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As Propriedades dos Metais

Por:   •  15/4/2019  •  Relatório de pesquisa  •  5.625 Palavras (23 Páginas)  •  204 Visualizações

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RESUMO

Para um estudo correto das propriedades específicas dos metais, são empregadas diversas técnicas de metalografia, algumas das quais foram abordadas no presente experimento, que foi dividido em 3 partes. Na primeira, referente a preparação metalográfica, foram realizados os processos de lixamento, polimento, ataque químico e análise metalográfica da amostra por microscópio ótico. Na micrografia sem ataque químico, a visualização da microestrutura foi muito comprometida, sendo necessário o ataque com solução de Nital para a melhor compreensão. A medida de teor de carbono no aço utilizado foi compatível com a literatura, uma vez que supostamente o aço utilizado era o 1015 e 1060, e os valores medidos para o teor de carbono de ambos foi 0,17% C e 0,57% C, respectivamente. Na segunda parte, referente aos tratamentos térmicos e medição da macrodureza, a fração de perlita verificada nas amostras A2 e A3, submetidas a tratamentos de normalização e recozimento, foi superior à visualizada na amostra A1, que foi analisada no estado de entrega, e estas possuem, como consequência, maior dureza. A amostra A3, que passou por resfriamento a taxas mais baixas comparativamente à amostra A2, apresentou lamelas de perlita mais grossas e definidas, porém, a amostra A2 apresentou dureza mais elevada que a amostra A3 e A1. A amostra A4, resfriada em água, apresentou maior dureza em relação à amostra A5, além de maior fração de martensita. As amostras A6 e A7 apresentaram um redução a quase metade da dureza anterior ao revenimento. Finalmente, na última parte, referente a tratamentos termoquímicos e microdureza, tem-se novamente o estudo e a percepção das influências dos tratamentos térmicos, porém, utilizando a microdureza Vickers, de forma que foi possível analisar como a dureza pode variar ao longo do comprimento de uma peça, desde as bordas até o centro. As duas amostras (CT e CN), mesmo apresentando valores distantes entre si, apresentaram, como esperado, uma tendência semelhante de redução na dureza à medida em que a distância da superfície aumenta.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 2

2 MATERIAIS E MÉTODOS 8

2.1 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 8

2.1.1 Parte 1 - Metalografia 8

2.1.2 Parte 2 - Tratamentos térmicos de aços 9

2.1.3 Parte 3 - Tratamentos termoquímicos de aços 9

2.2 METODOLOGIA 9

2.2.1 Parte 1 - Metalografia 9

2.2.2 Parte 2 - Tratamentos térmicos de aço e macrodureza 10

2.2.3 Parte 3 - Tratamentos termoquímicos de aço e microdureza 12

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 14

3.1 Metalografia 14

3.2 Tratamentos térmicos de aço e macrodurezas 16

3.3 Tratamento termoquímico do aço e microdureza 23

4 CONCLUSÃO 31

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32

1 INTRODUÇÃO

Os metais representam uma das classes de materiais de maior importância para a humanidade. O uso dos metais teve início no final do período Neolítico, na era conhecida como a Idade dos Metais, por volta de 3000 a.C. Nessa época, os seres humanos conseguiram aprimorar suas ferramentas agrícolas, as ferramentas para derrubar as árvores e seus equipamentos para caça e defesa[1]. Com a evolução da humanidade, o uso dos metais aumentou, e com isso o ser humano começou a estudar mais as propriedades desse tipo de material, com a finalidade de descobrir novos e mais eficazes métodos de obtenção do metal.

Dentre os metais, o aço-carbono tem um papel significativo, e este tipo será o foco deste relatório. O aço-carbono é uma liga de ferro com adição de carbono para modificar algumas propriedades físicas, como dureza e ductilidade. O aço-carbono pode dispor de 0,008% a 2,11% de carbono na composição, podendo ser classificado em aço com baixo teor de carbono (até 0,3% de carbono), aço com médio teor de carbono (de 0,3% a 0,6%) e aço com alto teor de carbono (superior a 0,6% de teor de carbono)[2]. Aços eutetóides tem teor de carbono próximo de 0,8%, os aços hipoeutetóides tem teor de carbono menor do que 0,8%, e os aços hipereutetóides tem teor de carbono maior do que 0,8%[3].

Algo muito importante ao se tratar quando falamos de metal é a metalografia, que basicamente é a preparação para análise da microestrutura de metais. Uma preparação metalográfica básica envolve algumas etapas: corte da secção, no qual corta-se um pedaço do material para fazer a análise; embutimento da amostra, que normalmente é feito com baquelite; lixamento, no qual tenta-se retirar defeitos oriundos do corte; polimento da superfície metálica, que é a etapa que faz com que a amostra fique com um aspecto espelhado, para melhor visualização no microscópio; e ataque químico, que é feito para revelar as microestruturas[4].

Este processo é amplamente usado quando é necessário estudar a microestrutura de um material, além de ser possível também identificar o tamanho de grão do mesmo, porém, é um processo que necessita de cuidado e experiência, já que podem ocorrer erros na preparação da amostra, por exemplo: na etapa do lixamento pode ocorrer a criação de diversos planos na amostra, o que interfere na hora de observar no microscópio; na hora do corte pode ocorrer a queima da secção cortada; dentre outros.

Os aços-carbono podem ser submetidos a tratamentos térmicos e tratamentos termoquímicos, que têm como objetivo alterar as propriedades do aço, dependendo do uso para o qual será dedicado. Nestes tratamentos, aquece-se ou resfria-se a peça de aço para formar certas fases e microconstituintes.

As principais fases, de acordo com Lanfredi (2018) [3], são:

austenita:é a fase estável do ferro em temperaturas intermediárias (no ferro puro é estável entre 912 e 1394 ºC) e sua estrutura cristalina é CFC. Tem uma alta solubilidade de carbono: ~0,8% C a 727 ºC e máxima solubilidade de 2,1% C a 1147 ºC. É relativamente mole.

ferrita: é a fase estável do ferro a baixas temperaturas (no ferro puro é estável até 912 ºC) e sua estrutura cristalina é CCC (cúbica de corpo centrado). Apresenta baixa solubilidade de carbono: ~0,008% C

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