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ANÁLISE DA ESTRUTURA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NA REGIÃO CENTRO-SUL

Por:   •  18/8/2017  •  Artigo  •  1.369 Palavras (6 Páginas)  •  312 Visualizações

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ANÁLISE DA ESTRUTURA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NA REGIÃO CENTRO-SUL DO ESTADO DO PARANÁ

Alex Roberto Sawczuk (Mestrando - UNICENTRO), Afonso Figueiredo Filho (Prof. Dr. Departamento de engenharia florestal – UNICENTRO),

Andrea Nogueira Dias (Profª. Drª. Departamento de engenharia florestal – UNICENTRO), Thiago Floriani Stepka (Mestrando – UNICENTRO), Vinícius Vitale (Mestrando – UNICENTRO), e-mail: alexsawczuk@hotmail.com

Palavras chave: Floresta de Araucária, fitossociologia, índices fitossociológicos.

Resumo

As estruturas horizontal, vertical e interna de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista foram avaliadas, no ano de 2002, em um experimento permanente de 25 ha instalado em uma área remanescente dessa tipologia florestal, na Floresta Nacional de Irati, Paraná. O experimento é dividido em 25 blocos de 1 ha cada e com áreas de controle de 0,25 ha. As espécies mais importantes e que apresentam maiores índices de valor econômico ampliado (IVIEAi) na área estudada são a Araucaria angustifolia  e Ilex paraguarienses com: 47,08 e 39,60%, respectivamente. 

                                                        

Introdução

A Floresta Ombrófila Mista, também conhecida como Floresta de Araucária, é uma das mais importantes tipologias florestais do Sul do país. Devido sua importância para a região são várias publicações referentes à sua análise estrutural, a qual pode incluir estrutura horizontal, vertical e interna e, ainda, os índices de similaridade e diversidade florística.

A estrutura horizontal diz respeito à distribuição espacial de todas as espécies que compõem uma comunidade. Os principais parâmetros quantitativos utilizados para expressá-la são os seguintes: densidade, dominância, freqüência, valor de importância e índice de valor de cobertura (GALVÃO, 1994).

Para avaliar a estrutura vertical da floresta utilizam-se os parâmetros da posição sociológica e índice de valor de importância ampliado (SCHNEIDER, 2002).

De acordo com SOUZA (1997), a estrutura interna, em geral, tem sido avaliada pelo parâmetro fitossociológico da qualidade do fuste (QAF). Este parâmetro na forma relativa (QRF) é somado aos parâmetros relativos da estrutura horizontal e vertical (IVIA), formando assim o índice de valor de importância economicamente ampliado (IVIEA).

Para SCOLFORO (1993), a análise estrutural pode ajudar em intervenções na floresta de forma planejada, na recomposição de áreas degradas com revegetação de nativas, na manutenção de diversidade florística e na definição do potencial madeireiro em caso de implantação de manejo sustentado.

Este trabalho analisou e avaliou as estruturas horizontal, vertical e interna de um fragmento de F. O. M. em um experimento instalado na FLONA de Irati-Pr.

Materiais e Métodos

Caracterização da Área da Pesquisa

O estudo foi realizado em 2002 na Floresta Nacional de Irati (FLONA) em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista explorado seletivamente há mais de 60 anos, mas que desde então, foi conservado e protegido. A FLONA está localizada no município de Teixeira Soares, no Sul do Paraná (2° Planalto), numa altitude de 893 metros. Ocupa uma área de 3.500 ha, a 50° 35’ de longitude oeste e 25° 27’ de latitude sul.

Segundo o sistema de classificação climática de Köppen, o clima da região é do tipo Cfb, ou seja, subtropical úmido sem estação seca. A precipitação média anual é de 1.442 mm.

O solo é classificado como Podzólico Vermelho-Amarelo var. Piracicaba e Latossolo Vermelho-escuro distrófico. A formação florestal da FLONA pertence aos grupos tipológicos, mata pluvial subtropical, numa pequena extensão e, Mata de Araucária, em sua grande maioria (CARVALHO, 1980).

 

Obtenção de Dados

Os dados foram obtidos em parte (6,25 ha) de um experimento permanente de 25 ha instalado no fragmento já mencionado, o qual é dividido em 25 blocos de um hectare cada e em parcelas de 50 m x 50 m. Todas as árvores com DAP ≥ 10 cm foram numeradas, medidas e identificadas.

As estimativas dos parâmetros das estruturas horizontal, vertical e interna da floresta foram baseadas em SCOLFORO (1998) e SOUZA (1997). Para os cálculos dos parâmetros estruturais foram utilizadas planilhas e tabelas dinâmicas do software Microsoft® Excel®.

Resultados e Discussões

A análise por meio da avaliação das estruturas horizontal, vertical e interna possibilita uma avaliação completa da vegetação e das espécies que a compõem, assim como, suas importâncias para a mesma.

Ao analisar o QUADRO 1 observa-se que a Araucaria angustifolia seguida da Ocotea porosa são as espécies mais importantes ecologicamente da estrutura horizontal, sendo representadas, pelos índices de valor de importância (IVI), respectivamente com 36,24 e 23,50%. Este índice é representado pelo somatório da densidade relativa, dominância relativa e freqüência relativa.

A Posição sociológica relativa (estrato inferior, 1; médio, 2 e superior 3) é o parâmetro fitossociológico utilizado para representar a estrutura vertical (estratos) da floresta. Ao adicionar este parâmetro aos demais parâmetros fitossociológicas relativos da estrutura horizontal compõem-se o índice de valor de importância ampliado (IVIA). Este (IVIA) torna o estudo da estrutura mais preciso e reflete de modo mais verdadeiro a complexa composição estrutural da vegetação, destacando a real importância fitossociológica da espécie dentro da comunidade vegetal.

Como indica o QUADRO 1 à espécie Ilex paraguarienses apresenta maior valor de posição sociológica relativa (10,51%) seguida da Ocotea Odorifera (10,34%). Isto se deve ao grande número de indivíduos por hectare (60,16) e a sua regularidade de ocorrência (5,6; 39,36 e 15,2) nos três estratos (1, 2 e 3) da floresta. Apesar das árvores de Araucaria angustifolia não estarem bem distribuídas nos estratos (0,16; 7,84 e 35,2) e ter menos indivíduos por hectare (43,2), ela é a espécie que tem o maior número de árvores dominantes e maior IVIA.

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