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História do Rádio

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Por:   •  11/5/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.285 Palavras (10 Páginas)  •  234 Visualizações

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História do Rádio

No final do século 19, o mundo está passando por uma nova revolução industrial, ditada pela eletricidade.

Nesse momento, não são apenas a máquinas e o ritmo de produção industrial que ganham velocidade: as cidades crescem rapidamente, os transportes mais rápidos permitem que mais pessoas se desloquem, uma nova sociedade se constitui. O entorno se apequena e perde importância, e a imprensa sozinha já não dava conta de atender as novas exigências por informações

O rádio é resultado de uma trajetória, que vem, junto com o cinema e a televisão, colaborar para que a comunicação abandonasse a hegemonia do texto escrito para incorporar a imagem e o som.

(COSTA, Cristina. Ficção, Comunicação e Mídias. São Paulo: SENAC, 2002).

Nesse primeiro momento, na virada do século 19 para o século 20, a busca por um invento que permita comunicar com voz falada a longas distâncias é fruto principalmente da necessidade de comunicação. Nos primeiros vinte anos do novo século, no entanto, o rádio vai se reconfigurar – mantém a importância como meio de circulação da informação, mas adquire também a forma de entretenimento.

O próprio contexto do final do século 19 favorece ao surgimento de inúmeras pesquisas sobre tecnologia, que vão se completando devido à “rapidez” da circulação da informação.

Nos princípios da década de 1790, o engenheiro francês Claude Chappe inventou a palavra telégrafo, do grego “escrever à distância”, para um invento que se valia de três réguas de madeira articuladas colocadas na parte alta de um poste ou edifício, cuja finalidade era comunicar algo à distância.

(OBICI, Giuliano Lamberti. Condição da escuta: mídias e territórios sonoros. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008).

Em maio de 1844, o americano Samuel Morse envia a primeira mensagem à distância através do telégrafo (primeiro sistema de comunicação de longa distância do mundo). O código que permitia compreender a mensagem, formado por pontos e traços, ou interrupções longas e curtas entre transmissões de eletricidade, foi nomeado Código Morse em sua homenagem. Entre 1850 e 1890, novas conquistas ampliam a velocidade da comunicação: várias mensagens são enviadas simultaneamente por uma única linha telegráfica, e é implantado o primeiro cabo telegráfico transatlântico - entre a Irlanda e a ilha de Terra Nova (Canadá). Surge também o primeiro cabo submarino da América do Sul (2.500 km entre Rio de Janeiro e Uruguai)

Em outros campos, o da captação e do registro de som, alguns inventores obtêm significante sucesso: Alexandre Graham Bell inventa o transdutor magnético, ou microfone, que vai ser aproveitado em outra invenção dele: o telefone. Thomas Edison inventa o fonógrafo, aparelho capaz de capturar e gravar sons em cilindros de cera. Outro inventor, Émile Berliner, inventa um aparelho que capta e grava sons em discos.

Já a transmissão de sinais sem fio começa sua história com James Clerck Maxwell, que em 1863, na Inglaterra, demonstrou teoricamente a provável existência das ondas eletromagnéticas. James era professor de física experimental e a partir desta revelação outros pesquisadores se interessaram pelo assunto. O alemão Heinrich Rudolph Hertz foi um deles. O princípio da propagação radiofônica veio mesmo em 1887, através de Hertz. Ele fez saltar faíscas através do ar que separavam duas bolas de cobre. Por causa disso os antigos "quilociclos" passaram a ser chamados de "ondas hertzianas" ou "quilohertz".

Com a descoberta do uso das ondas eletromagnéticas, o caminho para a radiodifusão estava aberto: faltava apenas juntar as diferentes peças desse jogo. Em 1895, o russo Aleksander Popov inventa uma antena capaz de receber freqüências baixas, na faixa de 30kHz. No mesmo ano, na Itália, Guglielmo Marconi consegue realizar o que ficou conhecido como a primeira transmissão de sinais sem fio primeiro por uma distância de 400 metros, e em seguida de 2 mil metros. Em 1896, Marconi registra, na Inglaterra, patente para sistema de comunicações sem fio, que mais tarde usa para receber e transmitir sinais em código Morse em um raio de até 3 km de distância.

A criação do rádio, como conhecemos hoje, avança então a partir das patentes de Marconi. Entre 1895 e 1906, Oliver Lodge inventa um circuito elétrico sintonizado: mudança de sintonia selecionando a frequência desejada entre as muitas captadas por uma antena. Marconi faz uma transmissão através do Canal da Mancha enviando sinais de Dover (Inglaterra) para Wimereux (França), e consegue patente do processo que permite ao operador do equipamento selecionar o comprimento de onda.

Em resumo, em junho de 1896, em Londres, Marconi registrou a primeira patente de um sistema de radiocomunicação, inventado com base em pesquisas de Faraday, Maxwell, Hertz e outros. Marconi aproveitou o coesor de Branly, a antena de Popov e a sintonia desenvolvida por Lodge (seleção de freqüência). Em julho de 1896, Marconi emitiu sinais de radiofreqüência até 100 metros do ponto de transmissão. No mesmo ano, ampliou a distância para 2 km. No ano seguinte, atingiu 13 km. No início do século XX, o Atlântico Norte era cruzado por sinais de radiotelegrafia.

No século 20, os avanços continuam em ritmo acelerado. Em 1901, Marconi realiza a primeira transmissão transatlântica sem fio: usando código Morse, ele transmite entre Inglaterra e Canadá. 1903 viu a instalação de uma estação de telégrafo de longa distância na Torre Eiffel, permitindo que o London Times e o New York Times recebam informações sobre a guerra entre a Rússia e o Japão. Comercialmente, ainda não era possível transmitir sons, apenas sinais. Surge o diodo, uma válvula iônica de dois eletrodos que possibilita finalmente a transmissão do som, e são descobertas as propriedades da galena como detector de sinais radioelétricos.

Em outubro de 1906, Lee de Forest patenteia, nos EUA, o tríodo - uma válvula de três eletrodos que permite a detecção, transmissão e amplificação dos sinais de rádio. O canadense Reginald Fessenden constrói o primeiro alternador de alta freqüência. Com Forest, realiza no natal aquela que ficou conhecida como a primeira transmissão radiofônica do mundo e a primeira transmissão da voz humana pelo rádio. Emitiram o som de um violino, trechos da Bíblia e de uma gravação fonográfica.

O próprio contexto do final do século 19 favorece ao surgimento de inúmeras pesquisas sobre tecnologia, que vão se completando devido à “rapidez” da circulação da informação.

Nos princípios da década de 1790,

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