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Análise da Bacia Hidrográfica do rio Piabanha

Por:   •  12/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.982 Palavras (16 Páginas)  •  1.432 Visualizações

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Bacia Hidrográfica do Rio Piabanha

Introdução

O rio Piabanha, com seus 80Km de extensão, tem sua nascente na Serra dos Órgãos, no município de Petrópolis e deságua em Três Rios, no rio Paraíba do Sul, banhando também o município de Areal. O nome Piabanha é devido a um pequeno peixe, escamoso com o dorso cor de chumbo e os flancos prateados, muito usado como iscas de anzol para a pesca de peixes maiores e encontrado em abundância antes da poluição das águas do rio. Sua bacia, cuja área de drenagem é de 2.065 km², abrange quatro municípios fluminenses, os três banhados pelo rio, mais São José do Vale do Rio Preto, totalizando uma população de 400 mil pessoas.

Apesar dos recentes problemas com desmatamento e mau uso do solo, devido ao modelo de desenvolvimento urbano e rural historicamente adotado, a bacia do rio Piabanha é entre as grandes sub-bacias formadoras do rio Paraíba do Sul (Figura 01), a que apresenta a maior cobertura florestal. Cerca de 20% de suas terras apresenta expressivos remanescentes da Mata Atlântica, este índice pode ser justificado pelas cinco unidades de conservação existentes no interior do limite da bacia.

Figura 01: Distribuição municipal e de Comitês da Bacia do Paraíba do Sul (Em verde, o Comitê – Piabanha)

O rio Piabanha possui uma enorme importância social e econômica, mas sofre, frequentemente, com cheias e com problema relacionado à qualidade de água, como poluição hídrica, a erosão, e a disposição inadequada de resíduos sólidos. A poluição hídrica é o resultado dos lançamentos concentrados de efluentes domésticos e efluentes industriais, juntamente com a lixiviação de fertilizantes e pesticidas ao longo das áreas de plantio. Já o risco de inundação está associado, além de fatores naturais, como geologia, geomorfologia e pedologia, ao modelo de ocupação das cidades de Petrópolis e Teresópolis, as quais cresceram nas regiões intermontanas, nos fundos de vales, nas margens e planícies inundáveis dos rios.

Seu principal afluente é o rio Paquequer, de 75 km de curso, que banha Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto. Destaca-se que a sub-bacia do rio Paquequer apresenta o maior percentual de cobertura florestal (46%) entre todas as sub-bacias individualizadas do Paraíba do Sul. Nas estações monitoradas pela FEEMA (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), uma delas no centro de Petrópolis e, outra, próxima a sua foz, ficou evidenciado o recebimento em suas águas de despejos domésticos sem tratamento, além de despejos industriais. No encontro com o rio Paraíba do Sul, nota-se uma melhoria na qualidade da água, ainda que mantendo níveis elevados de coliformes fecais e fósforo total.

Sendo assim, para entender a dinâmica do curso d`água e de como este irá afetar as populações e todas as atividades localizadas em seu entorno é necessário o conhecimento de aspectos relativos à geologia, geomorfologia, pedologia, assim como de uso do solo.

Materiais e Métodos

II.I Localização

A escolha do município de Petrópolis se deu a partir do interesse em realizar o trabalho em uma região em houvesse relevo acentuado e em que o rio apresentasse importância tanto para áreas urbanas quanto ao longo de áreas com cobertura vegetal.

II.II Aquisições das cartas topográficas

Inicialmente, foi realizado o download da carta topográfica de Petrópolis (Folha SF-23-Z-B-IV-2) (Figura 02) com escala de 1:50.000 no site do IBGE. Entretanto, através de observação visual verificou-se que o município em questão encontra-se no limite superior esquerdo da carta, sendo necessário, portanto, adquirir a carta imediatamente acima para que fosse possível a análise por completo de uma sub-bacia próxima a área urbana. Após verificar na articulação qual seria a folha necessária para completar o trabalho, voltou-se ao site do IBGE e baixou-se então a carta topográfica de Itaipava (Folha SF-23-Z-B-I-4) (Figura 03) na mesma escala. As carta foram imprimidas em sua escala original com o recorte no entorno da área urbana de Petrópolis e sofreram um processo de corte e cole para facilitar o desenvolver do trabalho (Anexo 01).

Figura 02: Área selecionada da carta Figura 03: Área selecionada da carta

Topográfica de Petrópolis Topográfica de Itaipava

II.III Identificação do Sistema

Entre os diversos rios presentes nas cartas, a escolha do Rio Piabanha, localizado ao Norte do bairro do Bingem, mais especificamente do sistema de drenagem em questão, se deu pelo mesmo se iniciar em área de cobertura vegetal e o ter seu exutório na área urbana do município.

II.IV Delimitação da Sub-Bacia de drenagem

Após a escolha do sistema de drenagem, foi necessário delimitar a respectiva sub-bacia, para isso, os topos de morro próximos foram destacados e, em seguida, ligados, respeitando o oposto da direção em que os braços do rio cortam as curvas de nível (Anexo 01).

Tal processo, foi realizado tanto manualmente quanto digitalmente. As cartas topográficas foram obtidas em formato tif no site do ibge e importadas no ambiente do software QGis, versão 2.14, com a associação ao Datum Córrego Alegre, fuso 23S conforme indicado nas cartas. Em seguida, foi realizado um processo de vetorização manual, sendo este realizado em três etapas, na primeira delas delimitou-se o sistema de drenagem, na segunda, os topos de morros , por fim, a sub-bacia (Figura 04).

Figura 04: Delimitação da Sub-Bacia de Drenagem – Rio Piabanha

II.V Hierarquização do Sistema de Drenagem

A hierarquização do Sistema de Drenagem foi realizada a partir da transferência do desenho da sub-bacia delimitada e do rio Piabanha para um pedaço de papel vegetal. Iniciou-se pelas nascentes, seguindo o percurso do principal até o exutório, ao encontrar braços de mesma ordem a sub-bacia subia uma ordem, totalizando três (Anexo 02).

II.VI Construção do perfil longitudinal

Em uma tira de papel vegetal marcou-se todas as vezes em que o curso do rio principal interceptou uma curva de nível, respeitando a distância em que tal fenômeno ocorreu. Posteriormente,

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