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O Manual de BIM

Por:   •  27/4/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.757 Palavras (8 Páginas)  •  1.054 Visualizações

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        O presente trabalho de estudo visa a elaboração de resumo com vistas a explanação do capítulo primeiro, do qual trata acerca da introdução às tecnologias do livro denominado BIM – Building Information Models (Modelo de Informação da Construção), que por sua vez trás uma abordagem sobre desenvolvimento de construções.

        RESUMO: Capítulo 1 – Introdução ao manual de BIM.

        

        Inicialmente, insta esclarecer que o capítulo objeto de estudo perpassa desde o sumário executivo, o atual modelo de negócios da indústria da construção e suas ineficiências, até à abordagem do BIM em si, explanando suas vantagens e desvantagens, desafios, projeções para o futuro e estudos de caso.

        Assim, BIM remete-se ao Modelo de Informação da Construção que, sendo desenvolvido mediante apoio digital, contém dados físicos e matemáticos exatos e, desse modo, propiciando o apoio necessário à realização da construção, conforme bem explica EASTMAN et al.(2014):

“Modelagem da Informação da Construção (...) é um dos mais promissores desenvolvimentos na indústria relacionada à arquitetura, engenharia e construção (AEC). Com a tecnologia BIM, um modelo virtual preciso de uma edificação é construído de forma digital. Quando completo, o modelo gerado computacionalmente contém a geometria exata e os dados relevantes, necessários para dar suporte à construção, à fabricação e ao fornecimento de insumos necessários para a realização da construção”.

        O BIM, dessa maneira, surge como um programa digital facilitador dos processos de prazos, custos e maior qualidade diante da necessidade de modelar construções, em contrapartida às ineficiências existentes nas práticas atuais de construção baseadas em papel, presentes hodiernamente na indústria da construção.

        Nesse sentido, o uso do papel, atualmente, em projetos de construção, geram diversos transtornos, isso porque, as falhas durante a troca de informações referentes ao mesmo são múltiplas, ainda que, em meio ao seu uso, tenham sido inseridas algumas tecnologias não tão eficientes quanto o BIM, como, por exemplo, o CAD 3D.

        Desse modo, modificações ao projeto original de construção são realizadas em período tardio, ou seja, quando não é mais possível fazê-las devido aos enormes gastos e impossibilidades físicas e materiais que a construção apresenta, fato que demonstra a enorme pertinência em se utilizar o BIM para a análise e projeção da construção, já que torna capaz a modificação no projeto de construção original de forma antecipada.

        Assim, vários são os desafios e empecilhos gerados na construção pautada pelo modelo baseado em papel, e que se resumem a um enorme contingente de pessoas, que por sua vez apresentam uma infinidade de informações, das quais são muito difíceis de se gerenciar de modo adequado e eficaz.

        Nessa esteira, vale destacar que, nos EUA, são dois os tipos contratuais dominantes em termos de construção: I) O projeto concorrência – construção: que se utiliza de licitações altamente competitivas para conseguir um menor preço; II) O projeto e construção: sendo este cada vez mais recorrente em seu uso nas construções americanas, ele consolida a responsabilidade pelos desdobramentos da construção em uma única entidade, da qual irá administrar e simplificar toda as tarefas para o proprietário.

        Diante da brevíssima explanação acima, acerca dos tipos contratuais recorrentes na construção norte-americana e, em comparação aos dois modelos, aquele que é considerado mais adequado é o “Projeto e Construção”, porque, sendo uma única entidade administradora de todo o projeto, a análise global da construção se torna mais viável e com benefícios muito amplos, ao passo que, se o BIM for utilizado por outras formas terá, tão somente, benefícios parciais, já que poderá não ser usado de forma colaborativa.

        Assim, deparando-se com o explicado até aqui, depreende-se que as práticas tradicionais, quando ausentes do uso do BIM, levam a uma baixa produtividade e erros desnecessários do trabalho da indústria na construão, conforme explana um pequeno trecho do gráfico do “Center for Integrate Facility Engineering” (CIFE, 2007, apud, EASTMAN et al., 2014):

“(...) Durante esse período de 40 anos, a produtividade das indústrias não agrícolas (incluindo a construção) mais que dobrou. Enquanto isso a produtividade laboral dentro da indústria da construção separadamente é estimada em 10% menos daquela de 1964. A mão de obra representa de 40 a 60% dos custos estimados da construção. Os proprietários estão pagando cerca de 5% mais em 2004 do que pagariam pela mesma edificação em 1964”.

        O pequeno contexto supracitado reflete, atualmente, o uso de tecnologias fora dos canteiros de obra, dando apenas a aparência de uma melhor eficiência na construção, o que de fato não existe, sem contar que o decréscimo de produtividade apontado pelo gráfico revelam desentendimentos organizacionais dentro da indústria de construção, devido a baixa automação e o seu alto custo de investimento e os baixos salários dos trabalhadores que desencorajam o investimento em tecnologia.

        A referida ineficiência possui um alto custo, que por sua vez são derivados da ausência de acesso de informações entre sistemas, bem como da falta de gerenciamento dessas informações, fatos que levam a diversos erros, dos quais elevam o custo operacional da construção, resultando na citada ineficiência laboral de manutenção e construção, além dos custos desnecessários com empregados retardatários e recursos inoperantes, revelando que a adoção do BIM é a medida cabível para superar custos excessivos.

        No entanto, mesmo diante do contexto atual de modelos de construção, alguns outros foram criados formando, assim, modelos BIM, traduzindo-se nos modelos de CAD, geradores de arquivos digitais, que dão suporte não apenas às imagens produzidas por eles, mas, também, pelos dados que estes dispositivos contém, possibilitando diferentes vistas de diversos dados contidos dentro de um conjunto de desenhos, sejam eles 2D ou 3D, o que faz com que o BIM seja um conjunto associado de processos para formar e analisar modelos de construção.

        Estes últimos, os modelos de construção, por sua vez, são constituídos basicamente de “componentes de construção; componentes que incluem dados que descrevem como eles se comportam; dados consistentes e não redundantes e dados coordenados”.

        Apesar dos componentes do BIM serem os supracitados, a sua definição não é uníssona, fato que leva a diferentes conceituações, tais como a da “Mortenson Company”, que define o BIM como “uma simulação inteligente da arquitetura”, que apresenta pelos menos seis características, tais como, “ser digital; espacial (3D); mensurável; abrangente; acessível e durável”, que devem ser utilizados para uma prática integrada.

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