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Extração de gás de camadas de ardósia

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Por:   •  27/11/2014  •  Artigo  •  819 Palavras (4 Páginas)  •  247 Visualizações

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O gás de xisto é um gás natural não convencional que se encontra em rochas impermeáveis ou de baixa permeabilidade. Ele se encontra comprimido em pequenos espaços dentro da rocha.

A extração do gás das camadas de xisto começou a ser estudada pelos EUA nos anos 70, mas o processo era tão caro e complexo que inviabilizava a produção em larga escala. Só nas décadas seguintes a exploração comercial começou a se tornar realidade, com o desenvolvimento de duas tecnologias complementares.

A primeira, chamada de “perfuração horizontal”, permite acessar melhor o solo que abriga o gás de xisto. A segunda, denominada “fratura hidráulica”, facilita a remoção do produto. O poço aberto na perfuração recebe uma mistura de água, areia e diversos produtos químicos sob alta pressão para quebrar a rocha e liberar o gás, que então é levado para a superfície por uma tubulação.

O gás de xisto é destinado principalmente ao aquecimento de casas, geração de eletricidade e aplicações diversas em fábricas. O xisto é uma rocha capaz de produzir exatamente os mesmos subprodutos do petróleo, como óleo diesel, enxofre, alcatrão, gás, nafta, gasolina e querosene. Por isso foi diversas vezes apontado como o combustível do futuro, já que suas reservas aproveitáveis no mundo todo podem ser maiores que as do próprio petróleo. Produtos resultantes da extração e do tratamento do xisto estão sendo estudados para o uso na agricultura, o mineral possui propriedades que ajudam na fertilização do solo. Pode ser aplicado na agricultura o calcário de xisto para a correção do solo, os finos de xisto que são pedras muito pequenas para passar pelo processamento para a obtenção de óleo e gás, e o xisto retornado depois do processamento. Pesquisas realizadas através do convênio entre Embrapa e Petrobras afirmam que existem indicativos positivos para o milho, cana e feijão.

As reservas mundiais de xisto se encontram no Canadá, França, Polônia, China, Líbia, Argélia, China, Austrália, África do Sul, Argentina, EUA e México. Mas apenas os EUA e o Canadá vêm produzindo uma quantidade significativa desse gás seguido pela China que ainda produz muito pouco.

No Brasil, as reservas de xisto se localizam nas bacias de Parecis (Mato Grosso), Parnaíba (entre Maranhão e Piauí), Recôncavo (na Bahia), Paraná (entre Paraná e Mato Grosso do Sul) e São Francisco (entre Minas Gerais e Bahia).

O Brasil até então, não apresentou estrutura adequada para a extração do gás. O país é o décimo colocado em reservas de gás de xisto recuperáveis com 6,3 trilhões de metros cúbicos de jazidas no Centro-Sul, as reservas em terra podem superar as do pré-sal. O Brasil não tende a se atirar ao gás de xisto, pois recém começou a exploração do pré-sal, mas a nova riqueza não escapa aos olhos do governo. Boa parte das reservas de gás/óleo de xisto da Bacia do Paraná no Brasil e parte das reservas do norte da Argentina estão logo abaixo do Aquífero Guarani, a maior fonte de água doce de ótima qualidade da América do Sul. Logo, a exploração do gás de xisto nessas regiões deve ser avaliada com muita cautela, já que há um potencial risco de contaminação das águas deste aqüífero.

A ANP leiloou gás tradicional e de xisto em 12 estados. A arrecadação total foi de R$ 165 milhões. A grande maioria dos blocos ficou com a Petrobras, sozinha

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