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A Sociologia e Relações Étnicas

Por:   •  8/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.931 Palavras (12 Páginas)  •  223 Visualizações

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FACULDADE BRASILEIRA MULTIVIX

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

BRUNA BITTLER JEVEAUX

FABIANE GABRIEL AVANCI

FABIO GOMES LOPES

GISELLE LOUZADA CURCIO

BIOGRAFIA E PRINCIPAIS OBRAS DE:

AUGUSTE COMTE E KARL MARX

Cachoeiro de Itapemirim

2016


  1. INTRODUÇÃO

Auguste Comte foi um filósofo francês e ficou conhecido por fundar a corrente filosófica “positivismo” e a sociologia. Para Comte, havia a necessidade de reorganizar a sociedade, tanto nas ideias quanto nos costumes humanos, com o objetivo de restabelecer a ordem na sociedade capitalista industrial. Sua filosofia era baseada na observação e na ciência. Sua influência positivista está presente na atual bandeira do Brasil com o lema “Ordem e progresso”.   

Karl Marx desenvolveu uma extensa teoria social com o objetivo principal de entender a modernidade em sua dimensão econômica. Em seus estudos visava criticar o sistema econômico, que pelo seu ponto de vista, era marcado pela exploração e alienação. Com isso exerceu uma importante ajuda para o desenvolvimento da sociologia, pois sempre debateu e incorporou seus estudos para o entendimento da sociedade moderna. Por essa razão que Karl Marx é incluído entre os clássicos da sociologia e considerado um dos grandes precursores do pensamento sociológico.


  1. VIDA E OBRAS DE AUGUSTE COMTE
  1. BIOGRAFIA

Auguste Comte nasceu no ano de 1798 na cidade de Montpellier, na França, país que ainda passava pelo processo de Revolução Francesa. De família monarquista e católica, desde novo revelava uma grande capacidade intelectual. Em 1814 com 16 anos de idade, Auguste entrou na Escola Politécnica de Paris, porém em 1816  teve que voltar para sua cidade natal, pois a Escola Politécnica havia sido fechada temporariamente. Um ano depois, ele voltou para Paris para retomar os estudos, mas acabou sendo expulso.

Conheceu a intelectualidade francesa ao se tornar secretário de Saint-Simon, quem o mais influenciou. Após um tempo trabalhando com ele, Comte já estava se tornando independente de Saint-Simon e ambos começaram a se desentender devido a divergência de doutrinas, ele discordava das idéias de Saint-Simon sobre a relação entre a ciência e a reorganização da sociedade. O rompimento entre os dois se deu após a publicação do livro, "Plano de trabalhos científicos necessários para reorganizar a sociedade". No ano de 1824, após a publicação do livro, ele se casou com Caroline Massin mas por problemas na relação entre os dois eles se separaram, em 1842, após 18 anos de casamento.

Comte decidiu se dedicar a sua filosofia positiva,  e chegou a dar aulas particulares onde iria expor algumas de suas idéis positivistas, porém devido a problemas mentais ele teve que ser internado em um hospital psiquiátrico. Em 1830 deu início à publicação do livro "Curso de Filosofia Positiva", finalizado em 1842, enfrentando diversas críticas de pessoas importantes que zombavam de seu sistema. Tentou diversas vezes conseguir um emprego na área acadêmica, mas não conseguiu e isso juntamente com as críticas agravaram o psicológico de Comte. Sozinho e com o psicológico abalado ele atacou os especialistas e acabou criando inimigos no meio acadêmico.

Apesar disso, Comte aos poucos ganhava alguns seguidores franceses e ingleses que acreditavam no seu sistema positivista e servia de inspiração. Em 1844, ele conheceu Clotilde de Vaux, e graças a sua paixão ela serviu de inspiração para a criação de uma das suas principais obras:  "Sistema de Política Positiva". Após a morte de sua amada ele dedicou o livro para ela, onde defendia a importância da emoção sobre a inteligência e declarou como o calor feminino é curativo numa sociedade dominada pela inteligência masculina e além disso ele criou a religião da humanidade. Após a publicação de seu livro, Comte perdeu muitos de seus seguidores porque não acreditavam que o amor iria solucionar os problemas e também não aceitaram a religião criada por ele e que o próprio se declarou sarcedote. Abandonado por seus seguidores Comte viveu seus últimos anos só e acabou falecendo no ano de 1857, em Paris.

  1. PENSAMENTOS E IDÉIAS

2.2.1. Positivismo

Considerado pai do positivismo, Comte acreditava que os ensinos teológicos e as religiões não contribuiam para o desenvolvimento da sociedade. O positivismo defendia que as teorias tinham que ser comprovadas com métodos científicos para serem aceitas como verdadeiras, ou seja, se baseava no conhecimento científico. Para ele o amor era o ínicio, a ordem era a base e o progresso como objetivo.

2.2.2. Lei dos Três Estados

Seus estudos sobre o positivismo o levaram a definir a lei dos três estados ou estágios que determinam as estapas da história humana. Segundo ele, essa lei equivale cada uma de nossas principais concepções, conhecimentos, e passa de modo contínuo por três estados históricos diferentes: teológico, metafísico e positivo (COMTE, 1978).

2.2.2.1. Estado Teológico: É definido que o homem busca explicar que os fenômenos ocorrem por causa do sobenatural, da divindade.

No estado teológico, o espírito humano, dirigindo essencialmente suas investigações para a natureza íntima dos seres, as causas primeiras e finais de todos os efeitos que o tocam, numa palavra, para os conhecimentos absolutos, apresenta os fenômenos como produzidos pela ação direta e continua de agentes sobrenaturais mais ou menos numerosos, cuja intervenção arbitrária explica todas as anomalias aparentes do universo. (COMTE, 1978, p.4)

Esse estado é possui três subdivisões:

  • Fetichismo: Também chamado de animismo, a qual confere vida aos corpos exteriores simliar ao nosso. Segundo Comte (1978, p.44) “A adoração dos astros caracteriza o grau mais elevado dessa primeira fase teológica [...]”.
  • Politeísmo: É atribuido a várias entidades sobrenaturais, ou deuses, algumas caracteristicas da natureza humana. Representa a influência argumentativa da imaginação, sendo que até então o sentimento e o instinto tinham, acima de tudo, predominado nas teorias humanas (COMTE, 1978).
  • Monoteísmo: Consiste na crença em um único Deus. Nesta fase começa a queda da filosofia, e como conseqüência da simplificação na qual a razão unifica os deuses, o domínio que antes era da imaginação é reduzido e o desenvolvimento do sentimento universal permite que todos os fenômenos naturais sejam sujeitos a leis constantes (COMTE, 1978).

2.2.2.2. Estado Metafísico: É a transição entre o estado teólogico e o estado positivo. Os deuses agora são substituídos por entidades abstratas.

                                         No estado metafísico, que no fundo nada mais é do que simples modificação geral do primeiro, os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas, verdadeiras entidades (abstrações personificadas) inerentes aos diversos seres do mundo, e concebidas como capazes de engendrar por elas próprias todos os fenômenos observados, cuja explicação consiste, então, em determinar para cada um uma entidade correspondente. (COMTE, 1978, p.4)

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