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O Porto de Santos - Dragagem

Por:   •  20/9/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  49 Visualizações

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Renato C. May – 201626605 - Engenharia Civil

Disciplina: Portos, Rios e Vias Navegáveis – 9º semestre

Prof. Juarez Ramos da Silva

DRAGAGEM DO PORTO DE SANTOS

        O porto de Santos é o maior e principal complexo portuário do Brasil, sendo a principal porta de entrada de produtos importados e também de grande volume de exportações. Localizado no litoral de São Paulo, situado entre as ilhas de São Vicente e Santo Amaro, onde sua zona portuária envolve as três cidades diretamente: Santos, Cubatão e Guarujá. Sendo um porto estuarino, possui uma grande variedade de terminais de carga para diversos produtos, que realizam a movimentação de granéis sólidos (principalmente de origem vegetal), líquidos, contêineres, carga geral e passageiros.

        As operações no porto remontam ao princípio do Século XVI, com as bases em trapiche e a mão de obra humana e animal para o transporte de cargas. Em 1870 começaram as buscas por expansão e investimento no porto, onde foi oferecida a concessão por 90 anos, onde um grupo carioca de comerciantes passaram a administrar o porto. Onde no início era Gaffrée, Guinle e Cia, onde foi renomeada para Empresa de Melhoramentos do Porto de Santos e até o nome pelo qual ficou conhecida, Companhia Docas de Santos (CDS). A partir de 1892, o porto abriu as portas para o comércio exterior como “porto organizado”, onde já contavam com infraestruturas de armazenagem e 260 metros de cais. A primeira embarcação que atracou no novo porto foi o Vapor britânico Nasmith.

Após o término da concessão, o porto de Santos retornou à administração pública e Landlord Port, tornando-se a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Em 2018, o governo federal buscou a nacionalização da empresa, mesmo conseguindo tal feito, continua sendo uma empresa de capital misto por conta das ações compradas pela Prefeitura de Santos. A partir de outubro de 2019, a Codesp remodelou a marca, passando a se chamar “Santos Port Authority” (SPA) e a razão social para “Autoridade Portuária de Santos”.

Segundo informações do site da SPA, o canal possui uma extensão linear de, aproximadamente, 25 quilômetros, divididos em 4 trechos, se estendendo desde a Barra até a região da Alemoa. O cais do Porto Organizado de Santos conta com 44 berços com capacidade operacional, sendo 11 na margem esquerda e 33 na margem direita. Esses elementos da infraestrutura aquaviária (canal, berço e acesso) sofrem processos deposicionais naturais e necessitam de dragagens periódicas para manter as cotas de projeto (profundidades). As dragagens têm como objetivo manter o canal navegável, e buscando aprofundar sempre que possível para possibilitar a entrada de navios maiores, aumentando a competitividade do porto.

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Imagem Fonte: Porto de Santos (SPA)

Os sedimentos retirados são dispensados no Polígono de Disposição Oceânica (PDO), onde a Autoridade Portuária é a responsável pelo gerenciamento, fiscalização e controle desses locais. O PDO consiste em uma área retangular, distante cerca de 10 km da costa, que possui 32 km² de área total, dividida em 08 quadrículas de 2 km de lado, com profundidades que variam entre 20 e 25 metros. Conforme explica a SPA, os parâmetros físicos, químicos e biológicos da área de descarte e adjacências são monitorados de forma rigorosa, com o objetivo de detectar possíveis efeitos sobre a biota aquática ou sobre os processos ecológicos.

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Imagem da internet, mostrando informações de julho de 2018 (profundidade de 13,5 m). Fonte: TDG Logística.

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Imagem da internet. Fonte: SPA.

        Com as informações do site da SPA, a empresa contratada para realizar a dragagem no porto de Santos, foi a VAN OORD SERVIÇOS DE OPERAÇÕES MARÍTIMAS LTDA, para realização da dragagem de manutenção nos trechos 1,2,3 e 4 do canal de acesso, bacias de evolução, áreas de acesso aos berços de atracação do porto de Santos, garantindo continuamente as profundidades de projeto, pelo período de 24 meses, pelo valor de R$ 371.000.000,00. Onde ganhou o contrato na modalidade de pregão eletrônico, sendo publicado em 07/01/2022, sendo seu contrato ativo nessa presente data.

Como a área do porto se encontra em um estuário, recebe um volume muito grande de sedimentos, vindos da serra do mar, das cidades, das indústrias e da força de maré. Como o ciclo não para a dragagem precisa ser executada constantemente para manter e conseguir aumentar gradativamente a profundidade. O serviço realizado segue rigorosamente as normas técnicas brasileiras de serviços marítimos para obras de dragagem, Normam-11/DPC de 2017, Resolução Conama nº 454 de 2012 e as diretrizes técnicas da SPA.

De acordo com a SPA, o crescimento do tamanho dos navios, tendência da indústria mundial de navegação, torna a dragagem uma das intervenções mais estratégicas no Porto, pois viabiliza o recebimento de embarcações de maior calado (distância entre a linha d’água e o fundo do casco da embarcação). Atualmente o canal de navegação conta com uma largura média de 220 metros, 15 metros de profundidade (na verdade 14,7 metros), podendo chegar aos 17 metros sem oferecer riscos aos taludes de atracação, e conta com uma extensão de 24,6 Km que vai da baía de Santos até a região do píer da Alemoa, onde termina a jurisdição da SPA e começa a área do Canal de Piaçaguera, onde se encontram os Terminais de Uso Privados (TUPs), Timplam e Usiminas.

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Imagem da internet, Dragagem do Canal Portuário. Fonte: Porto de Santos

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Imagem, material de estudo em sala de aula. Fonte Prof Juarez Ramos da Silva.

De acordo com o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), o processo de dragagem consiste em remover parte do fundo do mar, lagos, barragens, leito de rios e canais por meio de equipamentos chamados de dragas, a fim de torná-los mais fundos. Durante o processo são removidos materiais, solos, sedimentos, rochas e areia que se acumulam através do tempo devido ao vento, chuva e outros processos. Para realização das dragagens vamos citar 4 tipos:

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