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Modos de transferência do metal de solda

Por:   •  24/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.048 Palavras (5 Páginas)  •  206 Visualizações

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MODOS DE TRANSFERÊNCIA DO METAL DE SOLDA

Apesar das vantagens da utilização dos arames tubulares para soldagem, é importante fazer algumas considerações com relação aos modos de transferência do metal de solda, a fim de obter os melhores resultados possíveis. Os diferentes tipos de gases de proteção, tipos de arames e fontes de energia influenciam no processo, produzindo, basicamente, três tipos diferentes de transferência: aerossol, curto-circuito e globular. Cada modo de transferência possui características e necessidades específicas. Enquanto que as transferências globular e por aerossol requerem correntes altas, a transferência por curto-circuito trabalha em correntes médias ou baixas. Uma das principais desvantagens do uso de transferências com corrente alta é o fato de que, ao se utilizar estes processos em chapas finas, as peças podem ser perfuradas e/ou deformadas, por conta das altas correntes. Nestes casos, utiliza-se a transferência por curto-circuito, que é realizado em correntes médias ou baixas (FORTES, 2004).

Arames tubulares metálicos comportam-se de forma similar aos arames sólidos relativamente aos modos de transferência. Arames tubulares rutílicos apresentam, em função da corrente, os modos de transferência por aerossol para altas correntes e um misto de aerossol e globular (pode ser chamado de “falso aerossol”) para baixas correntes, enquanto que arames tubulares básicos operam normalmente com transferência globular a correntes elevadas e curto-circuito para correntes mais baixas (FORTES, 2004).        

Transferência por curto-circuito

Ao utilizar tensão constante e abaixo de 200A, é geralmente utilizado o modo de transferência por curto-circuito, considerando que o valor em questão pode variar de acordo com os parâmetros escolhidos. Este modo de transferência ocorre a partir de uma série de curtos-circuitos, onde o arame toca na poça de fusão, aumentando a corrente e fundindo a ponta do arame (FORTES, 2004).

Neste modo, a corrente média e as taxas de deposição podem ser limitadas, permitindo ao metal de solda ser transferido somente nos intervalos de curto-circuito controlados, ocorrendo a taxas ligeiramente maiores que cinquenta por segundo. Aplicar uma indutância menos agressiva é a prática mais usual que pode ser utilizada para variar o aumento de corrente de tal maneira que as erupções que ocorrem imediatamente após o curto-circuito não causem respingos excessivos (FORTES, 2004).

[pic 1]

O modo de transferência por curto-circuito possui um arco frio, sendo ideal para chapas mais finas e, em especial, para soldagens fora de posição em peças de pequena espessura. Outra vantagem deste processo é a facilidade de utilização, além de sua rápida solidificação. Entretanto, a falta de fusão lateral pode vir a ser um problema no caso de soldagem de peças mais espessas que 6mm, uma vez que o aporte térmico é baixo (FORTES, 2004).

Transferência globular

Com a corrente acima de 200A, pode-se haver a mudança para o modo de transferência globular, onde os curtos-circuitos ocorrem irregularmente (FORTES, 2004).

[pic 2]

Neste modo de transferência, os gases ricos em gás carbônico são utilizados para proteger arco e região de soldagem. Com o aquecimento elevado do arame, ocorrerá a formação de gotas de metal fundido, que será transferido através do arco em glóbulos impulsionados pela força do arco. Esse tipo de transferência deve ser evitado tanto para arames sólidos quanto para arames tubulares, por conta da quantidade excessiva de respingos no impacto com o material de base ou com a poça (FORTES, 2004).

Modo de transferência por aerossol

        O modo de transferência por aerossol é definido quando é mantido um tamanho constante do arco, de modo que gotas muito finas sejam projetadas através do arco em queda livre (FORTES, 2004).[pic 3]

        Figura x – Transferência por aerossol (FORTES, 2004).

        Esse modo de transferência consiste em uma transferência axial, na qual centenas de pequenas gotas de metal de solda por segundo são formadas. Ademais, a fim de proteger o arco, é necessário o argônio ou uma mistura de gases ricas em argônio. O eletrodo positivo com corrente contínua (CC+) é quase sempre empregado e a corrente tem que estar acima de um valor crítico relacionado com o diâmetro do arame. A transferência do metal de solda é muito estável, direcional e essencialmente livre de respingos, o que revela uma grande vantagem em utilizar este método de transmissão (FORTES, 2004).

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