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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DA ESPÉCIE EUGENIA UNIFLORA L. (PITANGA) EM DIFERENTES TIPOS DE SUBSTRATOS

Por:   •  14/10/2015  •  Artigo  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  443 Visualizações

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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DA ESPÉCIE EUGENIA UNIFLORA L. (PITANGA) EM DIFERENTES TIPOS DE SUBSTRATOS

1 INTRODUÇÃO

        A pitangueira da espécie Eugenia uniflora L. é pertencente à família Myrtaceae e é encontrada principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, local de onde é nativa. Sua florescência acontece nos períodos de agosto a novembro e a frutificação entre outubro e janeiro. A altura varia de 6 a 12 metros e as dimensões de seus frutos variam bastante e por isso devem-se estabelecer critérios para sua seleção, tais como, cor, tamanho e massa (LORENZI, 1998).

A pitanga pode ser utilizada no reflorestamento com fins de recuperação de área degradada (SCALON et al., 2000), no paisagismo ou cultivo de pomares domésticos e também como plantas medicinais por possuírem substâncias que combatem a azia, bronquite, cólicas, doenças do estômago e redução da pressão arterial (LORENZI, 1998).

A produção de mudas desta espécie geralmente é realizada pela propagação de sementes, e traz aspectos negativos nos pomares em relação a produtividade, uniformidade e frutos de baixa qualidade. Portanto, é necessária a observação da época adequada para o recolhimento dos frutos, através das mudanças morfológicas, bioquímicas e fisiológicas (BEZERRA et al., 2002).  

Os diferentes tamanhos da semente da pitanga é algo pouco estudado, mas existe a possibilidade de ser um indicativo de qualidade fisiológica, pois conseguem armazenar maior quantidade de substâncias para o seu desenvolvimento obtendo embriões mais desenvolvidos. Já as sementes pequenas em relação às outras podem apresentar menor emergência de plântulas (OLIVEIRA et al., 2005).

O desenvolvimento da semente esta ligado diretamente ao conteúdo de água presente. Quanto mais hidratada mais rápidas serão as reações metabólicas.

Os usos de diferentes substratos influenciam na emergência da propagação e, por conseguinte, na produção de mudas de boa qualidade. Assim, a germinação das sementes é influenciada através de fatores como aeração, estrutura, capacidade de retenção de água, grau de infestação de patógenos, entre outros sendo que estes podem mudar de acordo com o material utilizado, trazendo benefícios ou danos à germinação das sementes (FERRAZ; CENTURION; BEUTLER, 2005).

Os substratos de melhor qualidade são aqueles que apresentam disponibilidade de aquisição e transporte, ausência de patógenos, riqueza em nutrientes essenciais, pH adequado, textura e estrutura (SILVA et al., 2001). Por ser o local onde o sistema radicular irá se desenvolver deve apresentar boa retenção de água e aeração (JABUR; MARTINS, 2002). A capacidade de troca catiônica, homogeneidade e porosidade também devem ser levados em conta (SANTOS et al., 2000).

A luminosidade é um fator que causa alterações morfológicas e fisiológicas na planta. As diferentes intensidades de luz em meios naturais, interferem mais no crescimento da planta do que na sua qualidade. Algumas variáveis que mais são usadas para o estudo do crescimento da planta em relação a luminosidade são a altura e o diâmetro do caule (MARTINAZZO et al., 2007).

Assim sendo, o objetivo deste trabalho é avaliar a influencia de diferentes tipos de solos sobre a emergência e desenvolvimento inicial da Pitanga.


2 METODOLOGIA

        O experimento foi iniciado em outubro de 2014, no campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no município de Toledo, no Oeste do Estado do Paraná, centrado nas coordenadas Latitude 24°43'23.30''S e Longitude 53°46'5.71''S. O solo da unidade experimental, segundo o Embrapa (2006) é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico típico, textura muito argilosa, de boa fertilidade natural (EMBRAPA, 2006).

        Para análise experimental, a área em estudo foi subdividida em cinco pontos principais, com uma distância significativa entre cada um destes. Em cada um dos pontos, aqui demarcados com aparelho GPS, foram coletadas cinco amostras simples de solo coletados utilizando o trado holandês, tendo como distância aproximadamente 1 metro um do outro.

        Estas cinco amostras foram então homogeneizadas e alocadas em locais apropriados para realização de análise laboratorial. Após a coleta em todos os cinco pontos, os mesmos foram encaminhados ao laboratório de solos para realização de analise físico-química do solo.

        Realizada esta primeira parte laboratorial, iniciou-se então a fase experimental da influencia dos diferentes tipos de solos sobre a emergência e desenvolvimento inicial da pitanga. Utilizou-se delineamento em blocos casualizados com cinco repetições. Para esta experiência, fez-se a utilização dos 5 tipos diferentes de solos coletados anteriormente, onde os mesmos foram devidamente separados e alocados em copos descartáveis de 250ml.

        Foram realizadas para cada ponto do solo, cinco repetições, e logo após foram inseridas as sementes de pitanga para germinação. Estas sementes foram coletadas de uma única árvore, sendo removida toda a sua polpa e logo após as mesmas já foram introduzidas aos diferentes tipos de solo, sem tratamento prévio.

        O monitoramento para avaliar o índice de velocidade de emergência foi realizado a cada 3 dias após o plantio. Para a pitanga, a emergência ocorreu somente após 21 dias do inicio do experimento, sendo avaliadas as características de crescimento, como altura de plantas e diâmetro de caule.

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