O Processamento de Frutas

Processamento de Frutas

Maria Rita Rodrigues da Silva 

          Desde muito tempo, o agronegócio no Brasil é muito importante sendo, atualmente 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil vem da agroindústria, através da colheita, cultivo e o processamento da matéria-prima e então obtenção dos produtos, sendo então, de suma importância ao país economicamente, além dos empregos gerados como consequência, afirmam Coutinho, Firmo e Pereira (2022). O mercado de frutas, diretamente relacionado ao setor agrícola do país, é um dos mais importantes na economia do Brasil, visto que, segundo Fidélis (2018), o país ocupa o posto de terceiro lugar como maior produtor mundial de frutas, tendo em média uma geração de 43 milhões de toneladas ao ano, em uma área de mais de 2 milhões de hectares. Com isso, é notório o quanto a produção e comercialização é importante para o país economicamente e socialmente e, dessa forma, a discussão sobre sua produção. O processamento de frutas, industrialmente falando, é uma etapa essencial pois, como dito por Dantas (2007), um dos grandes desafios é estender a vida dessas frutas na prateleiras, para serem então comercializadas e consumidas, sem deixar com que percam suas qualidades tanto nutritivas e não estraguem. A autora continua, mostrando que, a preservação do frescor e da qualidade nutricional se tornou e vem ganhando cada vez mais destaque, com foco principal dos consumidores, enfatizando mais ainda a importância desse processo.

           Certamente, alguns dos subprodutos gerado pela etapa de processamento de frutas, são descritos por Fidélis (2018) como: néctar, polpa e geléia, se tornando alternativas para algumas frutas que não são comercializadas in natura, ou seja, frescas, já que dessa forma, a polpa, por exemplo, pode se manter sem estragar por períodos maiores, se armazenada de forma correta. Porém, como em toda indústria, e no ramo frutícola não seria diferente, no que se diz respeito aos resíduos gerados no processo, Nascimento Filho e Franco (2015), apontam que, no processamento de frutas para produzir sucos e polpa, tem-se em média 30 a 40% de geração de resíduos agroindustriais de milhares de toneladas produzidas, sendo estes jogados fora e não recebem seu devido valor, apesar de ainda serem grandes fontes de minerais, vitaminas, fibras e nutrientes, importantes para os seres humanos.

          Por isso, o estudo a respeito das problemáticas dos restos advindos do processamento das frutas é de extrema importância, assim como as soluções para isso que podem variar, como apontam Coutinho, Firmo e Pereira (2022), desde a utilização em biocombustíveis e biopolímeros, até para a indústria farmacêutica, em obtenção de produtos como óleos essenciais, gerando assim, economia em cima de algo que seria previamente descartado e levaria a problemas ambientais ao mundo.

           Portanto, é necessária uma maior fiscalização e otimização de processos, por dentro da indústria de frutas, pois como Gorayeb (2019) pode-se verificar que é grande o volume de perdas e o desperdício de frutas no Brasil, e elas ocorreram em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a produção agrícola até o consumo, e que o desperdício realizado pelos consumidores também é uma questão social a ser melhorada. Com esses valores a importância da implantação de políticas públicas, para a diminuição das perdas, são necessárias em todas as etapas da cadeia produtiva de frutas.

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