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Higiene E Saude Do Trabalho

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Por:   •  19/4/2013  •  1.837 Palavras (8 Páginas)  •  2.486 Visualizações

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1) Importância da Segurança do Trabalho no Setor da Siderurgia:

A siderurgia é, sem dúvida, a espinha dorsal que sustenta a produção industrial dos países mais desenvolvidos. A produção e o consumo de metais ferrosos - aço e ferro fundido - é um dado muito importante que mede a saúde econômica e o grau de desenvolvimento desses países.

O setor siderúrgico brasileiro compõe-se de 36 empresas produtoras de aço, das quais:

• 13 são usinas integradas, ou seja, operam todas as fases do processo de produção do aço - preparação, redução, refino e

conformação;

• 21 são semi-integradas, ou seja, processam sucata, gusa ou ferro-esponja, nas fases de refino e conformação;

• 2 são não-integradas, ou seja, operam apenas a fase de

redução.

No alto-forno, o minério de ferro é reduzido para gusa. O alto-forno é alimentado a partir do topo com coque e minério de ferro. Ar quente (chegando a 1.200 °C) é soprado a partir da parte inferior para o alto-forno. O coque reage com o ar e forma CO, resultando em um calor de aproximadamente 2.200 °C. O CO em movimento ascendente, reduz o minério de ferro em ferro. O gás produzido pelo alto-forno é recolhido no topo, enquanto escórias e gusa são depositados na parte inferior e coletados ou recolhidos, através de um orifício com tampa removível.

Na Siderurgia os colaboradores passam parte de sua jornada diária diante de fortes fontes de calor. Essas pessoas frequentemente enfrentam condições adversas de calor que representam certos perigos para a sua segurança e saúde, como:

Confusão mental, Delírio, Perda da consciência, Convulsão, Esgotamento, Câimbras entre outras.

Então a Segurança e Medicina do Trabalho tem como finalidade fazer cumprir normas relacionadas a Lei 6.514 de 22 de Dezembro de 1977 – Portaria 3.214 de 8-6-1978, que pode ser entendida como o conjunto de medidas adotas visando minimizar os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais, bem como para proteger a integridade e a capacidade de trabalho de cada colaborador.

2) Principais riscos para os colaboradores que trabalham no setor de alto forno e suas consequências:

Assim como os processos de redução a produção de aço apresenta uma grande gama de riscos físicos, como o calor e o ruído gerado pelos sopradores ou pelo arco voltaico, atingindo facilmente níveis acima de 105dB(A).

Como riscos químicos o CO e os fumos metálicos, cuja exposição é muito maior nesta etapa do processamento.

A poeira de refratários constitui outros riscos nesta etapa, proveniente da recuperação de panelas e conversores, que após algumas dezenas de corridas devem ter seus refratários reparados.

Os riscos de acidentes também são eminentes devido a transportes de produtos através das pontes rolantes e outros equipamentos internos.

A atividade de siderurgia inclui uma grande variedade de processos industriais. Observamos essa variação de processos quando comparamos empresas distintas ou mesmo quando analisamos uma única planta industrial, o que confere à siderurgia a característica de concentrar em espaços relativamente pequenos os mais diversos riscos ("hazards") químicos e físicos, p. e. Benzeno na coqueria e temperaturas elevadas no alto forno; fatores ergonômicos, p. e. inadequação de postos de trabalho; e atividades associadas a risco de acidentes, p. e. transporte ferroviário e utilização de ponte rolante. Alguns desses riscos estão presentes em todas as siderúrgicas, outros são encontrados apenas em algumas delas.

Citamos como exemplo o benzeno. Esse produto químico, que representa uma ameaça aos trabalhadores por ser cancerígeno, assume importância nas siderúrgicas integradas, pois estas produzem grandes quantidades de benzeno durante a coqueificação do carvão que é utilizado nos altos-fornos. Esse risco inexiste nas siderúrgicas que utilizam forno a arco elétrico ou o carvão vegetal em substituição ao coque.

Sempre que possível as siderúrgicas devem ser inspecionadas por equipes de AFT – Auditoria Fiscal do Trabalho, os quais devem solicitar, quando necessário, o apoio de outros órgãos, entidades ou instituições, como Ministério Público, FUNDACENTRO, Secretarias de Saúde e INSS. No caso de inspeção que possa envolver a exposição ocupacional ao benzeno em uma siderúrgica integrada, os AFT devem contatar a Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) ou a Comissão Regional, caso exista, para integrar suas ações.

As inspeções nas siderúrgicas devem ser registradas através de relatórios para permitir um histórico das ações desenvolvidas. Esses históricos devem ser elaborados visando a continuidade das inspeções pelo MTE, assim como para fornecer subsídios, em caso de solicitação, para a CNPBz ou para as Comissões Regionais e Estaduais do Benzeno.

3) EPI´s utilizados pelos colaboradores e a descrição detalhada de cada um deles:

Todas as empresas são obrigadas a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos de proteção individual (EPI) adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, em conformidade com a NR – 6 da Portaria 3214/78. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. No caso da Siderurgia, para trabalhas em alto forno os EPI´s utilizados são:

1) Proteção para Cabeça (Crânio)

Capacete de segurança - proteção contra impactos provenientes de quedas ou projeção de objetos, agentes meteorológicos e, queimaduras ou choque elétrico. O capacete de segurança pode ser utilizado com diversos acessórios como capuz (proteção contra o frio), protetor facial, protetor auditivo, máscara de soldador e suporte para lanterna (na mineração).

2) Proteção para o Cabelo.

Podem ser utilizados o boné de forneiro/fundidor (com viseira e filtros de luz para proteção contra luminosidades excessivas e poeiras) e o capuz com visor (com filtros de

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