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O BIM APLICADO NA FASE DE CONCEPÇÃO E VIABILIDADE

Por:   •  30/10/2019  •  Artigo  •  2.699 Palavras (11 Páginas)  •  99 Visualizações

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O BIM APLICADO NA FASE DE CONCEPÇÃO E VIABILIDADE: um estudo de caso na Prefeitura Municipal de Palmas – TO ¹

BUENO, M. R.²; SAKAMOTO, A. R.3

¹Parte do Projeto “Redes de Colaboração ações para o desenvolvimento regional do Tocantins” cadastrado no PROICT do Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA.

²Acadêmico do curso de Engenharia Civil no CEULP/ULBRA. E-mail: mariobuenotoo@gmail.com

3Prof.ª Dr.ª dos cursos de Administração, C. Contábeis, Engenharia Civil e de Minas e coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação (NEI) do CEULP/ULBRA. E-mail: angelars@ceulp.edu.br.

RESUMO: Em se tratando de obras públicas, o atraso do cronograma de execução, o atendimento parcial do escopo, o aumento de custos e a falta de transparência são alvos de constantes críticas, tanto pela imprensa quanto pela população. O governo federal gasta bilhões de reais em obras de infraestrutura, e parte dessas obras são auditadas, devido a problemas relacionados ao projeto básico e à fiscalização. Sendo assim, faz-se necessário o uso de novas tecnologias que contribuam para a eficácia do planejamento e gestão de obras. O Building Information modeling (BIM) pode detectar, ainda na fase de planejamento, problemas relacionados a interferências entre os serviços, custos e projetos. Dessa forma, o presente estudo verificou o potencial da aplicação do BIM no planejamento de obras públicas.

PALAVRAS-CHAVE: OBRAS PÚBLICAS, BIM, PLANEJAMENTO.

INTRODUÇÃO: No Brasil, execução de obras públicas se tornou sinônimo de irregularidades, aditamentos de contrato, estouro de prazos e custos, gerando prejuízos aos cofres públicos. O governo federal investe anualmente bilhões de reais em projetos que nem sequer chegam a ser executados, ou, quando iniciados, estão fadados ao insucesso, devido a problemas quanto ao projeto básico e à fiscalização deficiente. A interrupção de obras tem impacto direto na economia e no Produto Interno Bruto (PIB), expondo ainda mais a incapacidade de investimento do setor público brasileiro. Dessa forma, faz-se necessário o estudo e aplicação de novas tecnologias que ampliem a eficiência da aplicação da lei, contribuindo para uma melhoria na qualidade dos projetos básicos, beneficiando os profissionais envolvidos no planejamento de obras e na aplicação dos recursos públicos. Nesse aspecto, o conceito Building Information Modeling (BIM) pode ser uma forma inovadora na gestão de projetos, contribuindo com a interoperabilidade dos projetos, integrando-os e antecipando os recursos necessários melhorando a gestão do tempo. Por definição, o BIM é aplicável a todo o ciclo de vida de um empreendimento, desde a concepção, passando pelo desenvolvimento do projeto e incluindo a construção - e também na entrega da obra. Assim, o BIM pode detectar, ainda na fase de planejamento, problemas relacionados a interferências entre os serviços, custos e projetos. Logo, é possível uma melhor organização da obra, aumentando as chances de ser concluída no prazo previsto, evitando prejuízos. A aplicação da tecnologia BIM facilita o trabalho de fiscalização de obras, fornecendo aos fiscais informações completas para controlar e exigir a execução do contrato por parte da empreiteira, tendo como resultado entrega de obras com melhor qualidade. Neste contexto, este estudo investigou os processos de gestão e planejamento da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Palmas – TO, propondo diretrizes para a aplicação do BIM na concepção e estudo de viabilidade dos seus projetos, a partir do estudo de uma obra. Os processos e recomendações de projetos anteriores do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação (NEI) foram tomados como base para facilitar o encaminhamento da proposta apresentada neste estudo.  

MATERIAIS E METÓDOS: O presente trabalho de pesquisa teve início em fevereiro de 2019 e tem a sua conclusão prevista para novembro do mesmo ano. Neste projeto utilizou-se pesquisas bibliográficas, estudo anteriores do NEI, leis e decretos relacionados ao uso e aplicação do BIM. A pesquisa, quanto a seus objetivos, é aplicada e usa como método de pesquisa o estudo de caso, proposto por Yin (2010). A abordagem do tema se dá de forma qualitativa, pois reúne dados que são coletados em forma de narrativa, como entrevistas, foco nos métodos e procedimentos utilizados por profissionais e do órgão gestor de obras e observações que não visam a obtenção de resultados numéricos. A pesquisa consiste em propor diretrizes de uso do BIM na fase de planejamento de contratos de obras públicas. Os processos foram mapeados, os procedimentos do órgão gestor foram levantados e os técnicos entrevistados. Assim, os pontos críticos da gestão de obras foram identificados, os problemas e incoerências no planejamento e gerenciamento da obra, foram endereçados por meio de sugestões de melhoria, e de que forma a adotar o BIM, levando em consideração suas vantagens e benefícios. Este trabalho iniciou-se com a definição do tema, direcionando para os objetivos e metodologia. O referencial teórico foi construído de forma a trazer as definições e fundamentos para as ações que serão realizadas, e o desenvolvimento do procedimento de investigação.

Após análise da literatura, identificou-se que é só questão de tempo para que o BIM se torne obrigatório nas principais obras federais e municipais. A tecnologia ainda está em fase preliminar no Brasil, e isso ocorre principalmente por falta de conhecimento técnico, falta de exigência governamental e ausência de profissionais bem capacitados. Sugere-se uma maior participação das partes envolvidas no processo para que melhores benefícios sejam alcançados dada a importância da tecnologia no impacto da nossa indústria em resultado aos seus aspectos econômicos e estratégicos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES: Segundo a revista The Economist, 30% do processo de construção é repetido, 60% do esforço do trabalho é desperdiçado e há também uma perda de 10% devido ao desperdício de materiais. As tecnologias usualmente utilizadas para a gestão do processo de construção se revelam insuficientes para enfrentar a crescente complexidade de obras diversas e um mercado a procura de prazos mais curtos. A Lei 8.666/1993 define no art. 6º, inciso I − obra como “toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta” (BRASIL, 1993). A execução direta é quando a obra é feita pelo próprio órgão ou entidade da Administração, usando seus próprios meios, de acordo com o art. 6º, inciso VII, Lei 8.666/1993 (BRASIL, 1993). Já a execução indireta é quando o órgão contrata a execução com terceiros, segundo o art. 6º, inciso VIII, Lei 8.666/1993 (BRASIL, 1993). A maioria das obras públicas são executadas de forma indireta e neste caso, devem ser precedidas de licitação. A figura 1 apresenta as etapas a serem realizadas para a adequada execução indireta de uma obra pública:

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