INTERAÇÃO HUMANO COMPUTADOR: Resumos Dos Capítulos 4 E 5.

PROCESSOS DE DESIGN DE IHC

Em nosso dia a dia, utilizados vários artefatos, como copo, pente, sofá, carro, musica, dentre outros. Artefatos são produtos artificiais, que alguém define sua função, forma, qualidade e o constrói. O uso desses artefatos está diretamente interferindo em nosso cotidiano, definindo maneiras de se fazer coisas, e trazem consequências positivas e negativas, como ao usar uma bicicleta para se locomover temos uma vida mais saudável e uma economia com o gasto de combustível. Porem o dono da bicicleta precisa comprar vários equipamentos e reservar um local da casa para a bicicleta, isso pode ser visto como uma intervenção negativa.

Ao analisarmos a forma como esses artefatos interagem com os outros artefatos e com as pessoas, podemos encontrar alguns problemas, características, que podemos melhorar. Essa atitude envolve as atividades do design de analise, estudo da situação atual, como ela pode ser melhorada, síntese, planejamento e execução de uma intervenção, como é e como ficaria melhor, normalmente é a resposta da pergunta da analise, e avaliação, verificação do efeito dessa intervenção, comparando com a situação inicial, pode ser feita durante a concepção e antes da introdução da intervenção para tentar prever impactos e consequências negativas ou depois da aplicação da intervenção para verificar os impactos ocorridos.

A atividade do design pode ser interpretada sob varias perspectivas, umas delas é o racionalismo técnico. Nessa perspectiva, o designer pressupõe que, para um determinado problema, há soluções conhecidas ou métodos bem definidos e precisos para gera-las. Essas soluções e métodos empregam leis, princípios, normas e valores geralmente estabelecidos pela natureza, com base nas ciências exatas como física química e matemática.

Outra perspectiva, oposta a do racionalismo técnico, é a de reflexão em ação. Nessa perspectiva uma situação do cotidiano pode estar associada a um problema que é considerado único. Consequentemente as soluções encontradas também serão únicas. O designer procura descobrir características particulares de sua situação e a partir dessa descoberta projeta uma intervenção.

Na perspectiva de reflexão em ação, o designer, ao identificar as particularidades do problema e analisar as possibilidades e limitações das tecnologias disponíveis, formula um problema único. Sendo assim ele pode resolver esse problema usando sua criatividade livremente ou utilizar de métodos conhecidos. Ou seja, a reflexão e ação ocorre quando o designer interage com a representação, refletindo, avaliando e aprendendo sobre o que esta fazendo enquanto faz.

Em IHC, na tentativa de resolver um problema, algumas pessoas aplicam diretamente padrões de interface no projeto, utilizando a perspectiva de racionalismo técnico. Entretanto, esses padrões não fornecem soluções prontas para um problema genérico, mas sim um conjunto de soluções para problemáticas especificas.

Conceber uma solução adequada ao problema não é uma tarefa simples, ela exige do designer algumas habilidades e conhecimentos:

• Criatividade e capacidade de analise para criar e modelar ideias;

• Capacidade critica e julgamento para decidir;

• Capacidade de comunicação e negociação para trabalhar com clientes, usuários e desenvolvedores;

• Conhecimento sobre as tecnologias disponíveis para projetar qualidades estruturais e funcionais;

• Conhecimento sobre valores e ideais dos envolvidos para projetar qualidades éticas

• Capacidade de apreciar e compor coisas agradáveis aos sentidos para projetar qualidades estéticas.

Nos processos de design em IHC a execução das atividades é de forma iterativa, permitindo refinamentos sucessivos da analise da situação atual e da proposta de intervenção. No começo do processo, o designer analisa a situação. Quando ele considera ter adquirido conhecimento suficiente ele sintetiza uma intervenção. Enquanto ele projeta pode sentir a necessidade de conhecer mais ou rever uma interpretação sobre a análise da situação atual, voltando a atividade anterior para ampliar, refinar ou reformular sua interpretação, numa nova iteração do processo.

Podemos ter um design dirigido pelo problema ou pela solução, de acordo com a quantidade de tempo e esforço gasto na analise da situação e na exploração das possíveis intervenções. No primeiro se gasta mais tempo na analise da situação e no segundo na exploração das possíveis intervenções.

Os processos de design de IHC são centrados nos usuários e destacam a importância de envolver os usuários durante as atividades, dando-lhes a oportunidade de participar das decisões tomadas, e seguem estes princípios:

• Foco no usuário: deve atender as necessidades do usuário e ajuda-los a alcançarem seus objetivos;

• Métricas observáveis: deve permitir a realização de experimentos onde pessoas representando os usuários possam testar protótipos;

• Design iterativo: quando problemas forem encontrados durante os experimentos eles devem ser corrigidos.

Durante o design da interação e da interface, o designer explora diferentes ideias em alternativas de design para elaborar uma solução adequada as necessidades e aos requisitos definidos na atividade de analise. Para melhor avaliar o design, o designer constrói versões interativas das propostas de solução. Isso facilita a participação dos usuários durante a avaliação de IHC.

Existem varias propostas de processos de design de IHC, dentre elas: ciclo de vida em estrela, engenharia de usabilidade, design contextual, design baseado em cenários, design dirigido por objetivos e o design centrado na comunicação.

CICLO DE VIDA EM ESTRELA:

É composto por seis atividades: analise de tarefas, especificação de requisitos projeto conceitual e especificação do design, prototipação, implementação e avaliação. A análise de tarefas é a atividade responsável pelo aprendizado da situação atual. A especificação de requisitos consolida uma interpretação da analise. A atividade geral de síntese é composta por: projeto conceitual, onde a solução de IHC é concebida, prototipação, na qual versões interativas são elaboradas, e implementação, onde o sistema interativo final é desenvolvido. A atividade central é a de