LEVANTAMENTO DE BIBLIOGRAFIA SOBRE SANEAMENTO BÁSICO: BACIA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO UMA NOVA TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO

LEVANTAMENTO DE BIBLIOGRAFIA SOBRE SANEAMENTO BÁSICO: BACIA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO UMA NOVA TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO

MORAES, Laiane Garcia de Almeida

Discente da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

GARCIA, Felipe Manente

Docente da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

RESUMO

O presente trabalho tem como foco a explanação da importância do tratamento de esgoto para o ser humano e mostrar uma nova técnica usada para tratamento de esgoto a chamada BET (Bacia de Evapotranspiração), e demonstrar os processos de sua execução, mostrando que é uma forma de tratamento de esgoto além de eficiente, de fácil implantação, baixo custo, e manutenção simples.

Palavras-chave: saneamento, fossa séptica, bacia de evapotranspiração, engenharia.

Tema central: Engenharia Civil

ABSTRACT

The present work focuses on the explanation of the importance of sewage treatment for the human being and show a new technique used for sewage treatment plant the call bet (Basin of evapotranspiration), and demonstrate the processes of its execution, showing that it is a form of sewage treatment in addition to efficient, easy to deploy, low cost, and simple maintenance.

Key-words: sanitation, septic tank, evapotranspiration basin, engineering.

Theme: Engineering.

1. Introdução

Com o crescimento desordenado nas cidades depois da revolução industrial, fez com que a carga de resíduos aumentasse e assim Dantas (2012) mostra a necessidade da implantação de novas técnicas para tratar esses resíduos. Para locais onde o tratamento correto de esgoto era menos acessível, foi desenvolvida uma forma alternativa usada até os dias atuais em algumas regiões mais afastadas, a fossa rudimentar, solução temporária para que não houvesse contaminação direta de rios e afluentes, porém por não possuir uma estrutura estanque, a infiltração de seus resíduos pode vir a contaminar lençóis freáticos ou rios.

Segundo dados do IBGE (2011) 90% da população brasileira possui abastecimento de água, porém destes nem 50% conta com tratamento devido do esgoto. Por conta dessa grande necessidade de estender este serviço para maiores camadas da sociedade, Kaick (2002) mostra que se tem buscado meios tecnológicos para que o tratamento de esgoto possa chegar nas áreas mais remotas, onde o tratamento tradicional não é acessível.

Visto a grande necessidade de novas formas de tratamento de esgoto, este trabalho vem mostrar os benefícios do uso da Bacia de Evapotranspiração, também conhecida como Fossa de Bananeiras (PAMPLONA E VENTURI, 2004).

1. Saneamento básico

Conforme Oliveira (2003) a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como conceito de saneamento o conjunto de fatores que podem causar efeitos sobre o homem, seja ao seu físico, social ou mental.

A Lei 11.445 de 05 de janeiro de 2007 define claramente como sendo o conjunto de ações para melhoria da infraestrutura no que se trata de itens básicos como esgotamento sanitário, abastecimento de água, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem de águas pluviais, dentre outros itens (BRASIL, 2007).

Se tratando do histórico de sistema de tratamento de esgoto, pode-se dizer que os primeiros datam de 3.750 a.C. na Babilônia e na Índia (TONANI, 2008).

Menezes (1984) conta que na Idade Média o conhecimento teve uma involução, ou seja, o que havia sido conquistado até então em termos de higiene, tratamentos sanitários, veio a decair de forma drástica, e veio a causar diversas epidemias.

Conforme Tonani (2008) por volta do século XVI d.C. o cuidado com a saúde pública começou a crescer novamente, e daí para a frente a infraestrutura das cidades com relação ao saneamento básico aumentou gradativamente, com a pavimentação de ruas, construção de dutos de drenagem e banheiros com vasos.

Ao final do século XIX a qualidade de vida nas cidades realmente começou a melhorar, as tubulações e bombas para drenagem do esgoto começaram a ser implantadas, porém como eram usadas águas da chuva para auxiliar nessa drenagem, os esgotos foram direcionados para rios, os quais sem o devido tratamento viraram esgotos a céu aberto (PAULO, 2010).

Conforme Malta (2001) na Europa ocorreu inicialmente na Inglaterra, após a segunda epidemia de cólera que ocorreu por volta de 1848, que causou a morte de mais de 25.000 pessoas, logo se deram conta de que uma das causas dessa epidemia era a poluição de rios que eram usados para lançar os esgotos das residências, nessa época o número de residências também veio a aumentar, o que agravou ainda mais o problema. Depois disso as leis de saneamento e Saúde Pública começaram a tomar forma, na Europa e no restante do mundo.

Chegando nos dias atuais Tonani (2008) constata que a falta de água potável ainda é um problema, e isso decorre pela falta de saneamento em países subdesenvolvidos. Dois terços da população mundial não terão acesso à água caso políticas severas com relação a preservação dos recursos hídricos não sejam tomadas.

1. Tratamento de esgotos e efluentes

1.  Fossa séptica com sumidouro

Segundo Jordão e Pessoa (1995) fossas sépticas são estruturas vedadas usadas no tratamento de rejeitos provindos de residências, indústrias etc. A parte que contem mais material poluente é a liquida, e esta é destinada a sumidouros, valas ou filtros de areia, para que esta seja tratada.

Conforme estabelecido na NBR 7229 (1993) as fossas sépticas somente são indicadas em casos extremos onde não existe rede coletora de esgoto, se tornando mais comum em áreas rurais.

[pic 1]

Figura 1 - Esquema de fossa séptica com sumidouro 

Fonte: Teixeira (2017)

1. Estação de tratamento de esgoto (ETE)

O tratamento realizado nas ETE’s é dividido de forma a separar os procedimentos específicos. O tratamento preliminar, serve para remover as partes sólidas mais grossas, como plástico, papéis e outros resíduos, para a desagregação desses materiais é utilizado gradeamento. E posteriormente vem o tratamento biológico por onde passam diversos processos, o mais comum é a lagoa de estabilização, o tratamento é realizado por bactérias aeróbicas, que compõem a matéria orgânica existente no esgoto e devolve a algum rio ou córrego a água já tratada (CESAN, 2013).

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