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Assédio moral no ambiente de trabalho

Seminário: Assédio moral no ambiente de trabalho. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/10/2013  •  Seminário  •  6.234 Palavras (25 Páginas)  •  477 Visualizações

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empreitada com o objetivo de lucrar.

O tema “assédio moral no ambiente de trabalho” é novidade para muitas empresas e colaboradores e até mesmo no meio trabalhista, portanto, esta prática é tão antiga quanto o trabalho. De acordo com a evolução do trabalho e suas relações com o meio trabalhista, de acordo com o crescimento dos direitos trabalhistas e a criação de grupos e sindicatos voltados para o bem estar do trabalhador este conceito foi ganhando espaço e leis foram criadas para garantir ao trabalhador um ambiente de trabalho sadio.

Quando mencionamos que a prática de Assédio Moral no Ambiente de Trabalho é algo tão antigo quanto ao trabalho em si, mencionamos situação que foi considerada em muitas épocas natural ou necessária ao desenvolvimento como exemplificamos os egípcios na construção das pirâmides, práticas normalmente exercidas por superior hierárquico como no caso dos militares que na segunda guerra mundial forçava seus soldados a matar a sangue frio seus prisioneiros contra a vontade.

Já no Brasil temos situações bem mais recentes como na escravatura dos negros africanos que foram capturados e colocados a serviço dos senhores de engenhos em trabalho subumanos, o mesmo aconteceu com os índios brasileiros, os imigrantes italianos que cultivavam a agricultura para os grandes fazendeiros e até mesmo os caipiras criadores de bovinos em fazendas por todo o Brasil.

A busca pela produção e crescimento econômico sempre foi os motivos para a exploração de pessoas e a subordinação exacerbada, abusos psicológicos patronais e degradação do ambiente de trabalho.

Há um agravante ainda maior onde a pratica de subordinação vinha seguida do que é denominado Assédio Sexual, onde realizar-se o constrangimento do sexo oposto ou do mesmo sexo a praticar atividades sexuais sem a verdadeira vontade e consentimento da mesma, utilizando-se da sua posição social ou de hierarquia.

Dado o sistema disciplinar em que vivemos nos remete a rever a história principalmente brasileira a aceitar a realidade, onde esta historicamente provada que as práticas de assédio moral sempre existiram. Esse sistema favorece o superior que tem autoridade sobre seus subordinados que na maioria das vezes usa de seu poder para humilhar e depreciar tais pessoas para a obtenção dos resultados, utilizando práticas vexatórias das mais variadas.

Entendendo melhor este conceito, Assédio Moral é:

...toda e qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento,

atitude...) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a

dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando

seu emprego ou degradando o clima de trabalho.

Marie France Hirigoyen (2000)

Difere do Assédio Sexual que é definido e configurado por um ato, já o Assédio Moral configura-se no ambiente de trabalho com atos continuados e que realiza atividade profissional não eventual.

A palavra “trabalhar” tem origem no latim vulgar “tripaliare”, que significa torturar, e é derivado do latim clássico tripalium, antigo instrumento de tortura.

Através dos tempos, o vocábulo “trabalho” veio sempre significando fadiga, esforço, sofrimento, cuidado, encargo; em suma, valores negativos, dos quais se afastavam os mais afortunados. A mesma ordem econômica mundial que proporciona ao homem todo o conforto possível torna-o escravo do trabalho. Isto faz com que sofrimento e trabalho caminhem juntos dentro das organizações, uma vez que para atingir a produtividade desejada a organização do trabalho faz deste um fardo pesado e atingindo com mão-de-ferro.

Este local que deveria ser sagrado donde as pessoas tiram seu sustento aqui se mostra um cenário de violência no ambiente organizacional donde emerge um fenômeno, que apesar de invisível, vem merecendo especial atenção das organizações, dos funcionários e da sociedade como um todo devido aos danos que provoca.

Esta violência psicológica não tem características definidas pois assumem situações que abrangem da sutileza às agressões. Esta sutileza fica muitas vezes às escuras por traz de ordem de superiores, por subordinados que desconhecem os fatos ou temem a ira dos patrões.

Ainda vale ressaltar que até mesmo as metas estabelecidas nas empresas em alguns casos é um método utilizado para forçar a exaltão ao trabalho.

Historicamente falando a medicina do trabalho data de 1830, no entanto sua história e evolução conhecida vem dos Romanos como os pioneiros à estabelecer relação entre o trabalho e as doenças, já os metalúrgicos e os mineiros foram os primeiros a submeterem a estudos sobre doenças ocupacionais, entretanto, a sua expansão só ocorreu da forma significativa na primeira metade do século XX.

Os métodos o Taylorismo e do Fordismo necessitavam do operário sadio, com baixo índice de absenteísmo e alta produção. Pra isso o médico contribuía decisivamente no processo de seleção dos mais aptos e no atendimento na própria empresa que o Trabalhador pudesse retornar sem demora, a linha de montagem.

A violência moral nos ambientes de trabalho tornou-se objeto de estudo inicialmente na Suécia e depois na Alemanha, por iniciativa e mérito de um pesquisador em psicologia do trabalho, Heinz Leymann, que em 1984 identificou pela primeira vez o fenômeno. Na França, a psiquiatra Marie-France Hirigoyen foi uma das pioneiras a desenvolver estudos voltados para este tema, revelando em 1998, através do seu livro Assédio Moral, e depois em 2001, na obra Mal-Estar no Trabalho, que este tipo de assédio é uma rotina dentro das organizações, envolvendo abuso de poder e manipulação perversa, fatores responsáveis por prejuízos à saúde mental e física das pessoas.

O dano psíquico poderá ser permanente ou transitório. Ele se configura quando a

personalidade da vítima é alterada e seu equilíbrio emocional sofre perturbações,

que se exteriorizam por meio de depressão, bloqueio, inibições, etc.

Estes estados devem guardar um nexo de causalidade com o fato danoso.

Poderá ocorrer desse último não gerar o desequilíbrio emocional, mas agravá-lo.

Nessa última hipótese, aplica-se a com causa e

o responsável responde pelo

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