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O Patrimônio Ameaçado

Por:   •  2/9/2018  •  Seminário  •  6.405 Palavras (26 Páginas)  •  134 Visualizações

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Sumário

1.0 Introdução...............................................................................................................2

2.0 Obras......................................................................................................................3

2.1 Edifício Residencial Rio Mamoré............................................................................3

Projeto Estrutural...............................................................................................4

Fundação...........................................................................................................4

Fachada.............................................................................................................5

Construção.........................................................................................................6

2.2 Ponte Hercílio Luz...................................................................................................7

2.3 Recuperação e Adaptação Estrutural do Estádio Municipal de Fortaleza..............12

Mudanças Significativas...................................................................................12

Patologias........................................................................................................13

Traço Controlado.............................................................................................14

3.0 Rodovias...............................................................................................................15

3.1 Contenção Acústica..............................................................................................15

3.2 Soluções de Engenharia.......................................................................................16

Propondo Limites.............................................................................................16

Alternativas do Futuro......................................................................................16

Caso Prático.....................................................................................................17

4.0 Arenas..................................................................................................................19

4.1 BC Place...............................................................................................................19

4.2 Restrição e solução...............................................................................................21

5.0 Conclusão.............................................................................................................14

  1. Introdução

Através desse trabalho, apresentam-se aspectos de algumas construções brasileiras, em que se houve certa dificuldade na sua projeção ou, até mesmo, algumas obras já concluídas que apresentaram determinada patologia após certo tempo e necessitaram de determinada manutenção. Alguns dos temas que serão abordados nesse trabalho sobre Patrimônio Ameaçado são: obras, rodovias e arenas.

No caso da obra do Edifício Residencial Rio Mamoré, sua projeção foi um grande desafio pela relação altura e largura da lâmina, o que desencadeava em grandes recuos, muito acima do que era exigido pela prefeitura da cidade. Por isso, foi necessária uma série de estudos para proporcionar uma estrutura funcional segura e dentro dos parâmetros normais de viabilidade econômica.

Já o Estádio Municipal Presidente Vargas, necessitou de uma recuperação e adaptação estrutural, uma vez que suas instalações tornaram-se obsoletas e o descuido abriu as portas para o surgimento de diversas manifestações patológicas.

        As rodovias sofriam um isolamento acústico, ou seja, não havia passagem de som de um local para outro.

Arenas, no caso a BC Place em Vancouver, no Canadá, sofreu com a cobertura por ela ser suspensa a ar, o que a tornava muito leve, e também causava a restrição de utilização do estádio e buscavam economia de energia.

2.0 Obras

2.1 Edifício Residencial Rio Mamoré

Localizado em João Pessoa, na Paraíba, se destaca na paisagem, pois são: 42 pavimentos que chegaram a 132 metros de altura. Cada apartamento tem 212 , além de um duplex; o projeto da edificação tornou-se um grande desafio pela relação altura e largura da lâmina, pois o prédio tem um coeficiente de esbeltez (medida mecânica utilizada para estimar com que facilidade um pilar irá encurvar) alto, na faixa de 10.

Ou seja, a lâmina da edificação só ocupa cerca de 10% da área do terreno que tem dois mil , sendo assim os recuos são muito grandes, muito acima do que é exigido pela prefeitura.

Essas características aliadas ao fato de que o projeto era pioneiro, pois na época em que foi concebido, 2005, não havia nenhum edifício com mais de 35 andares e isso fez com que a equipe projetasse com todos os cuidados necessários, encomendando estudos específicos e utilizando índices de segurança elevados.

A análise de interação solo-estrutura foi um dos estudos feitos pelos projetistas. O objetivo era verificar o comportamento da superestrutura e da fundação nos casos com e sem deformação (situação flexível e rígida respectivamente) para, se necessário reforçá-las. A ação do vento no edifício também foi analisada para evitar vibrações com a deformação e aceleração da estrutura. Isso porque, além da própria altura da torre, o edifício é localizado em uma barreira 33m acima do nível do mar. Essa análise dinâmica foi feita considerando o conforto humano no período de 5, 10 e 50 anos a partir da construção.

A análise dinâmica, muitas vezes mostra que é necessário tornar a estrutura mais rígida, o que não foi necessário no Mamoré. Já a interação solo-estrutura, que é feita depois do dimensionamento das fundações também mostrou um recalque das estacas muito pequeno, cerca de 10 mm, o que não demanda um reforço de fundação como em outros casos.

Baseados em indicadores do comportamento estrutural global, capazes de avaliar a influência da fissuração, do sistema estrutural, do comportamento não linear geométrico, do comportamento dinâmico e do efeito da interação solo-estrutura, conseguiu-se projetar com mais segurança e reserva de resistência, proporcionando uma estrutura funcional, segura e dentro dos parâmetros normais de viabilidade econômica.

Projeto Estrutural

Por ser alto e fino, a estabilidade global do edifício foi a principal preocupação do projeto de estruturas. A solução encontrada no projeto foi aproveitar a peculiaridade da arquitetura da torre, que não possui varandas e projetar as vigas de contorno dos pavimentos com altura de 140 cm, com isso os pavimentos são compostos por lajes maciças de 8 cm e lajes nervuradas bidirecionais de 26 cm de altura total.

