TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

HISTÓRICO SOBRE O SURGIMENTO DAS MISTURAS MORNAS

Por:   •  22/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  880 Palavras (4 Páginas)  •  233 Visualizações

Página 1 de 4

  1. MISTURAS MORNAS

O presente relatório trata sobre misturas mornas, principalmente no que diz respeito a sua definição, histórico, tecnologias utilizadas, vantagens e desvantagens das mesmas.

Basicamente, existem quatro tipos de misturas asfálticas de usina, classificadas de acordo com a temperatura empregada na produção: misturas a quente, a frio, as misturas semimornas e as mornas. As duas últimas possuem temperatura final de usinagem entre as temperaturas das misturas a quente e das misturas a frio, sendo que a misturas semimornas possui temperatura final abaixo de 100°C (D’ÂNGELO, 2008; PROWELL; HURLEY, 2007 apud MOTTA, 2011).

A maior parte da indústria de asfalto nos Estados Unidos define a tecnologia misturas mornas como um material que essencialmente tem a mesma mistura volumétrica básica e propriedades de desemprenho que as misturas  convencionais à quente (HARRIGAN, 2012 apud MERIGUI , 2015, p. 26), no entanto é produzida sob temperaturas menores, com redução de 28°C ou mais (BONAQUIST, 2011 apud MERIGUI, 2015, p. 26).

Segundo o projeto de Norma do DNIT (2016), Pavimentação – Misturas Asfálticas Mornas com uso de surfactante – Especificação de serviço, a mistura asfáltica morna com surfactante, pode ser empregada como camada de rolamento, camada de ligação, base e reperfilagem. Ela não pode ser executada em dias de chuva ou quando a superfície estiver úmida e deve ser fabricada, transportada e aplicada quando a temperatura ambiente for superior a 5°C.

2. HISTÓRICO SOBRE O SURGIMENTO DAS MISTURAS MORNAS

O setor rodoviário seguiu a tendência mundial de buscar técnicas e tecnologias que contribuíssem para questões ambientais. Neste contexto surge a mistura asfáltica morna, em uma tentativa de diminuir a emissão de poluentes e o consumo energético do setor.

 

A possibilidade de diminuir a temperatura de misturas asfálticas apareceu pela primeira vez em 1956, quando o professor da Iowa State University, Dr. H. Ladis Csanyi, percebeu o potencial do asfalto espumado como camada selante em solos (KRISTJANSDOTTIR, 2006 apud BUDNY, 2012).

O assunto é recente, sendo apresentado primeiro no German Bitumen Forum em 1997 (PROWELL; HURLEY, 2007 apud MOTTA, 2011). Depois, um programa para investigar métodos que permitissem a produção de misturas asfálticas em uma temperatura menor que as convencionais misturas à quente foi iniciado pela associação alemã de asfalto (DAV). O programa foi chamado de “Low Temperature Asphalt” (BARTHEL et al., 2004 apud MOTTA, 2011).

As primeiras misturas asfálticas mornas foram utilizadas em pavimentos na Alemanha e na Noruega (PROWELL; HURLEY, 2007 apud MOTTA, 2011). Em uma comunidade norueguesa chamada Hunndalen, foi construída, em 1996, uma pista experimental composta de uma mistura asfáltica morna densa próxima a um segmento composto de mistura à quente para que pudesse ser feita uma comparação a partir das informações coletadas nos dois trechos. A tabela 1 sintetiza os resultados, mostrando os benefícios da utilização da mistura morna, como a redução do consumo de combustível, emissão de poeira e gás carbônico (OTTO, 2009). Esses benefícios serão explicados posteriormente no trabalho.

Tabela 1 – Detalhes da produção de Asfalto em pista experimental.

(VEIDEKKE, 1996 apud OTTO, 2009).

[pic 1]

Barthel et al., (2007) apud Otto (2009) apresentou no Congresso Eurobitume de 2004 a introdução  de um aditivo zeolítico em misturas mornas, que melhorou a trabalhabilidade da mistura.

Além das misturas mornas, ainda existem as chamadas misturas asfálticas semimornas que foram desenvolvidas na França e podem ser preparadas e aplicadas abaixo de 100 °C. (MOTTA, 2011).

 Em 2006, foi lançado na Alemanha um boletim que estabelece, por exemplo, a temperatura de usinagem e de compactação de acordo com o asfalto utilizado. Na França, o Departamento de Estudos Técnicos de Vias e de Rodovia, o SETRA, passou a emitir certificações às tecnologias das misturas mornas e recomendar aos empreiteiros que utilizassem apenas as misturas certificadas (D’ANGELO et al.,2008 apud MOTTA, 2011).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6 Kb)   pdf (162 Kb)   docx (84.4 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com