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Forros nas construção civil

Por:   •  7/12/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.705 Palavras (7 Páginas)  •  2.554 Visualizações

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  1. Defina forro.

Segundo a BS 6100 o forro “consiste no revestimento da face inferior da laje ou de telhados de modo a constituir a superfície superior de um ambiente fechado”.

É elemento de revestimento e acabamento interno de um cômodo ou ambiente, sendo definido revestimento como os materiais com função de proteger ou auxiliar no aspecto estético de uma edificação.

Quando usado para o revestimento de lajes, pode ser constituído simplesmente de argamassa ou pasta, ou pode ser desnecessário, em virtude do acabamento desejado e das características de execução do componente estrutural.

  1. Escreva sobre a importância e função dos forros.

São vários os tipos de forros disponíveis na indústria da construção civil, com suas peculiaridades e propriedades específicas, porém independentemente de sua classificação, todos possuem as seguintes finalidades: acabamento interno de coberturas (função decorativa), definição volumétrica dos espaços internos (independentemente das coberturas), isolamento térmico e acústico, proteção passiva contra o fogo e possibilidade de uso em ambiente que exigem alto grau de higiene (como salas de hospitais e laboratórios). Com a aparição de novas tecnologias, é possível a criação de fundos falsos, omitindo ou ordenando as interferências visuais indesejáveis das redes de instalações prediais. 

A definição do forro muitas vezes se dá de acordo com a estética ou a praticidade do produto, o que é um erro. Vários aspectos devem ser analisados antes da decisão do material do forro. Porém, independentemente do material adotado, o forro sempre deve oferecer resistência mecânica e a facilidade de retirada e reposição de suas placas, além de permitir intercâmbio com as caixas de luminárias e futuras expansões no espaço.  

Deve-se discriminar a intensidade do isolamento acústico desejado de acordo com a finalidade do cômodo ou da edificação. Salas de espetáculos e hospitais, por exemplo, necessitam de uma maior vedação contra os sons e ruídos externos. Sendo assim indispensável analisar a intensidade do som emitido e qual parcela deste procura-se absorver. É importante também escolher materiais de fácil limpeza e que não percam a propriedade acústica depois de uma repintura.

Para ampliar o isolamento térmico do ambiente, pode ser adicionada uma camada de material isolante entre a cobertura e o forro, como por exemplo a lã de vidro, ou até mesmo utilizar o mesmo como forro necessitando apenas de um revestimento. Esses materiais imobilizam ar internamente e assim dificultam as transmissões de calor, proporcionando coeficientes de transmitância térmica extremamente baixos.

Facilitar a manutenção e evitar possíveis incêndios é muito importante ao se definir o tipo de forro que será utilizado em uma edificação, e neste meio se destacam os forros metálicos. Eles são os únicos absolutamente incombustíveis, anulando assim, qualquer possibilidade de constituírem foco de incêndio através do contato com a rede elétrica do teto, e limitando a intensidade e a velocidade de propagação de fogo eventualmente gerado em outro local. São eles os que melhor aceitam a incorporação de acessórios relacionados com as redes e instalações prediais. Forros feitos de outros materiais, como o gesso, também podem ser vantajosos em relação à incêndios, atuando como retardadores da propagação do fogo.

O forro de fibras minerais, por exemplo, mesmo sendo um bom isolante acústico e ser incombustível, é mais suscetível a patologias em contato com a água e nem sempre podem ser empregados em locais que exijam limpeza absoluta, o que seria incompatível com um hospital. Em ambientes como cozinhas, onde há chamas, forros de PVC mesmo sendo de um material de fácil limpeza, devem ser evitados, devido a sua baixa resistência ao fogo.

  1. Discorra sobre as classificações dos forros (fixação, acessibilidade e materiais utilizados).

Segundo Walid (2009):

“Os tipos de forro arquitetônico mais comumente usados, quanto às características de sua fixação, são três: forros colados, forros tarugados e forros suspensos.

 - Os forros colados são uma forma de proteção ou revestimento das faces internas dos planos de cobertura. Sua finalidade pode estar ligada a exigências de conforto ambiental (isolamento térmico ou absorção acústica) ou a intenções puramente estéticas. Os chamados forros colados tanto podem ser realmente colados por melo de adesivos especialmente desenvolvidos (sobretudo quando se trata de lajes de concreto) quanto podem ser pregados ou parafusados á estrutura principal (o que é comum nas coberturas de telhado).

- Os forros tarugados em madeira, PVC, gesso e estuque, exigem a execução de uma grelha portante em madeira ou aço, fixada às paredes ou à estrutura do edifício. Além da sustentação, essa grelha serve para limitar os vãos, a serem recobertos, às dimensões compatíveis com cada material empregado no recobrimento. As réguas de madeira são pregadas ao madeiramento, enquanto as de PVC podem ser rebitadas (em tarugamento metálico) ou pregadas (em tarugamento de madeira). Os forros em placas de gesso podem ser fixados com grampos metálicos inclusos, enquanto os de estuque (constituídos de argamassa de areia, gesso e cal, moldada in laco) se apoiam sobre uma tela de arame trançado ou chapa de aço recortada e estirada (deployé), que é previamente pregada no tarugamento.

- A principal característica que distingue os forros suspensos modulados dos antigos forros colados e tarugados é o seu sistema de fixação baseado em uma estrutura portante flexível e polivalente: tirantes metálicos reguláveis fixados à cobertura do ambiente, suspendendo uma grelha de perfis metálicos em que são presos os painéis de fechamento. A primeira consequência desse sistema de fixação é que resulta relativa independência entre a estrutura do edifício e a estrutura do próprio plano do forro. Outra característica fundamental, que decorre do recurso ao sistema lay in, é a mobilidade. Quase todos os forros suspensos podem ter os seus painéis de fechamento removidos e substituídos, sem prejuízo da estrutura portante, facilitando o acesso ao sobreforro. Dessa maneira, esse espaço situado entre o forro e o plano de cobertura, também conhecido como plemim, pode ser mais bem aproveitado como caminhamento de dutos, cabos e canalização, reduzindo o custo das instalações e facilitando sua manutenção. Essas duas propriedades só não são válidas para os forros lisos de gesso (não modulados) que, mesmo construídos a partir de placas suspensas, acabam funcionando como os superados forros de estuque, formando uma superfície monolítica arrematada diretamente sobre as paredes periféricas. Os forros suspensos modulados possuem três componentes principais: fixador, porta-painel e painel. Os dois primeiros compõem a estrutura de sustentação, enquanto o terceiro responde pelo resultado estético e funcional do forro. A esses três componentes básicos, uma série de acessórios e arremates pode ser acrescentada conforme cada caso. Os fixadores são quase sempre tirantes de aço dotados de dispositivos para regulagem de nível. Os porta-painéis são invariavelmente metálicos, podendo ser constituídos simplesmente de perfilados de aço ou alumínio extrudado, ou de perfis associados a outras peças metálicas ou plásticas, destinadas a facilitar a colocação/remoção dos painéis. Estes, que são a lace visível do forro, podem ser confeccionados com os mais variados materiais e apresentar os mais diversos desenhos e configurações: placas e bandejas, réguas (forros lineares), colméias, lâminas verticais e outras. O material constitutivo dos painéis permite uma outra tipologia dos forros, assim resumida:

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