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Central de Gases Medicinais: Conceito, Aplicação e Instalação

Por:   •  6/9/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.373 Palavras (10 Páginas)  •  37 Visualizações

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Central de Gases Medicinais: Conceito, aplicação e instalação

Alexandre Francisco da Silva¹, Jefferson Davis Pena Cária²

Abstract—The medical gases installations are projected to supply the needs of the company, according to Brazilian Association of Technical Standards (ABNT) 12.188 - Centralized system of medical gases supply for medical of bases for medical devices and vacuum for use of the health service.

In this article will be studied medicinal centralized systems, concept, types of sources of supply, gas installation, features, applications of medical gases and vacuum systems.

Index Terms—Medical gases, cylinders, cryogenic tanks, ABNT 12.188.

Resumo—As instalações de gases medicinais são projetadas para suprir as necessidades da instituição, conforme norma Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 12188 - Sistemas centralizados de suprimento de gases medicinais de gases para dispositivos médicos e de vácuo para uso de serviço de saúde.

Neste artigo serão estudados os sistemas centralizados medicinais, conceito, tipos de fontes de suprimento, instalação de gases, características, aplicações dos gases medicinais e sistemas de vácuo.

Palavras chave—Gases medicinais, cilindros, tanques criogênicos ABNT 12.188.

I - INTRODUÇÃO

Os sistemas centralizados são representados por um conjunto formado de central de armazenamento, rede de distribuição, ramais, válvulas, dispositivos de segurança e postos de utilização.

Seu objetivo é manter centralizado o suprimento de gás com pressão e vazão reguláveis, garantindo integralmente a qualidade do mesmo até o ponto de consumo com total segurança.

II – GASES MEDICINAIS

São gases ou mistura de gases utilizados em humanos para fins de diagnóstico médico, para tratamento e prevenção de doenças ou para restaurar, corrigir e modificar funções fisiológicas [1].

III – PRINCIPAIS GASES MEDICINAIS

Argônio: Está presente na atmosfera em uma concentração de 0,934 % de volume ao nível da superfície terrestre. O ar é a

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de Telecomunicações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica e Engenharia Clinica. Orientador: Prof. Jefferson Davis Pena Cária. Trabalho aprovado em 05/2015.


única fonte conhecida para a extração de argônio puro, por esta razão sua produção se realiza pela destilação em uma planta de separação de gases do ar.

Características físico-químicas: Monoatômico, atóxico, incolor, inodoro e insípido. Faz parte de um grupo especial de gases raros, inertes. É aproximadamente 1,4 vezes mais pesado que o ar e é levemente solúvel em água.

Aplicação: aumenta a eficiência da coagulação na incisão com bisturi elétrico, alcançando maior eficácia no corte cirúrgico [2].

Ar. Medicinal: O ar medicinal pode ser obtido por cilindro com mistura de 79% de nitrogênio e 21% de oxigênio, ou através de uma unidade geradora de ar medicinal composta por dois compressores de ar, um principal e outro reserva, com a função de captar o ar do meio ambiente onde será comprimido e depois filtrado por um sistema de tratamento do ar composto por:

  • Separador de água;
  • Filtro fino;
  • Filtro extrafino;
  • Secador por refrigeração;
  • Secador por adsorção;
  • Torre de carvão;
  • Catalisador;
  • Filtro de partículas com certificado bactericida. Características físico-químicas: Gás incolor, inodoro, seco,

estéril, não inflamável e com massa molecular de 28,975. Aplicação: Uso em ventilador pulmonar e em Bloco

Cirúrgico (BC), Centro de Tratamento Intensivo (CTI), recuperação e também usado para secagem de instrumentais cirúrgicos [3].

[pic 1]

Fig. 1. Central de Ar Medicinal, 06/04/2015.

Dióxido de carbono (CO2): É obtido como subproduto de algumas combustões, passa por um processo de purificação no qual são extraídos os restos de água, oxigênio, nitrogênio,

argônio, metano e etileno, entre outros.

Características físico-químicas: Gás ligeiramente tóxico, inodoro, incolor e de sabor ácido. Não é combustível e nem alimenta a combustão. É 1,4 vezes mais pesado que o ar e evapora na pressão atmosférica a -78ºC.

Aplicação: Usado na geração de laser e no insuflamento das cavidades abdominais. Pode ser utilizado nos tratamentos de acidentes vasculares, cerebrais e isquêmicos. Misturado com nitrogênio/oxigênio, é utilizado na calibração de aparelhos para análise sanguínea e difusão pulmonar [2].

Oxigênio (O2): De forma industrial, é obtido pela destilação fracionada do ar liquefeito. Pode ser produzido em laboratório pela eletrólise da água ou pelo aquecimento do clorato de potássio sob ação do dióxido de manganês como catalisador [4].

É fornecido no estado gasoso em cilindros de aço, de alta pressão, até 200kgf/cm² e também no estado líquido em tanques criogênicos, a uma temperatura aproximada de - 183ºC, ou pode ser produzido através de usina concentradora de oxigênio, onde o ar depois de tratado será enviado ao sistema de Pressure Swing Adsorption (PSA), que consiste em dois reservatórios contendo peneira molecular de zeolita, interligados por válvulas com a função de retirar o nitrogênio do ar em alta pressão e o libera a baixa pressão, ou seja, enquanto um reservatório produz oxigênio o outro libera todo o nitrogênio retido, até que consiga 95% de oxigênio [5].

Características físico-químicas: Gás bastante reativo, incolor e inodoro, um dos elementos mais abundantes da terra, o ponto de ebulição a 10 psig são de – 18,98ºC e o ponto de fusão a 10 psig são de – 218, 79ºC. Tem uma cor azul pálido e é fortemente paramagnético [4].

Aplicação: É indicado nos casos de hipoxemia de qualquer origem, como enfermidades pulmonares obstrutivas, pneumonias, infarto do miocárdio e embolia pulmonar. Indispensável nos casos de reanimação cardio-respiratória, terapia intensiva e na anestesia. Também é utilizado na administração de medicamentos via inalação ou nebulização e de vital importância na terapia hiperbárica [2].

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