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A Manutenção Corretiva E Preventiva Nas Escolas Públicas De Jardinópolis-Sp

Por:   •  16/5/2023  •  Monografia  •  2.999 Palavras (12 Páginas)  •  59 Visualizações

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MANUTENÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE JARDINÓPOLIS-SP

Ícaro Henrique Gomes de Azevedo1

Weber Rodrigo de Oliveira2

Gustavo Henrique Vital Gonçalves3

1 INTRODUÇÃO

A vida útil das construções é a duração de uma estrutura ou seus componentes pertencentes, dentro dos limites projetados admissíveis de funcionalidade e de atividades, ao longo do seu ciclo de vida.  De acordo com a ABNT NBR 15.575 o conceito de durabilidade é definido como a capacidade de uma edificação ou seus componentes de manter-se funcional ao longo do tempo, em posição de uso e de manutenção especificadas (ABNT, 2013).

Durante seu ciclo de vida, as edificações podem sofrer problemas provenientes do próprio edifício causados por erros de projetos ou de execução e que são evidenciados com a ação do tempo ou que podem ser originados ao entrar em contato com agentes externos de deterioração e favoráveis as manifestações patológicas, contribuindo para uma menor vida útil (BENTO et al, 2016; MARQUES, 2021).

A manutenção nas edificações deve ocorrer de maneira adequada e periódica, sendo um elemento fundamental para prolongar a vida útil das construções. Sua ausência pode significar transformar problemáticas simples e de fácil resolução em situações complexas que podem evoluir para situações patológicas, produzindo ambientes insalubres, de má estética e segurança estrutural, baixa funcionalidade e desempenho, com alto custo de reparo (HADDAD et al, 2020). Contribui também para uma degradação precoce das construções e suas estruturas (SILVA et al, 2022).

Prédios públicos, sobretudo os escolares, principalmente devido a movimentação de dinheiro e de gastos públicos sofrem de: projetos mal elaborados, baixa disponibilização de recursos em suas obras, uso de materiais de baixo custo e/ou baixa qualidade, controle inapropriado ou ausente na fase de execução das obras e falhas na fase de operação dos sistemas prediais e de manutenção, além de baixa sensibilização das pessoas quanto a conservação predial (SANTOS et al, 2018). Como consequência, muitas vezes, apresentam problemas estruturais persistentes e que interferem em sua estrutura, funcionalidade e utilização, necessitando precocemente de manutenções corretivas, custosas e evitáveis consumindo recursos da obra que poderiam ser investidos em locais mais produtivos. Portanto, essas construções possuem de diversos pontos a serem discutidos e analisados, necessitando de acompanhamento rigoroso (LIMA, 2017).

As edificações escolares devem possuir estruturas e elementos com condições adequadas e habitáveis a fim de proporcionar um ambiente seguro, sociável, boas experiências e atender a demanda de seus usuários, de maneira a contribuir com seu importante processo de educação que abrange professores e alunos. Devem estar construídas de maneira que possam: executar suas funcionalidades e demandas projetadas com qualidade e sucesso e apresentar soluções construtivas eficientes diante de problemas que irão facilitar seu funcionamento e manutenção, reduzindo possíveis gastos futuros e mantendo uma vida útil prolongada (PAZ, 2022).

No que diz as manifestações patológicas é frequente observar nas construções escolares, que já atingiram seu tempo de vida útil e devido à manutenção ausente, problemas estruturais recorrentes como fissuras, corrosão e falta de cobrimento adequado de armaduras, fiação exposta, infiltração, umidade, bolor, eflorescência, ninho de concretagem, entre outros (TAVARES et al, 2018). Dessa forma, a falta de manutenção dessas estruturas representa um problema não só estrutural, mas social para seus usuários.

Diante da problemática abordada, este trabalho tem como objetivo avaliar as manifestações patológicas presentes nas escolas públicos no Município de Jardinópolis/SP, com o intuito de analisar as manifestações patológicas, identificar as causas e propor possíveis intervenções de reparo nessa edificação.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

        

        2.1 DURABILIDADE E VIDA ÚTIL DAS EDIFICAÇÕES

        

Atualmente, a durabilidade é um dos tópicos presentes obrigatórios ao planejar a construção de uma edificação, e a modificação dessa exigência dos usuários ou do uso dos sistemas pode interferir na vida útil desejada, e, assim da durabilidade (SOUZA, 2019).

Segundo a ISO 15686-2, a durabilidade de uma edificação representa a capacidade da estrutura geral e/ou seus componentes cumprirem seu papel planejado e designado mesmo quando submetido a agentes degradantes e à exposição ambiental, sem necessitar de manutenção, reparos ou substituição dos elementos que o compõe. Porém, é natural que os edifícios apresentem degradação em vista de seu uso e das adversidades ambientais (ISO 15686-2, 2012; MADUREIRA et al, 2017).

        O Guide for Service Life Planning of Buildings, do ano de 1989, proposto pelo Architectural Institute of Japan, foi uma das primeiras publicações a citarem os conceitos de durabilidade e vida útil. Sua metodologia chamada de Factor Method prevê a vida útil do edifício ou de seus componentes baseando-se na deterioração física ou no envelhecimento da estrutura em geral ou do componente avaliado (RUDBECK, 2002; JERNBERG et al, 2004).

        Na atualidade, é impossível discutir durabilidade sem citar o conjunto de normas ISO 15686-1 - International Standards Organization. Essa documentação é uma das mais relevantes sobre a temática, onde reúne um compilado de informações de várias organizações internacionais (CIB - Conseil International du Bâtiment, RILEM - Réunion Internationale des Laboratoires et Experts des Matériaux, EOTA - European Organisation for Technical Assessment e ASTM - American Society for Testing and Materials), e, é composta por 11 partes que demonstram os princípios gerais, enquadramento e o processo da metodologia para prever a vida útil (ISO 15686-1, 2011). Entretanto, apesar de sua relevância, a metodologia usada por ela possui limitações, pois não considera, por exemplo, que o processo de degradação não é linear, sendo suscetível à inúmeras variáveis que incidem diretamente sobre a vida útil, variando sua estimativa (SOUZA, 2019).

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