Morfometria da Bacia Hidrográfica do rio Tormentinho

MORFOMETRIA DA BACIA DO RIO TORMENTINHO

Marcelo José Grandi Martins;

Ronaldo de Castro Rieling

RESUMO: A bacia do Tormentinho é tormentada.

Esse trabalho foi realizado para ter se uma idéia a respeito de uma sub-bacia, no caso, a do rio Tormentinho que se situa,  no município de Iretama. A sub-bacia Hidrográfica do rio Tormentinho faz parte da bacia do Rio Formos e, fazendo parte também, da bacia hidrográfica do Alto Ivaí.O relevo é bastante irregular, não favorece a agricultura extensiva, sendo assim utilizada para agricultura de uso misto. Conforme pode se verificar a altitude máxima é de 780 m s.n.m. e a mínima é de 380 m s.n.m. facilitando a drenagem de seus canais até a foz no rio Formoso. Sua sub-bacia tem drenagem dendrítica, possuindo 101 canais de grandeza das ordens 1, 2, 3 e 4.

Finalizando sua importância econômica além da agricultura, tem também no turismo uma grande fonte de renda para os habitantes que moram ao seu entorno.

PALAVRAS-CHAVES: rio; tormento; iretama.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo a descrição dos dados morfométricos da bacia do rio Tormentinho, no município de Iretama no Paraná. O presente rio faz parte da bacia do rio Formoso que desagua no rio Corumbataí, o qual é tributário do rio Ivaí. Todos estes cursos d’água fazem parte do complexo de drenagem da bacia do rio Paraná.

MATERIAL E MÉTODOS

A análise morfométrica da área em questão, foi realizada com base em levantamentos de informações extraídas das cartas topográficas do exército (1990), escala 1:50.000, folha: MI 2803/4.

A partir da análise da carta puderam ser delimitados os divisores de água, obtendo assim os limites da bacia, e retirados as informações numéricas, para a formulação dos seguintes dados: ordem dos canais na bacia segundo Strahler (1952, 1964) citado por Christofoletti (1980); comprimento do canal principal; gradiente do canal principal; declividade média do canal principal; área da bacia; perímetro; forma da bacia; densidade de rios; comprimento total dos canais; densidade de drenagem; coeficiente de manutenção.

Os dados da análise morfométrica foram obtidos por meio de expressões extraídas de Christofoletti (1980), onde o autor realiza abordagens na bacia hidrográfica nas formas: linear, areal e hipsométrica, além do ordenamento dos canais. Os cálculos e as expressões sobre os parâmetros morfométricos efetuados na bacia em questão são:

Comprimento do rio principal: distância da foz até a nascente mais distante da mesma;

Extensão do percurso superficial (Eps): Eps = 1/2Dd, onde Eps é a extensão do percurso superficial e Dd é a densidade de drenagem;

Gradiente dos canais: G = H – h x 100/L, onde H é a altitude da nascente, h é a altitude da foz e L é a extensão do curso;

Comprimento médio dos canais (Lm): Lm = Lu/Nu, onde Lm é o comprimento médio dos rios; Lu é a extensão total dos rios e Nu é o número total de rios;

Área da bacia (A): refere-se a toda área drenada pelo conjunto do sistema fluvial, fornecida em m2 ou km2, principalmente;

Índice de circularidade (Ic): Ic = 12,57*A/P2, onde Ic é o índice de circularidade, A é a área da bacia e P é o perímetro da bacia; Deve-se calcular também através do índice de compacidade: Kc = 0,28* (P/√A), onde Kc é o índice de compacidade, P é o perímetro da bacia em km e A é a área em km2;

Densidade de drenagem (Dd): correlaciona o comprimento total dos canais com a área da bacia hidrográfica. Aplica-se a fórmula Dd = Lt/A, onde Dd é a densidade de drenagem; Lt o comprimento total dos canais e A a área da bacia;

Densidade de rios (Dr): neste caso aplica-se a fórmula Dr = N/A, onde Dr é a densidade de rios; N é o número de canais; A é a área da bacia;

Coeficiente de manutenção (Cm): Cm = 1/Dd x 1.000, onde Cm é o coeficiente de manutenção e Dd é a densidade de drenagem;

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na análise da bacia estudada constatou-se uma hierarquia fluvial de 4ª ordem, de acordo com a classificação de Strahler (1952) (Tabela 1, 2).

Tabela 1. Parâmetros Morfométricos da Bacia Hidrográfica do Rio Tormentinho.

Org.: Grandi e Rieling, 2016.

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