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Geotecnologias Aplicada na Análise Evolutiva da Perda Florestal

Por:   •  27/1/2020  •  Artigo  •  1.881 Palavras (8 Páginas)  •  152 Visualizações

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Geotecnologias Aplicada na Análise Evolutiva da Perda Florestal no município de

Rolim de Moura, Rondônia

David Cavalcante Costa Ribeiro[1]

RESUMO

Palavras-chave: Sensoriamento remoto, Expansão urbana, Uso e ocupação da terra.

INTRODUÇÃO

O crescimento urbano tem ocorrido de modo intenso e desordenado em grande parte das cidades brasileiras nas últimas décadas. O déficit de informações precisas e atualizadas a respeito do crescimento populacional tem demostrado grandes dificuldades aos órgãos públicos para criar políticas de planejamento capaz de acompanhar e controlar tal expansão (MORATO et al,2011).

O processo de ocupação do Estado de Rondônia teve início devido a abertura da BR-364 em meados de 1960 durante o governo de Juscelino Kubitschek. Por conta da pavimentação da BR-364 houve um intenso fluxo migratório para o Estado, proveniente principalmente do Sul e do Sudeste, o que favoreceu o povoamento da região. De 1980 a 1985 a população de Rondônia ampliou a uma taxa exponencial de 14,8% ao ano, enquanto o desmatamento nesta ocasião teve uma taxa de 24,8% ao ano. Esta taxa de desmatamento está estreitamente associada aos sistemas humanos de uso que suprem a floresta (ANDRADE, 2011).

Em relação ao uso e ocupação do solo em Rondônia, as áreas abertas no estado excederam cinco milhões de hectares. Entre os elementos que compõem a área aberta, destaque a pastagem plantada que aumentou de 879.304 mil para 2.578.700 ha entre 1985 e 1995 (LIMA,2014).

Atualmente, a aplicação da tecnologia de Sensoriamento Remoto aliado com os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) (Geotecnologias) tem sido um dos principais recursos utilizados para a análise e monitoramento da expansão urbana, bem como no mapeamento do uso e ocupação da cobertura vegetal do solo.

Dessa forma, a tecnologia de sensoriamento remoto apresenta-se como uma alternativa com grande potencial de ser utilizado no monitoramento, planejamento ambiental e gestão das cidades. Além de se obter dados da superfície terrestre o que nos permite fazer avalições das condições ambientais da terra.

Nesse contexto, a proposta deste trabalho é classificar e realizar uma análise multitemporal da cobertura vegetal dos anos de 1986 e 2018 no município de Rolim de Moura, buscando  retratar as modificações ocorridas em decorrência da ocupação urbana, bem como mensurar o percentual de desmatamento ocorrido durante 32 anos, mediante a combinação de tecnologias de sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas.

MATERIAIS E MÉTODOS

O local do presente estudo é o município de Rolim de Moura (Figura 1), pertencente ao estado de Rondônia. Situado entre as coordenadas geográfica, latitudes 11°45’30” S e longitude 62°0’0” W, 61°40’0” W, com uma área territorial de 1.457,888 km²  e uma população estimada de 54.702 pessoas( Estimativas da população residente com data de referência 1 de julho de 2017)(IBGE,2018).

https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ro/rolim-de-moura.html?

O município apresenta 14.6% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 65% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 3.1% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).(IBGE,2010)

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro/rolim-de-moura/panorama

[pic 1]

Figura 1 – Mapa de localização dos municípios de Rolim de Moura.

Obtenção de dados

Primeiramente foi realizada a obtenção das imagens nos dois anos de interesse (1986 e 2018) que compreende a área de estudo. As imagens foram adquiridas gratuitamente junto ao catálogo de imagens do INPE, após serem capturadas pelos satélites, estando disponível para download. Foi necessário realizar o pré-processamento das cenas utilizada no que diz respeito à georreferenciamento, registro, correção de erros de processamento e aplicação de contrastes nas bandas utilizadas, de modo a preparar as imagens para posterior aplicação no trabalho.

Para se obter a área de estudo utilizou-se das órbitas 230/231 e ponto 068, para ambas as imagens. Foi utilizada as imagens do dia 03/08/1986 e 10/08/1986 para o Landsat 5-TM que apresenta uma resolução espacial de 30 x 30 m, e do dia 08/08/2017 e 17/07/2018 para o Landsat 8-OLI que também possui uma resolução espacial de 30 x 30 m.

Processamento das imagens

Todos os procedimentos que envolvem o processamento, tratamento de dados e elaboração de mapas da área de estudo, foram conduzidos através dos softwares SIG Spring 5.5.5 e ArcGIS Desktop versão 10.2® do ESRI.

 O primeiro procedimento metodológico realizado foi o registro das matrizes, a partir da metodologia preconizada por Linhares (2013), georreferenciamento de imagens por meio da associação de pontos, tendo como referência a malha viária e ou Rios, tornando as coordenadas das imagens conhecidas nas suas correspondentes bases vetoriais, num dado sistema de referência utilizado (Sirgas 2000, Zona 20 S). Utilizou-se 8 pontos para fazer os registros das imagens de 1986, devido a maior dificuldade de identificação da malha viária, obtendo - se um erro na ordem de 0,314 a 0,481, enquanto para as imagens de 2017 e 2018, atribuiu - se somente 6 pontos, com isso obteve-se de erro 0,500, 0,445, respectivamente. Tornando-se aceitável pela comunidade cientifica em ambos os casos, já que o erro tolerável é de no máximo 0,5.

Com relação a composição RGB, utilizou-se 3 bandas da imagem, sendo que cada banda é associada à uma das três cores, ficando estruturada da seguinte forma R (vermelha), G (verde) e B (azul) para as bandas 3, 4 e 5 do Landsat 5-TM, e 4, 5 e 6 para o Landsat 8-OLI, respectivamente.

O segundo procedimento envolvido foi realização da segmentação pelo método de Crescimento de Regiões para ambas as imagens. Nesta etapa considera-se dois parâmetros, sendo o primeiro a similaridade no valor de 1,que se comporta como restritivo ou não para os tons de cores, e o segundo a área de pixels no valor de 40, está irá considerar a quantidade mínima de pixels que vai haver separação dos elementos de cores, considerando neste caso a segmentação para a imagem de 1986. Para a similaridade e área de pixels da segmentação da imagem de 2018, adotou-se 1000 e 40 respectivamente. Desta forma, para duas regiões serem consideradas distintas, a distância entre suas médias deveria ser superior aos valores empregados em ambos os casos. Os valores demonstraram-se resultados bastantes satisfatórios.

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