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A Necessidade de refeições cada vez mais rápidas e práticas aliadas ao sedentarismo

Por:   •  12/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.182 Palavras (5 Páginas)  •  216 Visualizações

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UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco[pic 1]

UAG - Unidade Acadêmica de Garanhuns

Avaliação do entendimento dos consumidores perante os rótulos nutricionais dos produtos alimentícios no município de Garanhuns.

Marcos André Ferreira Gueiros

Rafael Homci Serapião

Maria do Carmo de Albuquerque Braga

Garanhuns, 2017

INTRODUÇÃO

A intensa rotina de trabalho e a necessidade de refeições cada vez mais rápidas e práticas aliadas ao sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas, entre outros fatores, estão levando a sociedade a um visível aumento das doenças relacionadas aos excessos alimentares, como obesidade e hipertensão. Sabendo disso, é indispensável a busca por hábitos alimentares mais saudáveis, para a reversão desse quadro.

Os rótulos nutricionais podem ser grandes aliados dos consumidores no que se refere a escolha de alimentos que se adequem às necessidades e desejos de cada indivíduo, propiciando um maior bem-estar e ainda podendo beneficiar os produtores, pois ajudam a aumentar a eficiência do mercado. Segundo Souza et al. (2011, p. 337-343) “o consumo alimentar é um determinante da saúde, cujo caráter positivo ou negativo depende de informações adequadas...”.

A rotulagem nutricional é promovida pela OMS – Organização Mundial da Saúde – que enfatiza a importância da precisão, padronização e compreensibilidade das informações apresentadas, facilitando as escolhas alimentares dos consumidores.

No Brasil, os rótulos são regulamentados pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – que os define como toda a descrição destinada a informar o consumidor sobre as propriedades nutricionais de um alimento, compreendendo a declaração de valor energético e os principais nutrientes (ANVISA e UnB, 2005, p. 44; CÂMARA et al, 2008, p.52-58; SOUZA et al, 2011, p.337-343). Para adequar-se aos padrões impostos é necessário que sejam apresentadas nos rótulos informações como valor energético, teor de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras trans, gorduras saturadas, fibras alimentares e sódio, além das medidas caseiras e sua relação correspondente em gramas ou mililitros.

Porém, apenas a existência e regulamentação desses elementos não garantem o seu uso de maneira eficaz na vida das pessoas. Segundo dados do Ministério da Saúde (ANVISA e UnB, 2005, p.44), metade das pessoas que leem os rótulos dos alimentos consumidos afirma não compreender claramente o significado das informações apresentadas. Além disso, existem alimentos que apresentam informações incompletas ou muito subjetivas, podendo agravar a falta de compreensão por parte dos consumidores. Nas palavras de Walker, K.Z. et al (2007, in Kliemann et al, 2014, p.73) “a falta de padronização das medidas entre os alimentos pode complicar as escolhas alimentares”.

Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar o entendimento dos consumidores perante os rótulos nutricionais dos produtos alimentícios, especificamente no município de Garanhuns-PE.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo consiste em uma pesquisa realizada no município de Garanhuns-PE, no mês de julho de 2017, em um supermercado localizado em uma região central do mesmo. Foi aplicado um questionário adaptado ao utilizado por Cassemiro, Colauto e Linde (Rotulagem Nutricional: Quem lê e por´quê?; 2006) .

Foram abordados e entrevistados consumidores, enquanto aguardavam na fila do caixa, similarmente à metodologia descrita por Silva (Influencia da Rotulagem na Rotulagem Nutricional sobre o Consumidor, 2003). Os dados foram tabulados usando o programa Microsoft Excel e posteriormente analisados.

As perguntas aplicadas tiveram o objetivo de avaliar se os aspectos socioeconômicos de cada indivíduo entrevistado interferem positivamente, ou não, no conhecimento e interesse sobre os produtos destacados nesta pesquisa. Se o fato do município de Garanhuns encontrar-se em uma bacia leiteira influencia os consumidores a terem um melhor entendimento sobre os produtos lácteos e se o conhecimento das informações relacionadas a esses produtos tem importância no processo de escolha de alimentos. O questionário aplicado segue anexado:[pic 2]

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O questionário foi respondido por 32 consumidores, com idade mínima de 16 anos. Sendo 59,3% (n=19) do sexo feminino e 40,7% (n=13) do sexo masculino. Apenas 21,8% (n=7) possuíam Ensino Superior Completo, 46,9 (n=15) Ensino Médio Completo e 31,25 (n=10) Ensino Fundamental Completo.

Entre o total de entrevistados, 25% (n=8) apontaram a marca dos produtos, 9,4% (n=3) apontaram sabor dos produtos, 31,25% (n=10) apontaram valor nutricional dos alimentos, 31,25% (n=10) apontaram preço dos produtos e 3,1% (n=1) apontou embalagem como principal aspecto observado para a escolha dos alimentos consumidos,.

Quanto ao hábito de leitura dos rótulos, 37,5% (n=12) dos entrevistados afirmou ler frequentemente os rótulos dos produtos consumidos, 37,5% (n=12) lê ocasionalmente os rótulos e 25% (n=8) afirmou não ler os rótulos dos produtos. Contrapondo os achados de Cavada et al (2012) que apontou que 48,13% dos seus entrevistados eram leitores frequentes, 24,07% leitores ocasionais e 27,80% não costumavam ler os rótulos.

Quando comparado o hábito de leitura ao aspecto escolaridade, observou se que 71,5% (n=5) dos entrevistados com Ensino Superior Completo lê os rótulos e  28,5% (n=2) lê apenas ocasionalmente. 46,6% (n=7) dos entrevistados com Ensino Médio Completo lê os rótulos, 33,3% (n=5) lê ocasionalmente e 20% (n=3) não lê os rótulos. Enquanto 50% (n=5) dos entrevistados com Ensino Fundamental Completo lê os rótulos ocasionalmente e 50% (n=5) não os lê.

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