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Alvenaria Estrutural de Blocos de Concreto-Estudos de Caso

Por:   •  13/1/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.814 Palavras (8 Páginas)  •  132 Visualizações

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SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        OBJETIVOS        6

2.1.        Objetivo Geral        6

2.2.        Objetivos Específicos        6

3.        METODOLOGIA        7

4.        RESULTADOS ESPERADOS        8

5.        CRONOGRAMA        9

6.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        10

  1. INTRODUÇÃO

A alvenaria estrutural pode ser definida como o sistema construtivo em que as paredes desempenham, além da finalidade de vedação, funções estruturais na edificação, dispensando a necessidade de pilares e vigas. Esses elementos são dimensionados para resistir aos esforços de compressão, cisalhamento, flexões no plano e flexões fora do plano da alvenaria (JÚNIOR; OLIVEIRA; BEDIN, 2002).

Historicamente, esse método é adotado há milhares de anos, desde as civilizações Assírias e Persas com a utilização de tijolos queimados ao sol (10.000 a.C.) e, posteriormente, com tijolos de barro queimados ao forno (por volta de 3000 a.C.).

Sua aplicação baseou-se inicialmente em conhecimentos empíricos adquiridos pelos construtores, que adotavam geometrias que asseguravam rigidez e estabilidade estrutural (MOHAMAD, 2015). Dentre as principais obras executadas de maneira empírica, destacam-se:

  • As Pirâmides no Egito, construídas entre 2050 a.C. e 1750 a.C.;
  • O Parthenon na Grécia, construído entre 480 a.C. e 323 a.C.;
  • O Farol de Alexandria construído em 280 a.C.;
  • O Coliseu na Roma, construído entre 68 e 79;
  • A Catedral de Notre Dame, construída entre 1163 e 1345;
  • A Muralha da China, construída entre 1368 a 1644;
  • O Edifício Monadnock em Chicago, construído entre 1891 a 1891.

De acordo com Mohamad (2015), essa metodologia foi largamente usada até o período da segunda revolução industrial. A partir desse momento, foi substituída pelas estruturas de aço e concreto, que possibilitavam maiores autonomias arquitetônicas, com grandes vãos e edificações esbeltas.

Somente por volta do ano de 1950, com a escassez do concreto e de aço, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, foram desenvolvidas as primeiras teorias e cálculos de alvenaria estrutural (MOHAMAD, 2015).

O responsável por esses estudos foi o Professor Paul Haller, que criou um conjunto de teorias em paredes de alvenaria e disseminou e intensificou esse sistema construtivo. Com base nesses conhecimentos, dimensionou e construiu em Basiléia, na Suíça, um prédio de 13 andares (41,4 metros de altura) em alvenaria não armada[1], com paredes externas com espessura de 37,5 cm e internas com 15 cm, o que significou um grande avanço para a época (JÚNIOR; OLIVEIRA; BEDIN, 2002).

No Brasil, as primeiras construções nesse modelo estrutural ocorreram em 1966 na cidade de São Paulo, com a execução de prédios de 4 pavimentos em alvenaria armada[2] de blocos de concreto, no Conjunto Habitacional Central Parque da Lapa, como mostrado na Figura 1 (JÚNIOR; OLIVEIRA; BEDIN, 2002).

Figura 1: Conjunto Habitacional Central Parque da Lapa.

[pic 1]  [pic 2]

Fonte: Disponível em: < http://ccpl.com.br>. Acesso em 14 maio de 2016

No ano de 1972, nesse mesmo condomínio, foram construídos os primeiros edifícios mais elevados do país nessa metodologia, sendo quatro blocos de apartamentos com 12 pavimentos, como visto na Figura 2 (A). Destaca-se também, neste período, a obra do edifício Muriti, apresentado na Figura 2 (B), com 16 andares, construído na cidade de São José dos Campos (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

Figura 2: Conjunto Habitacional Central Parque da Lapa (A) e Edifício Muriti (B).

[pic 3]                   [pic 4]

                    (A)                                                                              (B)

Fonte: Disponível em: <http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/banco-obras/1/alvenaria-estrutural>. Acesso em 14 maio de 2016.

Essa técnica construtiva apresenta uma excelente opção no processo de racionalização das obras, visto que, ao adotar blocos pré-moldados padronizados, proporciona a redução com perdas de materiais, mão de obra e ferramentas e, assim, diminui o custo final da construção (ARAÚJO, 2001).

De acordo com Rabelo (2004), essa redução pode variar de 5% a 10% para edifícios de 18 pavimentos e chegar até 30% de economia para construções de 3 ou menos andares, conforme apresentado na Tabela 1. Ressalta-se também, as vantagens com redução de fôrmas, escoramentos e armações, junto com uma maior rapidez de execução.

 

Tabela 1: Comparativo Alvenaria Estrutural x Estrutura Convencional.

N° de Pavimentos

Economia (%)

Até 3 pavtos

25 a 30

4 a 7

20 a 25

8 a 11

15 a 20

12 a 15

10 a 15

18

5 a 10

Fonte: Rabelo (2004).

Apesar de se tratar de um método construtivo simples, a alvenaria estrutural necessita de mão de obra especializada para este fim, uma vez que utiliza materiais e ferramentas diferentes das usadas em alvenaria convencional, além de seguir normas mais rigorosas no quesito de erros e qualidade final do produto (ARAÚJO, 2001).

Neste contexto, em decorrência ao crescente uso de edificações em alvenaria estrutural de blocos de concreto, aliado à pouca disseminação dos conhecimentos e informações sobre o assunto, a análise das principais características construtivas desse modelo estrutural se justifica. Assim como estudo das suas vantagens, desvantagens, patologias e viabilidade quando comparado a alvenaria convencional.

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