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A Sondagem a Trado

Por:   •  19/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.298 Palavras (6 Páginas)  •  176 Visualizações

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS - CCET

CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ANDREY BARBOSA DA CUNHA

KAMILA KELLEM CONCEIÇÃO PANTOJA

        

TÉCNICA DE SONDAGEM A TRADO

BELÉM-PA

2018

ANDREY BARBOSA DA CUNHA

KAMILA KELLEM CONCEIÇÃO PANTOJA

TÉCNICA DE SONDAGEM A TRADO

Trabalho apresentado ao requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Fundações no Curso de Engenharia Civil, turma 9NTA, na Universidade da Amazônia (UNAMA).

Orientador (a): Prof. Stoessel Sadalla

BELÉM-PA

2018

  1. HISTÓRICO

A sondagem a trado é um método de investigação geológico-geotécnica de solos que utiliza como instrumento o trado, que é um tipo de amostrador de solo constituído por lâminas cortantes, que podem ser espiraladas (trado helicoidal ou aspiral) ou convexas (trado concha ou cavadeira).

Esse tipo de sondagem tem por finalidade a coleta de amostras deformadas, determinação de profundidade do nível d’agua e identificação dos horizontes do terreno.

É umas das prospecções mais simples e rudimentares, utilizado desde os primórdios da investigação do subsolo. O trado é constituído de 3 partes, estas sendo: cruzeta, hastes e trado, podendo ainda ser manuais e mecanizados.

Os trados manuais são bem simples e econômicos, geralmente penetra somente nas camadas de solo com baixa resistência e acima do nível d’agua. São muito utilizados para determinar o nível do lençol freático, as amostras retiradas são sempre deformadas, ou seja, os solos não mantem as características físicas quando retiradas da natureza.

Já os trados mecanizados são utilizados para fundações profundas, e atinge solos mais resistente. É uma opção muito utilizada nos canteiros de obras, pois é um processo limpo que não produz lama, além do fácil transporte e mobilidade do equipamento, ainda requer um pequeno número de operadores e a execução é relativamente rápida.

A sondagem a trado é feita a cada metro de avanço ou quando ocorre a mudança do tipo de material perfurado, sendo o objetivo determinar o perfil estratigráfico do solo. Não é possível obter índices de resistência nesse tipo de sondagem.

  1. EQUIPAMENTOS

De acordo com a NBR 9603:2015 a aparelhagem-padrão é composta dos seguintes elementos principais:

  • Trado tipo cavadeira com diâmetro mínimo de 63,5 mm;
  • Trado helicoidal ou aspiral com diâmetro mínimo de 63,5 mm;
  • Cruzetas, hastes e luvas de aço com diâmetro mínimo de 25 mm;
  • Chaves de grifo;
  • Medidor de nível d’agua;
  • Metro ou trena;
  • Recipientes para amostra;
  • Parafinas ou fitas colantes;
  • Sacos plásticos e de lona;
  • Etiquetas para identificação;
  • Ponteira constituída por peça de aço terminada em bisel, com 63 mm de largura e 200 mm de comprimento mínimo.

  1. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO

A sondagem deve ser iniciada após a limpeza de uma área que permita o desenvolvimento de todas as operações sem obstáculos e aberturas de um sulco ao redor para desviar as águas de enxurradas, no caso da chuva. Junto ao local onde será executada a sondagem deve ser cravado um piquete, com a identificação da sondagem, que serve de ponto de referência para medidas de profundidade e para afins de amarração topográfica.

Segundo a NBR 9603:2015 a execução da sondagem a trado deve ser iniciada com o trado tipo cavadeira, utilizando a ponteira para desagregação de terrenos duros ou compactos. Quando o avanço se tornar difícil, deve-se utilizar o trado helicoidal.

O material retirado do furo deve ser depositado à sombra, em local ventilado, sobre uma lona ou tábua, e protegido de intempéries. Esse material deve ser agrupado em montes dispostos segundo sua profundidade a cada metro perfurado. O controle da profundidade dos furos deve ser feito pela diferença entre o comprimento total das hastes com o trado e a sobra das hastes em relação à boca do furo, com precisão de 10mm.

Quando o avanço do trado de tornar difícil, deve ser verificada a possibilidade de se tratar de cascalho, matacão ou rocha. Se no caso de tratar de um cascalho o avanço deve ser feito com a ponteira.

Nos intervalos de turnos de perfuração, a boca do furo deve permanecer tamponada e protegida da entrada de água da chuva.

Usualmente essa sondagem é feita a seco, porém em materiais duros, água pode ajudar na perfuração para coleta do material. O uso da água deve ser registrado no boletim de sondagem.

A sondagem pode ser dada com terminada em 3 situações: quando existir profundidade especifica na programação do serviço, quando ocorrerem desmoronamentos sucessivos na parede do furo e quando o avanço for inferior a 50 mm e 10 mm de operação continua de perfuração.

  1. RESULTADOS

A sondagem deve gerar dois documentos importantes, o primeiro deles é o boletim de campo, que serve de referência para elaboração do segundo, que é o relatório de sondagem, que será entregue ao cliente e estarão contidas as informações pertinentes a execução do serviço.

Os resultados preliminares de cada sondagem a trado devem ser apresentados num prazo de 10 dias após o termino, em boletins com 2 vias, e neste deve constar: o nome da obra, identificação e localização do furo, diâmetro da sondagem, cota, data da execução, tipo e profundidade das amostras coletadas, motivo da paralisação e medidas de nível d’agua. No caso de não ser atingido o nível d’agua, deve-se anotar as palavras “furo seco”.

Os resultados finais de cada sondagem a trado devem ser apresentados num prazo máximo de 30 dias, na forma de perfis individuais na escala de 1:100, e deve conter, além dos dados, a classificação geotécnica visual dos materiais atravessados, feito por geólogos cujo nome e assinaturas devem constar no perfil.

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