRE) é o grau de risco de um elemento isolado da estrutura e é definido pela equação 1:

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