As vigas do contorno têm 140 cm x 14 cm, enquanto que as internas, em sua maioria, 15 cm x 70 cm, em alguns trechos devido exigências arquitetônicas, assumem, a seção 30 cm x 45 cm. Outra decisão da fase de concepção da estrutura foi à adoção de quatro valores diferentes para o valor da resistência característica do concreto.

Além das vigas e pilares, o projeto ainda especificou o fechamento da edificação em alvenaria de blocos cerâmicos. Por conta da altura das vigas periféricas, a alvenaria ocupou um pouco mais de 1,6 m da parede. Já as divisões internas foram feitas com chapas de gesso.

Fundação

A fundação do edifício Rio Mamoré foi executada com estacas escavadas com trado mecânico, em função das grandes cargas do prédio e do perfil geotécnico do terreno, que é constituído de solo silte areno-argiloso, sem a presença de água.

As estacas foram apoiadas em solo laterítico, de altíssima resistência constituído de compressões ferruginosas. Esse material apresentou um nível de resistência SPT superior a 50/30, ideal para a situação. Enquanto o comprimento das estacas ficou em torno de 15 m, os diâmetros variaram de 700 mm, 800 mm e 900 mm de acordo com a carga do local.

Após a execução do furo de cada estaca foi necessário fazer a limpeza do furo da estaca para tirar o material solto e criar mais resistência de ponta na estaca, assim como determina o fator de segurança na norma.

No cálculo e dimensionamento do projeto em si, foram considerados os esforços verticais, horizontais e momentos, além dos esforços permanentes e eventuais, como o evento, para verificar a carga admissível de cada estaca, sendo esse valor, segundo o projetista, compatível com as piores situações. Essas análises foram feitas tanto para a estaca isolada, individualmente, quanto para efeito de grupo de estacas de cada bloco de coroamento. Com isso, conseguiu-se fazer previsões de recalques locais, diferenciais e das distorções angulares.

Somente após todos esses estudos o projeto estava aprovado. Inclusive os blocos de coroamento de cada pilar não foram considerados trabalhando sobre o solo, aumento o fator de segurança. Depois da execução, o recalque da fundação foi de apenas 10 mm.

Fachada

A altura trouxe consigo a necessidade de um controle de execução mais rigoroso e a consideração de fatores de segurança mais elevados para o projeto da fachada do edifício, principalmente por ser executada em placas de cerâmica. Segundo o projetista, três pontos foram essenciais para a elaboração do projeto: a pressão do vento, o controle de verticalidade e a deformação da estrutura, que podia ou não ter uma influência além do normal no revestimento, pois os deslocamentos dependem sobretudo da esbeltez e a forma da edificação.

A primeira recomendação foi a realização de ensaios de aderência nas condições de obra para ter certeza dos valores a serem obtidos. No caso do Mamoré os valores atingiram patamares da ordem de 1MPa nas condições reais de aplicação tanto para a interface entre placa cerâmica e argamassa colante, quanto entre a argamassa e a superfície do emboço.

Outra demanda do projeto era que o emboço e o chapisco ficassem bem aderidos à estrutura de concreto e alvenaria. Além do próprio projeto, foi elaborada uma série de recomendações para a execução.

Uma delas foi à capacitação da mão de obra antes do início da execução, incluindo horas técnicas e visitas às obras especialmente com esta finalidade. Entre os pontos que o projeto recomendou ser abordado nos cursos estão à preparação do concreto para receber o chapisco, o espalhamento da argamassa colante e o tratamento das juntas de movimentação.

A sequência construtiva, as ferramentas e equipamentos, a logística para recebimento, transporte e entrega dos materiais, as equipes, encarregados e frentes de serviço também foram organizados já no projeto.

Para acomodar, a movimentação do revestimento, o projeto ainda previu juntas horizontais alinhadas com a parte superior das janelas em todos os pavimentos, juntas especiais na platibanda e juntas verticais.

Construção

A construção do empreendimento foi feita em duas etapas: primeiro priorizou-se a estrutura da torre principal para só depois partir para a execução dos equipamentos externos à edificação, como salão de jogos e de festa, além de piscinas, playgrounds e outros itens de lazer.

Foram utilizadas duas fôrmas e meia para elevação dos pilares com rapidez. Durantes o período de construção, o canteiro contou com dois elevadores de obra, sendo um dedicado ao pessoal e o outro exclusivamente para carga.

Assim, partiu-se para o revestimento das fachadas de acordo com as recomendações já especificadas no projeto. Isso foi feito ao mesmo tempo com os revestimentos internos, feitos em placas de cerâmica nas áreas molhadas e tinta látex nas secas, e a colocação das esquadrias na fachada.

2.2 Ponte Hercílio Luz

Para quem olhava de longe, a obra sobre a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, parecia não ter fim. O tráfego estava proibido desde 1991, quando foi definitivamente interditada, e seu piso asfáltico, sobre o vão central pênsil de 340 m de comprimento, foi retirado.

Mas o peso social deste patrimônio histórico e octogenário não foi aliviado, e especialmente os catarinenses aguardavam providências. O Consórcio Florianópolis Monumento (CFM), atual contratado pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) para conduzir o restauro, reabilitação e manutenção da ponte, mostrou que o grande desafio da obra seria a troca das barras de olhal - grandes barras metálicas que suspendem o vão central.

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