TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Manual De Conservação De Agua

Tese: Manual De Conservação De Agua. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/5/2014  •  Tese  •  6.291 Palavras (26 Páginas)  •  237 Visualizações

Página 1 de 26

Manual de Conservação e Reúso de Água na Indústria

Sumário

1 INTRODUÇÃO 6 2 ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS 8 3 PLANO DE CONSERVAÇÃO E REÚSO DE ÁGUA (PCRA) 10 3.1 Levantamento de dados 10 3.1.1 Análise documental 10 3.1.2 Levantamento de dados em campo 12 3.1.3 Compilação e apresentação de dados 12 3.2 Identificação de opções de otimização do uso e reúso da água 14 3.2.1 Otimização do uso da água 14 3.2.2 Reúso da água 17 3.2.3 Aproveitamento de águas pluviais 20 3.2.4 Recarga de aqüiferos 22 3.3 Ponto de mínimo consumo de água (Water Pinch) 23 3.4 Aspectos Econômicos 24 4 PCRA - EXEMPLOS PRÁTICOS 26 4.1 Indústria Metalúrgica 26 4.2 Indústria automotiva e de equipamentos 28 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 30 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31

1INTRODUÇÃO



Atualmente a indústria nacional está submetida a dois grandes instrumentos de pressão. De um lado, as im- posições do comércio internacional pela melhoria da competitividade e, do outro, as questões ambientais e as recentes condicionantes legais de gestão de recursos hídricos, particularmente as associadas à cobrança pelo uso da água.

Para se adaptar a este novo cenário, a indústria vem aprimorando seus processos e desenvolvendo sistemas de gestão ambiental para atender às especificações do mercado interno e externo. Em linha com esta tendência, já encontramos bons exemplos de implantação de siste- mas e procedimentos de gestão da demanda de água e de minimização da geração de efluentes. Dependendo da disponibilidade hídrica, além de iniciati- vas para a redução do consumo de água, a produção in- dustrial fica condicionada à análise das seguintes opções, que não são necessariamente excludentes: I - Manter a situação tradicional, utilizando água de sis- temas públicos de distribuição e dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos;

II - Adquirir água de reúso ou água de utilidade, produzi- da por companhias de saneamento, através de tratamen- to complementar de seus efluentes secundários; ou, III - Reusar, na medida do possível, os seus próprios efluentes, após tratamento adequado.

Esta última opção costuma ser mais atrativa, com custos de implantação e de operação inferiores aos associados à captação e ao tratamento de águas de mananciais ou à compra de água oferecida por empresas de saneamento, tanto de sistemas potáveis como de sistemas de água de reúso.

A prática de conservação e reúso de água, que vem se disseminando em todo o Brasil, consiste basicamente na gestão da demanda, ou seja, na utilização de fontes al- ternativas de água e na redução dos volumes de água captados por meio da otimização do uso.

A gestão da demanda se inicia por um processo inte- grado de identificação e medição contínua de demandas específicas de cada sub-setor industrial. Essa informação



gerenciada permite um efetivo controle da demanda in- dividualizada e orienta a eliminação do desperdício ope- racional e a modernização dos processos.

Uma vez controlada a demanda, inicia-se a gestão da oferta, que consiste em substituir as fontes de abaste- cimento convencionais por opções mais favoráveis em termos de custos e de proteção ambiental. As opções se concentram: no reúso da água que constitui os efluentes gerados na própria indústria; no aproveita- mento de águas pluviais de telhados ou pátios internos; e, eventualmente, no reforço das águas subterrâneas por meio de recarga artificial dos aqüíferos subjacentes à própria indústria com efluentes industriais controlados e adequadamente tratados.

A prática do reúso em sistemas industriais proporciona benefícios ambientais significativos, pois permite que um volume maior de água permaneça disponível para outros usos. Em certas condições, pode reduzir a poluição hí- drica por meio da minimização da descarga de efluentes. Existem também benefícios econômicos, uma vez que a empresa não acrescenta a seus produtos os custos rela- tivos à cobrança pelo uso da água.

Considerando a importância da conservação e do reúso da água na indústria, a FIRJAN e o SEBRAE-RJ desenvol- veram este manual para proporcionar, de maneira prática

e direta, as orientações básicas para o desenvolvimento e a implantação de Planos de Conservação e Reúso de Água (PCRA).

Com as devidas adaptações, as etapas, apresentadas no Capítulo  e enumeradas abaixo, permitem a formulação de um PCRA em quaisquer tipos de indústrias:

• Levantamento e compilação de dados; • Identificação de opções para gestão da de manda e otimização do uso da água; • Determinação do potencial de reúso de água; • Aproveitamento de águas pluviais.

O manual também tem como objetivos apresentar as- pectos da metodologia do ponto de mínimo consumo de água (“water pinch”) e a conceituação básica do processo de avaliação econômica da implementação de um PCRA.

Introdução

2 ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS



O aumento da demanda de água e a poluição dos manan- ciais têm despertado a preocupação de vários setores da sociedade, que se mobiliza para tentar garantir uma relação mais harmônica entre as suas atividades e os recursos hídricos.

A Constituição de 19 estabelece que a água é um bem da União ou dos estados, ressaltando que o seu aprovei- tamento econômico e social deve buscar a redução de desigualdades.

Com base na Constituição de 19, foi elaborada a Polí- tica Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.4 de 199),

que define a água como um bem de domínio público, do- tado de valor econômico. A Política também estabelece diretrizes para o melhor aproveitamento.

Na Lei 9.433, o Capítulo IV trata dos instrumentos defi- nidos para gestão dos recursos hídricos, como a outorga pelo direito de uso da água e a cobrança correspondente.

Um dos objetivos da cobrança pelo uso da água é incen- tivar a sua racionalização, que pode contemplar medidas de redução do consumo por meio de melhorias no pro- cesso e pela prática de reúso.

A primeira regulamentação que tratou de reúso de água no Brasil foi a norma técnica NBR-1.9, de setembro de 199. Na norma, o reúso é abordado como uma opção à destinação

...

Baixar como (para membros premium)  txt (41.7 Kb)  
Continuar por mais 25 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com